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O Corinthians conquistou no último fim de semana seu primeiro título no futebol para cegos ao vencer o Regional Sul‑Sudeste, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro. Em partida final contra a tradicional AGAFUC, o Timão triunfou por 1 a 0, com gol histórico do colombiano Jhon González, e quebrou a hegemonia gaúcha na competição.

O triunfo corintiano teve momentos de destaque ao longo do torneio. Na estreia, o time aplicou uma goleada histórica de 12 a 0, e manteve campanha impecável até a grande decisão. O gol do título veio já no segundo tempo, aos 14 minutos, consolidando o excelente desempenho da equipe treinada pela fusão entre Corinthians e Maestro, feita no ano passado.

Ao celebrar, Jhon González declarou emoção pelo marco alcançado: agradeceu ao clube, à família na Colômbia e celebrou “colaborar com o gol do primeiro título do Corinthians”. Já Renata Pozzi, figura-chave na criação da modalidade no clube, destacou a persistência do projeto: “seis anos à frente do futebol de cegos... é um dia para coroar um trabalho de anos”.

Além do troféu principal, o Regional Sul‑Sudeste definiu outras premiações: a AGAFUC garantiu novamente o vice‑campeonato, a APADV ficou com o bronze após vencer o INV nos pênaltis, o ala Kauan Sabino (APADV) foi eleito melhor jogador Sub‑23, o pivô Nonato (AGAFUC) foi artilheiro e o goleiro Guilherme Souza (INSEP‑SP) foi eleito o melhor da posição.

Com o título garantido, o Corinthians agora segue em confronto de revanche contra a AGAFUC pela Liga Nacional neste sábado (14), em Canoas (RS). A partida será transmitida ao vivo pela CBDV e representa mais uma chance de afirmação na modalidade, fortalecendo o crescimento da equipe paralímpica e o compromisso do clube com o paradesporto.

O Corinthians iniciou a reforma completa do gramado da Neo Química Arena, em Itaquera, como parte do cronograma de manutenção planejado para garantir a qualidade da superfície de jogo. A decisão de antecipar a intervenção, inicialmente prevista para o fim de 2024, foi motivada pelo desgaste acelerado causado pelas fortes chuvas e pelas altas temperaturas registradas nos primeiros meses de 2025.

O processo envolve a remoção total da camada antiga de grama e o replantio de uma nova superfície com tecnologia híbrida, composta por grama natural reforçada com fibras sintéticas. As atividades começaram em meados de maio e têm previsão de conclusão até o final de junho. Durante esse período, o estádio ficará sem receber jogos para que o campo atinja as condições ideais de uso.

O cronograma de recuperação inclui, além da troca da grama, uma fase de ressemeadura progressiva, fundamental para garantir a fixação e o crescimento uniforme do novo gramado. A expectativa é que a Arena esteja pronta para receber partidas já no início de julho, coincidentemente com o retorno das competições nacionais após a pausa do calendário.

Segundo a administração da Neo Química Arena, o sistema híbrido utilizado desde a inauguração em 2014 tem uma vida útil de aproximadamente 12 anos. No entanto, o clube já estuda um projeto maior para 2026, que incluirá a substituição completa do sistema de drenagem e irrigação, com um investimento estimado entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões.

Enquanto as obras seguem, o Corinthians ajusta a logística de suas partidas, buscando minimizar os impactos aos torcedores. A reforma também reforça o compromisso do clube em manter a Arena entre os principais palcos esportivos do país, oferecendo melhores condições tanto para os atletas quanto para o público que frequenta o estádio.

Ramiro, ex-Corinthians, atualmente no FC Dallas, compartilhou suas impressões sobre as diferenças entre o futebol brasileiro e o dos Estados Unidos. Em entrevista ao Lance!, ele destacou que a Major League Soccer (MLS) tem um estilo de jogo mais físico e direto, com menos construção de jogadas e maior número de erros defensivos e táticos em comparação ao futebol brasileiro. Segundo ele, a liga americana é intensa, mas não possui a mesma qualidade técnica encontrada no Brasil.

O meio-campista que esteve no Corinthians entre 2019 até 2022, revelou que um dos motivos para sua mudança foi a busca por um ambiente menos pressionado. No Brasil, a cobrança da torcida e da imprensa é constante, tornando o ambiente desafiador para os jogadores. Nos Estados Unidos, ele encontrou mais tranquilidade para trabalhar e aprimorar seu desempenho sem a pressão externa intensa. Ramiro afirmou que, apesar da exigência interna no FC Dallas, o erro é tratado de forma diferente, permitindo um desenvolvimento mais equilibrado.

Desde sua chegada ao clube americano, Ramiro se tornou peça fundamental no esquema do técnico Eric Quill. Dos 16 jogos disputados pelo FC Dallas na temporada, ele esteve presente em 15, com uma média de 83 minutos por partida. Essa confiança do treinador e da comissão técnica tem sido essencial para seu bom desempenho.

Sobre a atmosfera nos estádios, Ramiro reconheceu que sente falta da paixão dos torcedores brasileiros, que vibram intensamente e criam um ambiente único. No entanto, ele valoriza o respeito que recebe nos Estados Unidos, onde os jogadores são tratados como profissionais independentemente do resultado das partidas. Para ele, essa abordagem mais equilibrada contribui para um ambiente de trabalho mais saudável.

Por passagens por Corinthians, Juventude, Grêmio e Cruzeiro, o meia falou que quando consegue ainda acompanhar as partidas dos clubes. Ramiro acredita que a MLS está evoluindo e pode se tornar uma liga de destaque no futuro, especialmente com os investimentos realizados no futebol americano. Apesar das diferenças, ele vê potencial na competição e segue focado em sua trajetória no FC Dallas.