O Corinthians Feminino vive um momento de alerta em confrontos contra o São Paulo. A derrota recente no Paulistão ampliou a pior sequência do clube em clássicos diante do rival tricolor. Com o revés por 2 a 1, sofrido nos acréscimos, as Brabas chegaram a quatro jogos sem vencer o São Paulo, incluindo empates e derrotas em competições distintas como Supercopa, Brasileirão e Campeonato Paulista.
O desempenho em clássicos tem sido um ponto fora da curva em uma temporada que, no geral, apresenta números positivos. Em 22 partidas disputadas no primeiro semestre de 2025, o Corinthians conquistou 15 vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas, com aproveitamento superior a 75%. No entanto, os tropeços em duelos estaduais, especialmente contra São Paulo e Palmeiras, acendem um sinal de preocupação para a comissão técnica liderada por Lucas Piccinato.
No último Majestoso, o Corinthians abriu o placar com um golaço de Duda Sampaio, mas sofreu a virada na etapa final. A equipe enfrentou dificuldades no meio-campo devido à ausência de Dayana Rodríguez, poupada por desconforto muscular, e à saída de Yaya, que sentiu dores durante o jogo. Com isso, Piccinato precisou improvisar Duda como volante e, posteriormente, deslocar a zagueira Thaís para o setor, o que comprometeu o equilíbrio tático.
Além das limitações físicas, a equipe das Brabas apresentaram falhas defensivas nos minutos finais, algo que já havia ocorrido em outros clássicos. A derrota para o São Paulo na final da Supercopa, nos pênaltis, e o empate no Brasileirão reforçam a dificuldade do time em manter a consistência nos momentos decisivos desses confrontos.
Apesar disso, o ataque segue como ponto forte: foram 63 gols marcados no semestre, com destaque para Vic Albuquerque, artilheira com 11 gols. A pausa para a Data Fifa será fundamental para ajustes e recuperação física do elenco, visando o mata-mata do Brasileirão e a sequência do Paulistão.
O Corinthians, mesmo com o revés, permanece como uma das potências do futebol feminino nacional, mas sabe que precisa reencontrar o caminho das vitórias nos clássicos para manter sua hegemonia.
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