Ex-diretor do Corinthians revela bastidores de negociação com jogador europeu

O atacante Jonathan Cafu, que atualmente defende o Botafogo-SP, ingressou com ação na Justiça do Trabalho cobrando R$ 2,5 milhões do Corinthians. O valor é referente a parcelas de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não pagas enquanto ele esteve vinculado ao Corinthians, entre 2020 e 2023, além de multas.

O juiz Eduardo Rockenbach Pires marcou uma audiência entre as partes para 24 de setembro. O diretor-executivo de futebol do Corinthians, Fabinho Soldado, que tem comentado sobre dívidas de atletas com clube, não se pronunciou sobre a cobrança feita por Cafu.

Embora tenha tido contrato com o clube do Parque São Jorge por 37 meses, Jonathan Cafu disputou apenas três partidas com a camisa alvinegra. Sem oportunidades no time paulista, ele passou a maior parte do tempo emprestado ao Cuiabá.

Nos últimos anos, diversos jogadores deixaram o Timão com valores a receber e muitos deles optaram por recorrer à Justiça. No começo deste mês, o ge noticiou processo movido pelo atacante Everaldo contra o ex-clube.

Algumas das cobranças judiciais contra o Corinthians entraram no Regime Centralizado de Execuções (RCE), ação na qual o clube tenta reunir credores na esfera civil e propõe um plano de pagamento unificado. No caso de Jonathan Cafu, porém, o processo é na Justiça do Trabalho e não entra na RCE.

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, nesta quinta-feira, 26, o recurso apresentado por um aliado de Augusto Melo contra o processo de impeachment no Corinthians. A ação é movida pelo conselheiro Roberto William Miguel, conhecido como ‘Libanês’.

Libanês entrou com um processo na 5ª Vara Cível do Tatuapé antes mesmo da reunião do Conselho Deliberativo que consumou o afastamento de Augusto Melo, no último dia 26 de maio. Ele solicitou a suspensão do encontro, mas teve o pedido indeferido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

O conselheiro apresentou recurso e queria “subir” a ação para Brasília. O STJ, porém, representado pela relatora do caso, a Ministra Maria Isabel Gallotti, rejeitou o pedido, sobre o pretexto de “não cabimento do recurso especial”, além de “julgar extinto o processo sem exame de mérito”.

À época, Libanês alegava que Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, havia convocado para o dia 26 de maio uma “Assembleia Geral” com a finalidade de “deliberar sobre a destituição do atual presidente”, sob alegações de “gestão temerária” e com base em um inquérito policial “inconcluso, sem qualquer indiciamento, denúncia ou decisão judicial”.

Acontece que Romeu não convocou uma Assembleia Geral, mas sim a “reabertura da reunião extraordinária iniciada no dia 20 de janeiro de 2024”, conforme consta no Edital de Convocação assinado por Tuma no último dia 13 de maio. Roberto Willian, inclusive, é um participante do encontro que estava suspenso e não se manifestou à época de seu início.

Além disso, o encontro não foi agendado sob alegações de gestão temerária, como disse o conselheiro, tendo em vista que a reunião tratou do processo de impeachment aberto por conta do caso VaideBet. Houve, sim, um outro pedido de afastamento imediato protocolado pela Comissão de Justiça ao CD, sob argumentações de infrações a artigos da Lei Geral do Esporte e do Profut, mas este ainda não teve um desfecho.

Esta foi apenas uma das várias tentativas de Augusto Melo ou aliados dele de judicializar o processo de impeachment e colocá-lo de volta ao poder. Até o momento, todas as ações foram indeferidas pela Justiça.

Augusto Melo foi afastado da presidência do Corinthians no último dia 26 de maio. Na oportunidade, o Conselho Deliberativo do clube se reuniu no Parque São Jorge e decidiu, por ampla maioria, aprovar o processo de impeachment do então presidente por conta do caso VaideBet. O mandatário, vale lembrar, foi indiciado pela Polícia Civil de São Paulo pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro pelo suposto envolvimento no escândalo envolvendo a intermediação do contrato de patrocínio com a casa de apostas.

Além de meios judiciais, Augusto Melo pode retornar às suas funções por meio da Assembleia Geral. No encontro, os associados do clube irão votar para ratificar ou não a decisão do Conselho. Se os sócios aprovarem novamente o impeachment, o mandatário será definitivamente destituído. Caso contrário, ele volta à presidência normalmente e o caso é encerrado. A Assembleia está marcada para o dia 9 de agosto de 2025, das 9h às 17h (de Brasília), no Parque São Jorge.

Tamires, lateral-esquerda do Corinthians, falou sobre o carinho recebido dos torcedores e a identificação construída ao longo dos seis anos no clube. Com 187 jogos disputados, a atleta destacou a importância do apoio dos fãs para seu desempenho dentro de campo.

A jogadora, que tem contrato até o fim de 2025, revelou o desejo de renovar vínculo e ampliar sua participação no time. “Eu amo o carinho do torcedor corinthiano... Acho que os torcedores conseguem ver essa paixão nos meus jogos, nos meus olhos, nas minhas entrevistas”, afirmou em entrevista ao Lance!.

Com passagens pela Seleção Brasileira Feminina, Tamires participou de mais de 150 jogos, incluindo Copas do Mundo e os Jogos Olímpicos de Paris, onde conquistou medalha de prata. Ela elogiou o momento atual da seleção e a gestão de Arthur Elias à frente da equipe.

A jogadora comentou ainda sobre o futuro pós-carreira, indicando interesse em continuar ligada ao esporte, embora ainda busque definir qual caminho seguirá. “Não tem como não continuar no esporte. Estou buscando alguns caminhos, vamos ver como vai ser daqui para frente”, disse.

No momento, Tamires acompanhará de longe a Seleção Brasileira na Copa América, torneio no qual o Corinthians terá as representantes Mariza, Jhonson e Duda Sampaio. Ela também comentou a expectativa para a Copa do Mundo Feminina de 2027, que será sediada no Brasil, com jogos na Neo Química Arena.