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William Machado, conhecido como "Capita" durante sua carreira no futebol, tem se destacado no mercado financeiro após pendurar as chuteiras. Aos 48 anos, o ex-zagueiro, que atuou por clubes como Cruzeiro, Grêmio e Corinthians, tornou-se assessor de investimentos e sócio da Fami Capital, empresa que gere mais de R$ 70 bilhões para cerca de 50 mil clientes no Brasil e no exterior.
A transição de William para o setor financeiro começou ainda durante sua trajetória nos gramados. Enquanto jogava, ele cursou Ciências Contábeis, o que lhe proporcionou uma base sólida para entender o mundo dos investimentos. Após encerrar a carreira como jogador, William teve passagens como gerente de futebol no Santos e atuou como comentarista esportivo, mas foi no mercado financeiro que encontrou sua verdadeira vocação.
A experiência de William no futebol tem sido valiosa em sua atuação no mercado financeiro. Ele utiliza a disciplina e a serenidade adquiridas nos campos para auxiliar clientes, muitos deles atletas e ex-atletas, a gerirem seus patrimônios de forma eficiente. "No esporte, muitas pessoas falavam que eu era calmo, que era frio e eu mantinha a serenidade em momentos de pressão", relembra William, destacando a importância dessas características em sua nova profissão, durante netrevista com GE.
Além de sua atuação como assessor, William lançou um curso de finanças e investimentos voltado especificamente para jogadores de futebol. O objetivo é preparar atletas para o período pós-carreira, evitando que enfrentem dificuldades financeiras comuns entre ex-jogadores. "Pensei que poderia ser um caminho", afirma William, ressaltando a importância de educar financeiramente os profissionais do esporte.
A trajetória de William Machado serve de exemplo para muitos atletas que buscam uma transição bem-sucedida após o fim da carreira esportiva. Sua dedicação aos estudos e a busca por conhecimento no mercado financeiro demonstram que é possível alcançar sucesso em diferentes áreas, desde que haja preparo e determinação.
Cobrança seria do ano anterior e de 2025 quando o presidente afastado que sofreu impeachment, ainda dirigia o clube do Parque São Jorge
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O Corinthians notificou extrajudicialmente a empresa Brucker Administradora de Bens Ltda, representada pelo empresário Igor Carvalho Zevibrucker, por uma dívida de R$ 1,3 milhão referente ao uso de dois camarotes na Neo Química Arena. Igor é conhecido por sua proximidade com Augusto Melo, presidente afastado do clube paulista, o que adiciona um componente político à cobrança em questão.
Segundo o clube, os camarotes 629 e 630 foram utilizados entre janeiro de 2024 e junho de 2025, sem que os valores contratados fossem quitados. Além do acesso aos espaços, o contrato incluía 15 ingressos por jogo, duas vagas de estacionamento e serviço de catering VIP. A dívida detalhada inclui R$ 440 mil pelo uso do camarote 629 em 2024, R$ 300 mil em 2025, mais R$ 300 mil pelo camarote 630 e R$ 264 mil pelo serviço de alimentação, totalizando R$ 1.304.000.
A notificação, assinada pelo presidente interino Osmar Stabile e pelo superintendente jurídico Leonardo Pantaleão, exige o pagamento em até cinco dias úteis. Caso contrário, o clube promete adotar medidas judiciais, incluindo correção monetária e encargos legais.
Durante a gestão de Augusto Melo, o empresário Igor Zevibrucker foi citado como financiador de contratações, como a do lateral Matheuzinho, ex-Flamengo, por R$ 24 milhões. A relação próxima entre ambos levanta questionamentos sobre a transparência e os critérios de concessão dos benefícios.
Recentemente, Igor tentou se reunir com o atual vice-presidente Armando Mendonça para discutir o recebimento de valores que afirma ter emprestado ao clube alvinegro. No entanto, foi informado de que sua dívida está registrada no Regime Centralizado de Execuções (RCE), o que limita a atuação da diretoria nesse caso.
O episódio expõe mais uma camada da crise financeira e institucional do Corinthians, que tenta equilibrar suas contas enquanto lida com heranças da gestão anterior. A cobrança dos camarotes é apenas um dos muitos capítulos de um clube que busca recuperar credibilidade e estabilidade administrativa.
Ex-dirigente tenta retomar o cargo no alvinegro, mas versões dadas por ele para Polícia e imprensa são diferentes e aumentam tensão
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O ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, está no centro de uma polêmica após contradições entre suas declarações à imprensa e à Polícia Civil sobre sua relação com Alex Cassundé, apontado como intermediário no contrato de patrocínio com a casa de apostas VaideBet para o Timão. Em depoimento prestado no dia 16 de abril, Melo afirmou que Cassundé foi apresentado a ele por meio de Sérgio Moura e Marcelo Mariano, ex-dirigentes do clube, e que o encontro ocorreu no Parque São Jorge, pouco antes do Natal de 2023.
Segundo o depoimento, Melo relatou que não deu importância à proposta apresentada por Cassundé, pois já considerava a Betano uma boa patrocinadora. No entanto, ele confirmou que o empresário esteve com ele no clube e que houve uma conversa sobre a VaideBet. Essa versão, no entanto, contrasta com declarações anteriores feitas por Augusto Melo à imprensa. Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, no mês de janeiro de 2025, ele negou qualquer contato com Cassundé, afirmando categoricamente: “Nunca tive contato, não tenho o telefone, nunca sentei numa mesa com ele”.
A divergência entre os relatos levantou suspeitas e fortaleceu o processo de impeachment instaurado que resultou no afastamento de Melo da presidência do Corinthians. Além disso, a Polícia Civil investiga movimentações financeiras suspeitas na conta do ex-dirigente, incluindo depósitos em espécie que somam mais de R$ 150 mil, realizados entre dezembro de 2023 e abril de 2024.
Melo foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto qualificado. Ele nega as acusações e afirma que os valores depositados têm origem em suas atividades comerciais, como proprietário de um estacionamento e de um comércio.
As contradições nas versões apresentadas por Augusto Melo colocam em xeque sua credibilidade e ampliam a crise institucional presente no Corinthians. O caso segue sob investigação, e o desfecho pode impactar profundamente o futuro político do clube. Enquanto isso, a torcida e o Conselho Deliberativo aguardam respostas mais claras sobre os bastidores do polêmico contrato com a VaideBet.
Negociação por jovem meia envolveu cláusulas que dividem lucros com terceiros e pode gerar sanções ao clube paulista e parceiros
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A contratação do meia Luiz Eduardo pelo Corinthians, em acordo com o Água Santa, levantou suspeitas de infração ao regulamento de transferências da Fifa. O valor de R$ 3,5 milhões foi pago por Igor Zveibrucker, e a Unique Sports & Management passou a deter parte dos direitos econômicos do jogador, o que é proibido pela entidade. O empresário também contrariou o ex-presidente Augusto Melo sobre um possível empréstimo de dinheiro ao clube.
Segundo Flávio Portella, sócio da Unique Sports, o acerto foi feito diretamente com o clube de Diadema, e a divisão futura da venda do atleta seria de 50% para o Corinthians, 30% para o Água Santa e 20% para a empresa. “Nós receberemos uma parte destes 50% do Água Santa, se eu não me engano, 20%”, afirmou Portella.
A Fifa proíbe que terceiros recebam qualquer percentual em futuras transferências, conforme determina o artigo 18ter do Regulamento dos Status e das Transferências de Jogadores. A regra é respaldada pelo Regulamento Nacional da CBF, que obriga os clubes a informarem tais acordos e proíbe a participação de terceiros nos lucros das transações.
Com base nessas normas, Corinthians e Água Santa podem ser punidos caso fique comprovado que houve divisão de direitos econômicos com terceiros. A Fifa e a CBF têm poder para aplicar sanções que variam de multas até a suspensão de participação em torneios, dependendo da gravidade.
A prática de participação financeira de agentes é limitada às comissões de intermediação. Empresários podem lucrar legalmente apenas por meio de intermediações ou empréstimos, como os mais de R$ 78 milhões que o Corinthians deve ao agente Giuliano Bertolucci, parte por transferências e parte por empréstimos ao clube.