
Clube
|
Fred Luz teve uma passagem muito rápida pelo Corinthians no ano passado. Anunciado em julho pelo ex-presidente do Timão, Augusto Melo, o ex-CEO do clube tinha a missão de auxiliar na reestruturação financeira do alvinegro, mas, em meio a problemas institucionais, deixou o cargo após cinco meses.
Ex-CEO do Corinthians fala de obstáculos do Timão e compara alvinegro com o Flamengo
Em entrevista exclusiva ao site 'Lance!', Fred Luz falou sobre o seu trabalho no Corinthians, os obstáculos que o Timão enfrenta no processo de reestruturação e comparou o clube do Parque São Jorge com o Flamengo, na qual fez um bom trabalho, ajudando no processo de reestruturar o clube carioca.
"O nosso contrato com o Corinthians era, na verdade, um contrato com a Alvarez & Marsal. E a primeira coisa que entregamos ao Corinthians foi uma análise do clube, do seu potencial, para traçar um plano de ação. Eu já disse isso várias vezes: a situação do Corinthians, naquele momento, se comparada à do Flamengo em 2012, era relativamente melhor.
"Isso significa que os problemas estavam resolvidos? Não. Aquele potencial de receita que o Flamengo tinha lá atrás, que estimamos em R$ 2 bilhões, até hoje, 12 anos depois, o Flamengo ainda não atingiu. Porque não é trivial chegar lá. Exige muito trabalho, dedicação, aprendizado, e o desenvolvimento de relações de causa e efeito."
"O Corinthians também tem esse potencial. Mas, para realizá-lo, é preciso muito esforço, muitos acertos, clareza de objetivos e determinação para segui-los. Infelizmente, isso foi algo que não encontramos no Corinthians. Na minha opinião, o clube não tem um alinhamento interno, político, entre suas forças, para fazer o que precisa ser feito. E, por isso, vai demorar um pouco."
"Com poder político, eleitos, que os caras foram todos eleitos, que faziam parte do grupo, que entrou, e muito homogêneo, pensando mais ou menos as mesmas coisas, com uma direção muito clara e querendo fazer acontecer. Percebi que isso foi tão forte, que o Flamengo, tem aparentemente as brigas, sai o Bandeira, entra o Landim, depois o BAP, mas se você for olhar, essas pessoas todas estavam lá desde o início. Então, o Flamengo está com uma continuidade filosófica ao longo já de muitos e muitos anos, isso explica um pouco o sucesso do Flamengo. Mudam as pessoas, mas não muda a filosofia na sua essência, não muda. O respeito às finanças é uma tônica muito forte do Flamengo."
Zagueiro que hoje defende o Santos pede correção de dívidas junto com seus advogados. Timão pode ser intimado a comparecer perante a lei
|
O ex-Corinthians Gil entrou com um processo contra o clube alvinegro, questionando o valor da dívida que foi informado à Justiça no Regime Centralizado de Execuções (RCE).
O defensor, que atualmente joga pelo Santos, contesta a quantia apresentada pelo Timão e busca uma correção do montante devido.
Segundo os advogados do jogador, o Corinthians declarou à Justiça que deve R$ 12.390.000,00 ao atleta.
No entanto, a defesa de Gil afirma que o valor correto seria de R$ 14.172.086,30, considerando juros e correção monetária desde a data da ação que deferiu o RCE a favor do clube. A diferença entre os valores gerou um impasse judicial, levando o zagueiro a solicitar uma revisão da dívida.
A empresa que representa Gil, a CF4 Promoções e Eventos Esportivos Ltda., entrou com a ação alegando que o valor informado pelo Timão não considera o período de correção e os juros acumulados.
Os advogados do jogador pediram que o Corinthians seja intimado a se manifestar sobre a falta de pagamento desse valor em até cinco dias.
Além disso, a defesa solicita que o clube seja condenado ao pagamento dos honorários advocatícios relacionados ao processo.
O caso está sendo analisado pela 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo e será julgado pelo juiz Guilherme Cavalcanti Lamêgo.
A disputa judicial entre Gil e o Corinthians já se arrasta há algum tempo, e essa nova contestação pode impactar ainda mais a situação financeira do clube alvinegro.
O Timão enfrenta dificuldades econômicas e busca alternativas para quitar suas dívidas, incluindo negociações com credores e ajustes na gestão financeira.
A contestação feita pelo ex-Corinthians pode representar um novo desafio para a administração do clube, que precisa lidar com processos judiciais e encontrar soluções para equilibrar suas contas.
Presidente interino do clube tem grandes desafios pela frente, mas conta com nomes que já estiveram no alvinegro para tentar trazer uma estabilidade
|
O Corinthians passa por um momento de reformulação administrativa e política sob a liderança de Osmar Stabile.
Com a necessidade de reorganizar a gestão financeira do clube, Stabile escolheu nomes experientes para comandar essa área estratégica, apostando em profissionais que já tiveram passagem pelo clube e conhecem sua estrutura interna.
A decisão de Stabile ocorre em um contexto de desafios financeiros significativos. O Corinthians enfrenta uma dívida bilionária, e essa nova gestão interina busca soluções para equilibrar as contas e garantir a estabilidade do clube.
Para isso, Emerson Piovensan foi convidado para reassumir o cargo de diretor financeiro. Piovensan já ocupou essa posição entre 2015 e 2017, durante a gestão de Roberto de Andrade, e é reconhecido por sua influência na política corintiana.
Outro nome cotado para integrar a equipe financeira é Roberto Gavioli, que possui vasta experiência no departamento financeiro do clube. Gavioli trabalhou ao lado de ex-presidentes como Roberto de Andrade, Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves.
Ele acumula um vasto conhecimento sobre a administração corintiana. Sua possível volta é vista como um reforço importante para a gestão interina de Stabile.
Outro ex-diretor que pode colaborar com a nova administração é Rozallah Santoro, embora sem ocupar um cargo oficial.
A estratégia de Osmar tem sido a de reunir profissionais que já conhecem o funcionamento do clube, evitando uma curva de aprendizado prolongada e permitindo que as decisões sejam tomadas com maior agilidade.
Além da área financeira, outros setores da diretoria também estão sendo reorganizados. Outra mudança apresentada é o departamento jurídico que será comandado agora por Leonardo Pantaleão.
Ele esteve presente na gestão anterior. No marketing, Vinicius Manfredi foi recontratado como superintendente, apenas um mês após ter sido desligado do cargo.
A nova gestão enfrenta desafios imediatos, como a necessidade de quitar dívidas de curto prazo e garantir recursos para manter o funcionamento do clube.
O presidente tem enfatizado a urgência de encontrar soluções financeiras e reorganizar a administração para evitar maiores problemas.
Nos próximos dias, Stabile deve oficializar mais nomes para a diretoria e definir estratégias que serão implementadas para enfrentar os problemas financeiros do Corinthians.
De acordo com os membros da oposição da atual gestão interina do Corinthians, a Assembleia Geral deveria acontecer neste sábado (31)
|
A oposição do Corinthians, pelo menos uma parte dela, entende que o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior, teria infringido o estatuto do clube. A apuração feita pela Itatiaia relata que a convocação da Assembleia, deveria ter ocorrido cinco dias após o afastamento de Augusto Melo.
O motivo que os conselheiros comentam, é que assim evitaria uma insegurança política e jurídica dentro do clube paulista. Eles têm como base, o inciso h do artigo 107 do Corinthians:
‘Caso a Destituição seja aprovada pelo CD, deverá ser convocada em até 5 dias a Assembleia Geral de associados para, em última instância, votar a Destituição, ficando o processado afastado cautelarmente desde logo do exercício de suas funções até a proclamação do resultado final da Assembleia Geral.’
No entanto, por sua vez, Romeu Tuma Júnior afirma que o estatuto do Corinthians diz que a convocação seja em até cinco dias, mas não obrigatoriamente nesse prazo. A convocação para a reunião pode acontecer nesta sexta (30) ou sábado (31).
Dentre as alegações, a oposição diz que o cargo de presidente só fica disponível para outra pessoa após a Assembleia ter sido realizada. Por conta disso, existe alguns questionamentos em relação à legitimidade de Osmar Stabile, como o atual presidente interino do clube.
Eles argumentos que se Augusto Melo retornar como presidente, haveria instabilidade tanto política quanto administrativa porque os antigos diretores demitidos, seriam readmitidos.
‘Vagando-se o cargo de Presidente, por morte, renúncia ou cassação de mandato, assumirá o 1° Vice-Presidente da Diretoria ou, na sua ausência, o 2° Vice-presidente da Diretoria, devendo ser convocado o CD para eleição de novo Presidente até o término do mandato, salvo se faltar menos de seis meses para findar-se o referido mandato.
§1°: Ocorrendo a vacância do cargo de Presidente da Diretoria, os Diretores, os Diretores Adjuntos, e o Secretário Geral, serão considerados demissionários.’
Devido a toda essa situação, os conselheiros pretendem enviar um ofício para a Comissão de Ética e buscam explicações de Romeu Tuma Júnior.