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O "Caso VaideBet" abalou profundamente a gestão de Augusto Melo no Corinthians, envolvendo suspeitas de irregularidades no contrato de patrocínio com a casa de apostas VaideBet, firmado em janeiro de 2024.
A parceria, estimada em R$ 370 milhões, previa uma comissão de 7% (cerca de R$ 25 milhões) para a empresa intermediária Rede Social Media Design, de propriedade de Alex Cassundé, que participou da campanha eleitoral de Melo.
As investigações da Polícia Civil de São Paulo, conduzidas pelo Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC) e pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), apontaram possíveis irregularidades, incluindo lavagem de dinheiro e associação criminosa. Depoimentos contraditórios entre o presidente do Corinthians, Cassundé e ex-diretores do clube, como Sérgio Moura e Marcelo Mariano, complicaram ainda mais o cenário. Nenhum dos envolvidos apresentou provas documentais sobre as negociações, e houve relatos de apagamento de dados relevantes para a investigação.
A situação levou à rescisão do contrato por parte da VaideBet em julho de 2024, após a empresa alegar descumprimento de cláusulas contratuais e falta de transparência. O rompimento do acordo gerou um prejuízo financeiro significativo para o clube e intensificou a crise administrativa.
Em meio às investigações, a Polícia Civil identificou movimentações financeiras suspeitas, incluindo transferências para empresas de fachada e contas bancárias associadas a familiares de Augusto Melo. Essas descobertas resultaram no indiciamento de Melo, Cassundé e outros ex-dirigentes do Corinthians por crimes como furto qualificado, lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Diante da gravidade das acusações, o Conselho Deliberativo do Corinthians agendou para esta segunda-feira, 26 de maio de 2025, uma votação sobre o impeachment de Augusto Melo. O desfecho desse processo poderá marcar uma mudança significativa na liderança do clube e influenciar seu futuro institucional.
Torcida alvinegra não está satisfeita com as últimas notícias que saíram sobre nome fortemente ligado ao Timão e por isso pedem a sua saída
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A principal torcida organizada do Corinthians, Gaviões da Fiel, publicou nesta sexta-feira (11) uma nota oficial contundente exigindo medidas imediatas contra o ex-presidente Andrés Sanchez. O comunicado veio após Sanchez admitir o uso do cartão corporativo do clube para despesas pessoais durante seu último mandato, em 2020. Os gastos, que somam cerca de R$ 9 mil, incluem hospedagem, passeios e refeições em Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte.
Segundo o ex-dirigente, houve uma confusão por utilizar o mesmo banco do clube, o que teria levado ao uso equivocado do cartão. Ele reembolsou o valor com juros e correção monetária que ficou no total de 15 mil reais, alegando que não foi alertado pelo setor financeiro sobre a necessidade de ressarcimento.
A Gaviões, no entanto, não aceitou a justificativa e pediu que o Conselho de Ética do Corinthians acolha as denúncias formais, investigue os fatos e, se confirmadas as irregularidades, promova a exclusão de Sanchez do quadro de associados. A torcida também solicitou que o Conselho Deliberativo abra todas as contas e movimentações financeiras dos últimos anos para análise detalhada, reforçando o compromisso com a transparência e a moralidade na gestão do clube.
O comunicado ressalta que a Fiel Torcida não compactua com corrupção, desvios de conduta ou qualquer prática que prejudique a imagem e o funcionamento do Corinthians. “Exigimos respeito! Chega de notícias negativas! O Corinthians é do povo e deve ser tratado com dignidade!”, diz trecho da nota publicada nas redes sociais da organizada.
A pressão sobre Andrés Sanchez ocorre em meio a outras turbulências políticas no clube, incluindo o processo de impeachment do presidente afastado Augusto Melo. A polarização entre os dois ex-mandatários tem influenciado os bastidores do Parque São Jorge, e o caso dos cartões corporativos pode ser decisivo para o futuro político do Timão. A Gaviões reafirma seu papel fiscalizador e promete seguir lutando por uma administração ética e honesta, à altura da história e da paixão da torcida corintiana.
Projeto envolve outros grandes clubes do futebol brasileiro e promete mudar a forma de conexão entre times e torcedores gerando equilíbrio financeiro
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Ronaldo Fenômeno, ícone do futebol mundial, acaba de assumir a presidência da Sociedade Anônima da Brahma (S.A.B), entidade que reúne grandes clubes brasileiros como Corinthians, Flamengo, Cruzeiro e Atlético-MG. A iniciativa, anunciada após a final do Mundial de Clubes, promete transformar profundamente o cenário esportivo nacional, com foco em inovação, engajamento e sustentabilidade financeira.
A S.A.B surge como uma proposta ousada de aproximar torcedores da gestão dos clubes por meio de uma parceria com a Brahma e o aplicativo Zé Delivery. A cada compra de produtos da marca, uma porcentagem é destinada diretamente ao time escolhido pelo consumidor, criando uma nova cultura de apoio contínuo e participativo. Ronaldo destacou que essa abordagem vai além do marketing tradicional, buscando fortalecer economicamente os clubes e ampliar sua competitividade internacional.
Em suas redes sociais, o ex-jogador do Corinthians expressou entusiasmo com o desafio, afirmando que pretende devolver aos clubes brasileiros a capacidade de disputar em igualdade com as maiores potências do futebol mundial. Para ele, a S.A.B representa uma oportunidade de unir paixão e estratégia, oferecendo aos torcedores um papel ativo na construção do futuro de suas equipes.
A ação será detalhada ao vivo durante o pós-jogo da final do Mundial, com a presença dos clubes envolvidos e representantes da Brahma. A expectativa é que o projeto ganhe adesão nacional, especialmente em um momento em que o modelo de Sociedade Anônima do Futebol (SAF) vem ganhando força como alternativa à gestão tradicional.
Ronaldo, que já teve sucesso como gestor no Cruzeiro e no Valladolid, acredita que a S.A.B pode ser um divisor de águas. Ele defende que o envolvimento direto dos torcedores, aliado a uma gestão profissional e transparente, é essencial para o crescimento sustentável do futebol brasileiro. Com essa nova empreitada, o Fenômeno reforça seu papel como agente de mudança, apostando em soluções criativas para os desafios históricos do esporte no país. A revolução prometida pela S.A.B pode ser o início de uma nova era para os clubes e seus milhões de apaixonados.
Opinião dele vai de encontro à falas já ditas por parte do advogado de defesa do presidente afastado do clube do Parque São Jorge
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A denúncia do Ministério Público de São Paulo contra Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, ganhou novos contornos após um parecer técnico elaborado pelo ex-delegado da Polícia Federal Anderson Souza Daura. O documento aponta falhas graves na condução da investigação e questiona a legalidade das provas utilizadas para fundamentar o indiciamento do dirigente no caso VaideBet.
Segundo Daura, diversos relatórios de inteligência financeira foram solicitados ao COAF sem autorização judicial, o que contraria a jurisprudência vigente e fere o direito à privacidade. Essa prática, considerada irregular, comprometeria a validade dos documentos que embasaram o relatório final da Polícia Civil. Além disso, o parecer destaca que os elementos apresentados não configuram furto qualificado, como alegado, mas poderiam, no máximo, ser enquadrados como estelionato, cuja punição depende de representação das vítimas, já fora do prazo legal.
Outro ponto levantado é a ausência de prejuízo direto aos supostos intermediários envolvidos, que declararam não ter interesse em medidas judiciais. Isso reforça a tese de que não houve dolo ou abuso de confiança por parte de Melo, como sustentado pelo MP. A defesa do presidente corintiano também critica a denúncia por falta de clareza e cronologia, dificultando o exercício pleno do contraditório.
O advogado de Augusto Melo, José Eduardo Cardozo, em entrevista já havia comentado que existia pontos dentro do inquérito dos quais em sua opinião, eram contraditórios. Além disso, o presidente afastado do alvinegro pediu a quebra de sigilo no caso por alegar não dever nada a ninguém.
A repercussão do caso tem sido intensa, especialmente entre torcedores e conselheiros do clube. Nas redes sociais, a Gaviões da Fiel e outros grupos organizados manifestaram indignação com o que consideram uma tentativa de criminalização sem provas concretas. A associação do nome de Melo ao crime organizado, por meio de supostos vínculos com o PCC, também é vista como uma manobra midiática para gerar comoção pública.
Com o parecer técnico em mãos, a defesa de Augusto Melo pretende contestar a denúncia e solicitar o arquivamento do processo. A decisão agora está nas mãos da Justiça, que deverá avaliar se os indícios apresentados são suficientes para transformar o dirigente em réu. Enquanto isso, o Corinthians segue em meio a turbulências políticas e jurídicas que colocam em xeque sua estabilidade institucional.