
Clube
08 Out 2025 | 12:42 |
O Corinthians não realizou o pagamento de um empréstimo de R$ 150 milhões obtido junto à Liga Forte União (LFU), entidade que reúne clubes brasileiros em torno de negociações comerciais e direitos de transmissão. O valor, originalmente acordado para ser quitado em setembro de 2025, será abatido com acréscimos de juros e correções monetárias no repasse futuro da liga ao clube.
O montante foi antecipado como parte do acordo firmado entre o Corinthians e a LFU, que prevê distribuição de receitas oriundas de contratos de mídia e patrocínios. Como o clube não efetuou o pagamento dentro do prazo estipulado, a liga aplicará os encargos previstos em contrato e deduzirá o valor diretamente das parcelas que o time paulista tem direito a receber. Será cerca de R$ 30 milhões por ano que o alvinegro deixará de receber até o término do vínculo que é 2029.
A medida não representa punição, mas sim cumprimento das cláusulas contratuais previamente estabelecidas. O Corinthians, assim como outras equipes participantes da Liga, tem acesso a adiantamentos financeiros mediante compromissos de devolução com correção. A inadimplência ativa o mecanismo de compensação automática, sem necessidade de intervenção judicial.
A LFU, formada por clubes como Fortaleza, Athletico-PR, Cruzeiro, Internacional e outros, tem como objetivo fortalecer a gestão coletiva do futebol nacional. O Corinthians aderiu à entidade, buscando maior autonomia na negociação de direitos comerciais e maior previsibilidade financeira.
O clube alvinegro enfrenta dificuldades econômicas desde o início da temporada, acumulando dívidas com fornecedores, atletas e instituições financeiras. A diretoria, liderada por Osmar Stabile, tenta reorganizar as finanças e renegociar compromissos para evitar mais sanções.
A dedução do valor do empréstimo será realizada nos próximos repasses da LFU, respeitando os termos acordados. O Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o impacto financeiro.
Vale lembrar que o clube aguardava o repasse desses valores do fim do ano para pagar a dívida com o Santos Laguna que fez gerar o transfer ban imposto pela FIFA em decorrência da negociação de Félix Torres.
Ex-mandatário do alvinegro paulista está sendo investigado por uso indevido do cartão corporativo do clube; Ministério Público analisa situação
07 Out 2025 | 21:45 |
O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, se manifestou sobre os gastos realizados com o cartão corporativo do clube durante sua gestão, entre os anos de 2018 e 2020. A Comissão de Justiça do Corinthians identificou cerca de R$ 190 mil em despesas consideradas suspeitas, distribuídas em aproximadamente 50 lançamentos. Entre os principais registros estão compras em hospitais, clínicas, farmácias, lojas de móveis, eletrônicos, centros automotivos e até serviços de táxi aéreo.
Diante da apuração interna, Andrés enviou uma nota oficial por meio de seu advogado, Fernando José da Costa, alegando que todos os esclarecimentos já foram prestados ao Ministério Público de São Paulo. Segundo o comunicado, os gastos foram realizados em benefício institucional do clube, incluindo despesas de representação e aquisição de presentes.
O ex-dirigente também afirmou que, à época, não havia regras específicas ou limites objetivos para o uso do cartão corporativo, e que todas as contas foram aprovadas pelos órgãos competentes.
O Corinthians informou que concluiu a entrega dos documentos solicitados pelo Ministério Público e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. O clube também demonstrou preocupação com possíveis vazamentos de informações sigilosas, que poderiam prejudicar sua imagem institucional.
Além da análise sobre os gastos, o Ministério Público abriu uma investigação paralela para apurar uma possível ligação do clube com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A apuração foi motivada por depoimento de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, colhido pelo órgão.
As investigações seguem em andamento, e os envolvidos continuam sendo chamados para prestar esclarecimentos. O caso reforça a importância da transparência na gestão de recursos e da atuação dos órgãos fiscalizadores dentro das instituições esportivas.
Consultor do Timão já esteve na gestão anterior e fazia parte das negociações que geraram punições ao clube pela FIFA, CAS e dívidas de mais de R$ 100 milhões
07 Out 2025 | 20:30 |
Rozallah Santoro, atual consultor do departamento financeiro da diretoria do Corinthians, articula sua candidatura à presidência do clube para o pleito previsto em 2026. Ex-diretor financeiro na gestão de Augusto Melo, Rozallah conta com o apoio de antigos aliados do ex-presidente, como Pedro Silveira e Vinicius Cascone, ambos ex-integrantes da diretoria.
Silveira sucedeu Rozallah na área financeira e participou da contratação de Memphis Depay. Cascone atuou como secretário-geral e diretor jurídico, sendo desligado após o impeachment de Augusto Melo ocorrido em 09 de agosto.
A movimentação política ocorre em meio a um cenário polarizado entre grupos favoráveis e contrários à antiga gestão. Os apoiadores de Rozallah buscam consolidar sua imagem como alternativa viável para liderar o Corinthians, tentando atrair diferentes alas do Parque São Jorge. A candidatura, no entanto, ainda depende de decisões internas, especialmente da Comissão de Ética, que avalia a conduta de Rozallah em dois episódios.
O primeiro envolve o caso do meia Matías Rojas, que rescindiu contrato com o Corinthians após atrasos salariais e acionou o clube na FIFA. A condenação resultou em multa superior a R$ 40 milhões. Augusto Melo atribuiu a responsabilidade a Rozallah, alegando negligência na gestão dos pagamentos. Já Rozallah afirma que o presidente estava ciente da situação e optou por destinar os recursos disponíveis à rescisão do técnico Antônio Oliveira junto ao Cuiabá.
O segundo episódio é relacionado ao contrato com a casa de apostas VaideBet. A Comissão de Ética investiga possível omissão de Rozallah no repasse de R$ 1,4 milhão à empresa intermediadora. O ex-diretor alega que estava em viagem e desconhecia o pagamento.
Rozallah integra a Chapa 82, Movimento Corinthians Grande, mesmo grupo de Armando Mendonça, atual vice-presidente. Caso confirme sua candidatura, poderá se desvincular do grupo para concorrer de forma independente.
Nome ligado à gestão anterior e que se tornou um dos homens importantes dentro do clube tem levantado questionamentos de órgão fiscalizador
07 Out 2025 | 20:07 |
O Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) convocou Fabinho Soldado, executivo de futebol do clube, para prestar esclarecimentos sobre sua atuação na gestão esportiva. A convocação ocorreu neste mês, em meio a questionamentos internos sobre decisões administrativas e operacionais tomadas durante a temporada. O CORI, órgão fiscalizador do clube, busca entender detalhes sobre as despesas logísticas em viagens e a condução das negociações nas janelas de transferências.
Fabinho Soldado foi contratado em 2024, durante a gestão de Augusto Melo, e desde então tem enfrentado críticas de conselheiros e membros da diretoria. A reunião estava prevista para ocorrer no CT Dr. Joaquim Grava, mas o presidente Osmar Stábile interveio, solicitando que qualquer demanda de esclarecimento fosse direcionada diretamente à presidência, evitando exposição do executivo em ambientes políticos do clube.
Durante o ano de 2025, o Corinthians realizou apenas duas contratações sob responsabilidade de Fabinho: uma delas foi Vitinho, que passou por cirurgia no joelho essa semana pouco tempo após ser anunciado. A limitação de reforços gerou insatisfação entre torcedores e conselheiros, especialmente diante das dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube, que impactaram diretamente na capacidade de investimento.
A diretoria, por sua vez, adotou postura de proteção ao executivo, blindando Fabinho das pressões externas e reforçando que decisões estratégicas são tomadas em conjunto com a presidência. Essa movimentação evidencia o clima de tensão nos bastidores do Parque São Jorge, onde disputas políticas e cobranças por resultados têm se intensificado.
A convocação do CORI e a resposta da diretoria refletem o momento delicado vivido pelo Corinthians, que busca equilíbrio entre gestão administrativa e desempenho esportivo. A expectativa é que os esclarecimentos sejam encaminhados institucionalmente, conforme solicitado pelo presidente, mantendo o foco na transparência e na governança interna.