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O ex-jogador Dinei pediu demissão do cargo de observador técnico das categorias de base do Corinthians. A decisão foi motivada por insatisfação com integrantes do departamento de base. A informação foi divulgada inicialmente por Luis Fabiani, repórter da Rádio Bandeirantes.
A saída ocorre durante um período de reformulação nas categorias de base do clube. Na última sexta-feira, Claudinei Alves foi afastado do cargo de diretor da base após protestos da torcida e denúncias encaminhadas à Gaviões da Fiel. As denúncias apresentadas à torcida organizada teriam partido do próprio Dinei. Segundo informações, o ex-atacante demonstrava descontentamento com o funcionamento interno do setor de base do Corinthians.
Na semana anterior ao pedido de demissão, Dinei fez publicações nas redes sociais que indicavam divergências com colegas do departamento. Em mensagem ao presidente Augusto Melo, agradeceu pela oportunidade e alertou sobre a gestão da base.
O repórter Luis Fabiani também teve acesso à mensagem enviada por Dinei para o presidente Augusto Melo, onde ele afirma que o mandatário alvinegro deveria "abrir o olho", confira a mensagem abaixo.
“Estou pedindo DEMISSÃO Tabom irmão e por você coloco minha mão no fogo! Mas pelas pessoas que te cercam eu NÃO CONFIO, desejo do fundo do meu coração irmão boa sorte no seu mandato! Estarei torcendo muito por você e pelo nosso SC Corinthians Paulista. Gratidão por você Presidente Augusto Melo. OBS: NÃO CONCORDO com algumas coisas que acontecem na BASE. Só abre o OLHO meu Presidente”, disse o ex-atacante do Corinthians.
Dinei foi contratado pelo Corinthians em junho de 2024 para exercer uma função inédita nas categorias de base. Atuava acompanhando os atletas e prestando suporte técnico em diferentes faixas etárias da formação alvinegra.
Movimento liderado pela principal organizada do Timão segue avançando para reduzir a dívida com a Caixa e aliviar as contas do clube até o fim de 2025
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A torcida organizada Gaviões da Fiel alcançou mais um marco na campanha de quitação da dívida da Neo Química Arena ao pagar o 126º boleto, no valor de R$ 10.396,78, repassado diretamente à Caixa Econômica Federal na última terça-feira. A iniciativa integra o projeto “Doe Arena Corinthians”, criado em novembro de 2024, que visa amortizar o débito estimado em cerca de R$ 700 milhões.
Desde o lançamento da campanha, já foram quitados mais de R$ 40 milhões, com o objetivo de quitar totalmente a dívida até dezembro de 2025. A mobilização expressiva comprova o compromisso da organização com a sustentabilidade financeira do clube e o engajamento da Fiel na manutenção da casa corinthiana.
A cada boleto pago, os Gaviões reforçam a transparência do processo — os valores, datas e recibos são divulgados em suas redes sociais, criando um mecanismo de prestação de contas que fortalece a relação com os torcedores. A facilidade de doação via Pix, disponível no site oficial, também ajuda a manter o fluxo constante de apoio ao clube.
A campanha impacta significativamente o cenário econômico do Corinthians, pois reduz o encargo financeiro da Arena. Ação como essa evita reforçar o endividamento do clube e libera espaço orçamentário para investimentos em outras áreas, como reforços para o futebol e manutenção de estrutura.
O alcance dessa mobilização reforça o papel dos torcedores como agentes ativos na gestão do clube. A participação da torcida organizada não apenas beneficia economicamente o Corinthians, mas também representa um gesto de pertencimento coletivo — um modelo de organização que outros clubes têm observado com atenção.
Celebração relembra o legado da torcida como movimento social e cultural, além de sua constante presença nas arquibancadas
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Nesta terça-feira (1º de julho), os Gaviões da Fiel—maior torcida organizada do Corinthians e primeira do Brasil com estatuto próprio—comemoram seus 56 anos de história, marcados por dedicação ao clube, ações sociais e presença vibrante nas arquibancadas.
A celebração será realizada na sede da torcida e contará com programação especial para sócios e torcedores, incluindo churrasco à vontade, bolo de aniversário, roda de samba e uma grandiosa queima de fogos. O evento terá início no final da tarde e promete manter viva a tradição e alegria dos Gaviões.
Fundada com o objetivo de defender os direitos dos corintianos e atuar ativamente no cenário político do clube, a agremiação também se destacou como escola de samba. A estrutura administrativa criada em 1969 se modernizou, mantendo olho na preservação da identidade alvinegra e no engajamento cultural.
A festa reforça não apenas os valores históricos da organização, mas também o papel social que ela desempenha atualmente — apoiando o Corinthians, promovendo atividades comunitárias e atraindo torcedores de todas as idades e perfis. A presença de milhares de associados fortalece esse legado.
Para os corinthianos, o aniversário dos Gaviões é mais que uma celebração: representa o coração pulsante da Fiel. A união entre torcida, samba e paixão pelo clube se renova a cada ano — e, com a tradicional queima de fogos, a festa dos 56 anos promete iluminar ainda mais o Parque São Jorge.
A reviravolta nos uniformes do Timão em 2002 consolidou uma das alianças mais simbólicas do futebol brasileiro com a marca americana
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Em 2002, o Corinthians apresentou ao mercado sua primeira camisa sem a tradicional gola polo da Topper — e, segundo bastidores, chegou a testar modelos com a Adidas, o famoso “chapéu na Adidas”. Ainda assim, formalizadas as negociações com a Nike, o Timão firmou um contrato que se tornou um marco em sua história de patrocínios esportivos.
Naquele ano, a Nike assumiu o fornecimento e, desde então, permanece como parceira oficial do clube. A transição marcou o início de uma era vitoriosa: em 2003 o Corinthians já conquistou o Paulista, e em 2005 levantou o Brasileirão vestindo a marca americana.
Desde então, a Ternão firmou uma relação forte com a Nike: foram décadas com uniformes memoráveis, títulos nacionais e até mundiais em 2012. Isso colocou o Corinthians como um dos únicos clubes brasileiros a manter um vínculo duradouro com a gigante norte-americana, enquanto rivais históricos trocavam marcas regularmente.
Em 2025, surgiu um novo debate. Uma proposta bilionária da Adidas, superior ao contrato vigente com a Nike — estimado em cerca de R$ 1 bilhão por 10 anos — acendeu discussões internas. O CORI, conselho deliberativo do clube, chegou a convocar reuniões para avaliar os riscos jurídicos da possível mudança.
Até agora, a Nike segue como fornecedora — o contrato atual foi automaticamente renovado até 2029. Mas o acerto histórico — que começou com o “chapéu na Adidas” não concretizado e culminou na parceria com a Nike — ainda influencia decisões futuras do clube. E o debate sobre modernização dos acordos comerciais continua vivo entre dirigentes e a torcida alvinegra.