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A diretoria interina do Corinthians alega que Augusto Melo, presidente afastado pelo Conselho Deliberativo, ampliou contratos prejudiciais ao clube com validade até 2030, quatro anos além do término previsto de seu mandato.

A nova diretoria do Timão assumiu o clube no dia 26 de maio, quando o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou o impeachment de Augusto Melo. Três semanas antes, o ex-presidente assinou dois aditivos com empresas do grupo RF Segurança e Serviços, responsáveis pelo serviço de vigilância e limpeza no Parque São Jorge.

A informação foi publicada pela 'Gazeta Esportiva'. Segundo a nova diretoria do Corinthians, o rompimento dos contratos pode custar R$ 29,6 milhões. Inicialmente, os acordos tinham validade até o fim de 2026, coincidindo com o término do mandato de Augusto Melo. Antes da renovação, a multa rescisória correspondia ao equivalente a um mês de serviço. Agora, com a extensão até 2030, os valores aumentaram significativamente.

Os aditivos contratuais foram assinados por Augusto Melo, com o ex-diretor administrativo Ricardo Jorge como testemunha. Vinicius Cascone, então diretor jurídico, não analisou a assinatura.

De acordo com a diretoria atual, os documentos não constavam nos sistemas internos do clube e também não foram encontrados pelos departamentos jurídico e administrativo. A existência dos aditivos só veio à tona durante uma revisão dos contratos em vigor.

O Corinthians não terminou a primeira fase como líder do Brasileirão Feminino, mas bateu o Cruzeiro, primeiro colocado, na última rodada. Um dos destaques foi Tamires, que tem futuro indefinido no Parque São Jorge, mas vê a diretoria ter interesse na renovação do contrato.

“A gente já está conversando com algumas atletas já em relação a isso (renovação), a gente tem a intenção de ficar com a Tamires, como a gente agora estava num momento muito difícil, delicado de final de primeira fase de campeonato, tudo. A gente vai sentar e conversar com ela. Com ela e com várias outras também que temos interesse em renovar”, disse Íris Sesso após a vitória diante do Cruzeiro.

Depois de uma reformulação na equipe, o Corinthians foca na manutenção do elenco para não ocorrer a oscilação que aconteceu no primeiro semestre deste ano. O time foi derrotado na final da Supercopa e teve derrotas frustrantes no Brasileirão.

“Eu acho que é natural, quando tem uma mudança, né, de várias atletas saindo e várias outras entrando, para que pegue novamente ali, liga, e que você consiga ter uma fluência, tanto nos jogos, quanto nos treinos, é natural que leve um tempo. Mas a gente está com um elenco muito qualificado. Isso pode até ver nas próprias escalações, as escalações que são feitas, não é sempre a mesma escalação. E todas as substituições que acontecem também, equipe não cai de ritmo. Então acho que é um elenco que é muito bom”, comentou a dirigente.

Outro ponto questionado pela torcida foi o trabalho de Lucas Piccinato, que fez parte das críticas nas oscilações dentro de campo, mas que conseguiu regularidade nesta reta final antes da para para a Copa América. Sesso falou sobre a sequência do treinador e reafirmou ter confiança no nome.

“Natural ter essa cobrança. Eu acredito que o trabalho dele está sendo muito bem feito. Nesse Brasileirão a gente teve uma derrota já faz algum tempo, até no último minuto de jogo. E eu acho que ele está fazendo um bom trabalho, é só dar uma olhada nos números aí. Mas eu entendo a torcida, eu entendo a cobrança. E o Corinthians é assim, é pressão o tempo inteiro. É cobrança, ganhando ou perdendo“, finalizou.

Depois de encerrar a primeira fase do Brasileirão, o Corinthians se prepara para enfrentar o São Paulo no Paulistão Feminino. O Majestoso acontece neste domingo, 22, no Estádio Gabriel Marques da Silva, em Santana de Parnaíba, às 19h (de Brasília).

A estreia de António Oliveira no comando do Remo não foi como o torcedor esperava. Diante de um Mangueirão dividido e em clima de decisão, o treinador português viu seu time ser superado pelo Paysandu por 1 a 0. O resultado encerrou qualquer chance de retorno ao G-4 nesta rodada e aumentou a pressão sobre o elenco azulino.

O Re-Pa, conhecido como o clássico mais disputado do mundo, teve sua edição de número 779. Apesar da melhor campanha do Remo na Série B, o equilíbrio deu o tom da partida. A equipe bicolor, que entrou pressionada na lanterna da competição, mostrou mais foco desde o início e acabou premiada com a vitória.

Sob comando de Claudinei Oliveira, em seu segundo jogo à frente do Papão, o Paysandu demonstrou evolução. A equipe incomodou o adversário com frequência, criando boas chances e exigindo trabalho do goleiro Marcelo Rangel. O gol da vitória veio aos 27 minutos da segunda etapa, com Diogo Oliveira finalizando de peixinho após jogada ensaiada.

Mesmo com o gol sofrido, o Remo não desistiu. A equipe cresceu no fim e pressionou até o último minuto. No entanto, encontrou um Paysandu bem postado defensivamente, que segurou o placar com linha de cinco defensores. A derrota no clássico marca o segundo tropeço consecutivo do Leão, que vive momento de oscilação na Série B.

Com o resultado, o Paysandu chegou a 10 pontos, deixando a lanterna, mas ainda no Z-4. O Remo segue com 20 pontos, fora da zona de acesso. Agora, o ex-Corinthians terá o desafio de reencontrar o bom desempenho das rodadas iniciais e recuperar a confiança do torcedor remista já nas próximas partidas.