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O Sport Club Corinthians Paulista reafirma sua força dentro e fora de campo ao liderar a média de público nos estádios brasileiros em 2025. De acordo com um levantamento recente, o Timão atraiu um total de 216.191 torcedores em cinco partidas realizadas na Neo Química Arena, resultando em uma impressionante média de 43.238 espectadores por jogo.
Esse número coloca o clube alvinegro no topo do ranking de público do futebol nacional, superando com folga o Cruzeiro, que ocupa a segunda posição com uma média de 29.881 torcedores por partida. Na sequência aparecem São Paulo (25.442), Bahia (25.061) e Grêmio (24.250), evidenciando a disparidade entre o Corinthians e os demais clubes brasileiros quando se trata de engajamento da torcida.
O jogo com maior presença na Neo Química Arena em 2025 até o momento foi a vitória por 2 a 1 sobre o Santos, no último dia 12 de fevereiro, que contou com 47.695 torcedores. Esse número superou o recorde anterior, registrado na semifinal da Copa do Brasil de 2023 contra o São Paulo. O alto comparecimento da torcida tem sido um fator determinante para o desempenho do Corinthians em casa, onde o time mantém 100% de aproveitamento na temporada.
Além do impacto direto nas arquibancadas, a forte presença da Fiel também se reflete nas receitas do clube, fortalecendo o programa de sócio-torcedor e impulsionando as vendas de ingressos. A atmosfera vibrante criada pelos torcedores é considerada um dos diferenciais da equipe, tornando a Neo Química Arena um verdadeiro caldeirão para os adversários.
Com a temporada ainda no início, a expectativa é que a média de público do Corinthians continue alta, consolidando o clube como referência de apoio popular no futebol brasileiro. A Fiel segue demonstrando sua paixão incondicional, tornando cada jogo uma grande celebração e reforçando o papel fundamental da torcida na trajetória do Timão.
Com três técnicos em menos de um ano, a atual gestão no Alvinegro Paulista enfrenta constante instabilidade e desafios de continuidade
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A gestão de Augusto Melo à frente do Corinthians tem sido marcada por uma instabilidade técnica significativa. Desde sua posse em janeiro de 2024, o clube passou por uma rotatividade constante no comando da equipe, com três treinadores efetivos e um interino, resultando em uma média de troca de técnico a cada cinco meses. Essa situação levanta questionamentos sobre a continuidade do trabalho e a falta de planejamento estratégico na condução do time.
A sequência de mudanças no comando técnico reflete uma tentativa de encontrar soluções rápidas para os desafios enfrentados pela equipe. No entanto, a constante troca de treinadores pode prejudicar o desenvolvimento de um estilo de jogo consistente e a adaptação dos jogadores às propostas táticas, impactando negativamente o desempenho em campo.
Além disso, a instabilidade no comando técnico pode afetar a moral do elenco e a confiança da torcida. A falta de continuidade nas orientações e estratégias pode gerar insegurança entre os jogadores e dificultar a construção de uma identidade sólida para a equipe, comprometendo os objetivos do clube nas competições.
A situação atual exige uma reflexão profunda sobre a gestão esportiva do Corinthians. A busca por resultados imediatos não pode sobrepor a necessidade de planejamento a longo prazo e estabilidade na comissão técnica. É fundamental que a diretoria do clube estabeleça uma visão clara e estratégias consistentes para superar os desafios e alcançar o sucesso desejado.
Em suma, a rotatividade no comando técnico do Corinthians sob a gestão de Augusto Melo evidencia a necessidade urgente de uma abordagem mais estruturada e planejada. A continuidade e o planejamento são essenciais para o desenvolvimento da equipe e para o retorno da confiança da torcida, elementos cruciais para o sucesso do clube no cenário nacional e internacional.
Em meio a dívidas bilionárias, a diretoria alvinegra falha novamente em sua prestação de contas e aumenta tensão interna no clube
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A diretoria do Corinthians voltou a descumprir o prazo acordado para a entrega das demonstrações financeiras de 2024 ao Conselho de Orientação (CORI), marcando o terceiro atraso consecutivo. O balanço, que deveria ter sido entregue em 31 de março, foi substituído por prévias enviadas por e-mail, sem a documentação completa e sem o parecer dos auditores independentes, conforme exigido pelo estatuto do clube.
O CORI reagiu com firmeza, alegando que a entrega incompleta compromete sua imparcialidade e independência fiscalizadora. O órgão também apontou divergências nas versões apresentadas pela diretoria, especialmente em relação à comunicação sobre reuniões e à entrega de documentos. O clima de desconfiança se agravou com a divulgação antecipada de dados financeiros pela diretoria, que, segundo o CORI, podem não refletir a realidade contábil do clube.
A situação financeira do Corinthians é alarmante. O clube informou à Justiça que sua dívida total alcançou R$ 2,4 bilhões, um aumento de R$ 100 milhões em relação ao valor divulgado anteriormente. Desse montante, aproximadamente R$ 704 milhões referem-se ao financiamento da Neo Química Arena com a Caixa Econômica Federal. O alto endividamento tem provocado um "fluxo de caixa estrangulado", dificultando o cumprimento de obrigações de curto prazo, como folha salarial e compromissos operacionais.
A diretoria, liderada por Augusto Melo, afirma estar tomando medidas para reestruturar as finanças do clube, incluindo a adesão ao Regime Centralizado de Execuções (RCE) e renegociações tributárias. No entanto, a falta de transparência e o descumprimento de prazos comprometem a credibilidade dessas ações e aumentam a pressão por mudanças na gestão.
A crise de transparência no Corinthians evidencia a necessidade urgente de uma gestão mais responsável e comprometida com a prestação de contas. A relação conflituosa entre a diretoria e os órgãos de fiscalização interna não apenas compromete a governança do clube, mas também coloca em risco sua estabilidade financeira e institucional.
O valor total das obrigações ultrapassa R$ 76 milhões, mas a quantia final a ser desembolsada pelo clube será ainda maior com correções
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A Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD) aprovou, nesta quinta-feira (17), o plano financeiro apresentado pelo Corinthians com o objetivo de quitar dívidas pendentes com clubes e jogadores. O valor total das obrigações ultrapassa R$ 76 milhões, mas a quantia final a ser desembolsada pelo clube será ainda maior, devido a correções monetárias e processos com valores indefinidos, como o movido pelo atacante Róger Guedes.
A princípio, o Corinthians havia proposto um cronograma de quitação em oito anos. No entanto, essa proposta foi rejeitada pelos credores. Com isso, a CNRD determinou que o pagamento das dívidas ocorra em parcelas trimestrais, distribuídas ao longo de seis anos.
O maior credor do clube no plano aprovado é o Cuiabá, que tem a receber cerca de R$ 18 milhões. Para todos os processos, ficou estabelecido um valor mínimo por parcela, que aumentará gradualmente conforme o avanço dos trimestres. Veja a progressão definida:
1º ao 4º trimestre: R$ 150 mil
5º ao 8º trimestre: R$ 200 mil
9º ao 12º trimestre: R$ 350 mil
13º ao 16º trimestre: R$ 500 mil
17º ao 20º trimestre: R$ 750 mil
21º ao 24º trimestre: R$ 1,5 milhão
Do valor pago em cada uma dessas parcelas, 80% será direcionado ao credor principal, enquanto os 20% restantes serão utilizados para cobrir honorários advocatícios.
Esse acordo na CNRD integra uma estratégia mais ampla do Corinthians para a reorganização de suas finanças. Paralelamente, a diretoria trabalha na implementação do Regime Centralizado de Execuções (RCE), junto à Justiça de São Paulo. Nessa proposta complementar, o clube pretende quitar R$ 367 milhões em um período de dez anos, visando estabilizar a saúde financeira e garantir maior segurança jurídica nas negociações futuras.