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O Corinthians está em negociações avançadas com a Adidas para uma possível parceria, o que pode resultar em uma disputa judicial com a Nike, atual fornecedora de material esportivo do clube. A relação entre o Timão e a Nike atravessa um momento delicado, com o contrato vigente até 2026 e cláusulas que podem ser acionadas em caso de rescisão antecipada.
Fontes indicam que o Corinthians busca uma nova fornecedora que ofereça melhores condições comerciais e maior alinhamento com a estratégia de marketing do clube. A Adidas, por sua vez, estaria interessada em expandir sua presença no futebol brasileiro e vê no Corinthians uma oportunidade estratégica.
Caso a parceria com a Adidas seja concretizada, o clube precisará avaliar as implicações legais de uma possível rescisão contratual com a Nike, o que pode incluir compensações financeiras e outras penalidades previstas no acordo atual.
A negociação entre Corinthians e Adidas está sendo conduzida com cautela, visando minimizar riscos jurídicos e financeiros. O desfecho dessa negociação pode ter impactos significativos na imagem e nas finanças do clube, além de influenciar o mercado de fornecimento de material esportivo no Brasil.
O Corinthians, portanto, se vê diante de uma decisão estratégica importante, que envolve não apenas aspectos comerciais, mas também jurídicos e de imagem institucional. A escolha da nova fornecedora de material esportivo será um passo crucial para o clube nos próximos anos.
Durante entrevista ao canal 'BandSports', antigo mandatário do time do Parque São Jorge, revelou sua opinião sobre confusões na sede do clube
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Durante entrevista ao canal 'BandSports', o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanches, comentou sobre os ataques ao Parque São Jorge do antigo mandatário Augusto Melo, que tentou retomar a presidência do clube. Andres fez duras críticas ao cenário político que vive o Timão.
Ex-presidente do Corinthians detona Augusto Melo e revela bastidores da crise política no Timão
Andrés Sanches: "O que foi feio foi o presidente afastado, diretores dele, subirem lá pra tirar o presidente atual e tentar dar um golpe. Na mão grande, isso foi triste. O presidente do conselho é o Romeu Tuma. Uma senhora lá se achou o presidente do conselho, uma coisa que depois viram que era tudo falso. Não teve nada, a justiça rejeitou 4 vezes já. Infelizmente, o caos tá maior do que eu imaginava."
Polêmicas recentes no Corinthians: "A história do Corinthians fica manchada. A democracia corintiana deve estar se remexendo no túmulo. O negócio da VaiDeBet é grave, mas é pequeno. O que tem lá que ainda não se tornou público, que nós lá dentro sabemos, que vai vir aí pela frente, é muito pior."
Situações não divulgadas pela imprensa: "O que tem lá que ainda não se tornou público, que nós lá dentro sabemos, que vai vir aí pela frente, é muito pior. O Corinthians é muito forte, é muito grande. Vai passar por esse momento difícil."
Afastamento de Augusto Melo
No dia 26 de maio, o até então presidente do Corinthians, Augusto Melo, foi afastado da presidência do clube do Parque São Jorge. Desde então, Osmar Stabile assumiu de forma interina o cargo.
Sob o comando do presidente interino Osmar Stabile, o Timão fez um levantamento sobre valores que o clube do Parque São Jorge tem a receber
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Sob o comando do presidente interino Osmar Stabile, o Corinthians fez um levantamento sobre valores que tem a receber por conta do uso de camarotes da Neo Química Arena. A atual diretoria do clube do Parque São Jorge, identificou um valor de mais de R$ 2 milhões em dívidas, confira quem são os credores.
Corinthians cobra valores por camarotes da Neo Química Arena - veja quem são os devedores
As duas últimas gestões do Corinthians, na qual estiveram a frente Duilio Monteiro Alves (entre 2021 a 2023) e Augusto Melo (de 2024 a 2025), alguns dos espaços nobres da Neo Química Arena foram utilizados sem que o clube recebesse os valores. Segundo as informações do 'GE', os principais credores identificados foram:
O Corinthians ainda segue investigando para saber de há outras pendências em relação ao uso da Neo Química Arena. "O Sport Club Corinthians Paulista informa por meio de seu departamento jurídico que revisa nesse período interino todos os contratos firmados em vigência, incluindo aqueles que tangem à Neo Química Arena e seus camarotes." Disse o clube em nota enviada para a reportagem do 'GE'.
"Se durante esse processo de apuração pendências ou irregularidades de ordem jurídica ou financeira forem detectadas, nenhum prejuízo será suportado ao Corinthians, agindo o clube pelas vias cabíveis para a execução de dívidas em aberto ou possíveis distratos contratuais", finalizou.
Por meio de uma nota, Sergio Janikian, um dos devedores deu a sua versão dos fatos: "Utilizei o camarote durante o período de final de 2021 a 2023. Com o início da gestão Augusto Melo busquei a negociação dos eventuais valores em aberto com a finalidade de realizar o pagamento à vista, além de renovar a locação para o período do triênio que se iniciava. Por divergências políticas, quando era para assinar o acordo e o contrato, fui informado que o presidente Augusto não iria assiná-lo por se tratar da minha pessoa. Continuo aberto a sanar eventuais valores entendidos pela gestão interina."
Documento sigiloso recebido pela Polícia Civil em 2024 citava esquema de dívidas eleitorais e nomes ligados ao Corinthians
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A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o caso VaideBet e apontou que uma denúncia anônima recebida em dezembro de 2024 foi fundamental para o avanço das investigações. A delação foi encaminhada à sede do DPPC e retransmitida à unidade responsável em 12 de dezembro. Apesar do caráter não identificado do denunciante, as autoridades ressaltaram que o conteúdo contribuiu com dados compatíveis com as provas reunidas.
Segundo o documento, o denunciante relatou que Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, teria contraído dívidas durante as campanhas presidenciais do clube em 2020 e 2023. Para saldar esses débitos, ele teria aberto espaço dentro do clube a interesses de empresários e figuras ligadas ao crime organizado, em um contexto que incluiu a operação com a casa de apostas.
A denúncia também relaciona nomes como Buzeira, Roberto Graziano, o laboratório EMS e até uma suposta ponte com o PCC feita por Marcos Boccatto, dirigente do Corinthians e do Água Santa. O relato ainda sugere que Augusto estaria utilizando colete à prova de balas por medo de represálias de credores.
A delação foi considerada consistente com outros elementos do inquérito, como os extratos bancários do Banco Safra e os depoimentos de testemunhas, entre elas Rubens Gomes, o Rubão, ex-diretor de futebol e aliado na campanha de 2023. Rubão estimou que os custos da campanha giraram em torno de R$ 3 milhões.
Foram indiciados Augusto Melo, Marcelo Mariano, Sergio Moura e Alex Cassundé por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado. O ex-diretor jurídico Yun Ki Lee foi indiciado por omissão imprópria. O inquérito também cita que o dinheiro desviado do Corinthians teria ido parar em contas de empresas ligadas ao crime organizado.