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O Corinthians voltou a atrasar o pagamento da premiação pela conquista da Libertadores Feminina de 2024. O valor, que tem sido depositado de forma parcelada, ainda não foi quitado na parcela referente ao mês de abril, que deveria ter sido paga no último dia 10. Uma das jogadoras da conquista, revelou que o acordo firmado com a diretoria estabelecia o pagamento em seis parcelas. Contudo, segundo a atleta, todo mês há uma justificativa para os atrasos.
A última atualização enviada ao elenco foi por meio de uma mensagem no WhatsApp, informando que um valor entraria no caixa para quitar uma das parcelas atrasadas. A promessa é que o pagamento seja realizado até a primeira semana de maio. Somente pela conquista da Libertadores, o Corinthians recebeu US $ 2 milhões (cerca de R$ 11,6 milhões na cotação da época) como premiação da Conmebol.
A diretora de futebol feminino do Corinthians, Iris Sesso, comentou sobre a pendência no pagamento da premiação da Libertadores 2024 às jogadoras da equipe. O departamento de futebol feminino faz parte do Corinthians, e o departamento financeiro é geral do clube. Então, qualquer negociação, qualquer dinheiro que entra ou sai, é do Corinthians.
Em meio à indefinição da diretoria do Corinthians, o futebol feminino tenta manter os anos vitoriosos dentro dos gramados. A diretora de futebol, Iris Sesso, comentou como é o seu relacionamento com Osmar Stabile, presidente interino do clube. “Como ele tem um período aí muito curto de gestão na área, como presidente efetivamente, então acredito que a demanda dele está bastante grande de poder tentar colocar as ideias dele, tanto ele quanto o vice-presidente Armando, mas hoje, ele esteve aqui no final do jogo, conseguiu dar uma palavrinha com as atletas", iniciou na zona mista após a vitória sobre o Cruzeiro.
A situação financeira do clube, marcada por bloqueios judiciais, tem impactado diretamente o pagamento das premiações e direitos de imagem das jogadoras. A expectativa é que, com a regularização das pendências financeiras, o elenco feminino possa focar plenamente nas competições e manter o alto nível de desempenho que caracteriza a equipe.
Ele foi ex-diretor na gestão do presidente afastado do Timão e atualmente é um de seus advogados e pode ser expulso do clube
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A crise política no Corinthians ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (22), quando a Justiça de São Paulo negou a liminar solicitada por Ricardo Jorge, advogado e ex-diretor administrativo do clube, para retornar às atividades no Parque São Jorge. A decisão, assinada pela juíza Fernanda Perez Jacomini, da 5ª Vara Cível do Foro Regional do Tatuapé, confirma o afastamento preventivo de Jorge por 60 dias, determinado pela Comissão de Ética do Conselho Deliberativo.
Ricardo Jorge foi suspenso junto a outros aliados do presidente afastado, Augusto Melo, por envolvimento no polêmico ato ocorrido em 31 de maio, quando um grupo tentou anular decisões do Conselho e reconduzir Melo à presidência. A juíza entendeu que não houve irregularidades no processo de afastamento e que o advogado não comprovou a necessidade de estar presente no clube para exercer suas funções.
A tentativa de Jorge de reverter a suspensão foi baseada na alegação de que sua presença no Parque São Jorge naquele dia se deu exclusivamente como defensor de Melo, e não como associado. No entanto, a Justiça considerou que os documentos apresentados não demonstraram com clareza o direito alegado, nem dúvida suficiente sobre a legalidade do procedimento administrativo.
Além de Jorge, outros 15 associados foram afastados preventivamente, incluindo ex-diretores e conselheiros ligados a Melo no Corinthians. A Comissão de Ética também intimou mais de uma dezena de conselheiros para se manifestarem sobre o caso, podendo ampliar o número de suspensões. Ao fim do processo, todos os envolvidos correm o risco de expulsão definitiva do clube.
O episódio reforça o clima de instabilidade nos bastidores do Corinthians, que vive uma intensa disputa política desde o início das investigações sobre o contrato com a empresa Vai de Bet. Enquanto o clube tenta manter o foco no Campeonato Brasileiro, a diretoria interina liderada por Osmar Stabile aguarda o desfecho das ações judiciais e disciplinares que envolvem o ex-presidente e seus aliados.
Pagamento a Memphis gera insatisfação entre atletas do futebol feminino, que também aguardam quitação de premiações atrasadas
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O Corinthians oficializou um acordo com o elenco para quitar cerca de R$ 12 milhões em premiações e direitos atrasados. A decisão veio após o atacante Memphis Depay manifestar forte insatisfação com os valores pendentes, o que provocou um clima de tensão interna e alertou a diretoria sobre o risco de desfalques importantes. O clube agora trabalha para normalizar os pagamentos e acalmar os ânimos no vestiário.
Memphis, que é o principal nome do elenco, havia notificado o clube em duas ocasiões, em maio e junho, exigindo o pagamento imediato das dívidas. Os valores devidos ao atacante chegam a R$ 6,1 milhões, referentes a bônus de performance, direitos de imagem e premiações específicas do Campeonato Paulista. O restante do montante corresponde aos demais jogadores do elenco profissional masculino.
A nova gestão alvinegra, liderada por Osmar Stábile, estruturou um plano emergencial para regularizar a situação com os atletas. A medida busca não apenas cumprir obrigações financeiras, mas também restaurar a confiança no ambiente interno do clube e evitar que novas crises venham à tona em meio à temporada. A expectativa é que, com o pagamento efetivado, Memphis retome sua rotina normalmente com o grupo.
A repercussão do acordo, no entanto, não foi totalmente positiva. Atletas do futebol feminino demonstraram insatisfação com a prioridade dada ao atacante, já que também aguardam a quitação de premiações atrasadas. O valor devido às jogadoras seria significativamente menor, representando menos de 5% do que foi destinado a Memphis, o que gerou críticas sobre a falta de equidade no tratamento interno.
Mesmo com a controvérsia, a diretoria acredita que o acerto com o elenco masculino é um passo importante para reequilibrar as finanças e retomar o foco esportivo. O Corinthians agora espera um ambiente mais estável para seguir na temporada e projeta novas ações para resolver pendências com outras categorias do clube nos próximos dias.
Torcedores picham muros do Parque São Jorge em protesto contra Memphis Depay e presidente afastado Augusto Melo, gerando tensão no clube
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Na madrugada desta quarta-feira (23), os muros do Parque São Jorge, sede social do Corinthians, amanheceram pichados com protestos direcionados ao atacante Memphis Depay e ao presidente afastado Augusto Melo. As mensagens refletem a insatisfação da torcida com a atual gestão e a situação financeira do clube.
Entre as frases encontradas, destacam-se: "Memphis, devolve o dinheiro", "Augusto, você é o próximo" e "Fora, Pinóquio". Essas manifestações fazem referência ao atraso nos pagamentos aos jogadores e à reprovação das contas de 2024, que resultaram em um processo de impeachment contra o presidente.
Além das pichações, o estabelecimento de Augusto Melo também foi alvo de vandalismo. A fachada do local foi danificada, evidenciando o clima de tensão e descontentamento entre os torcedores.
O Corinthians, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que está tomando as medidas legais cabíveis em relação aos atos de vandalismo e que está comprometido em resolver as pendências financeiras com seus jogadores. A diretoria também afirmou que está trabalhando para restabelecer a confiança da torcida e melhorar a gestão do clube.
A situação atual evidencia a necessidade urgente de transparência e responsabilidade na administração do Corinthians, visando a recuperação da imagem do clube e o retorno à estabilidade financeira e esportiva.