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PF chama novamente Augusto Melo para explicar sobre o Corinthians e impostos

Investigação ainda está no seu início, mas autoridades buscam saber mais a fundo sobre a possibilidade de um crime da ordem tributária

Augusto Melo é chamado novamente pela PF para depor sobre sonegação fiscal no Corinthians - Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Augusto Melo é chamado novamente pela PF para depor sobre sonegação fiscal no Corinthians - Foto: Daniel Teixeira/Estadão

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A Polícia Federal voltou a intimar Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, para prestar depoimento em um inquérito que investiga supostos crimes tributários cometidos durante sua gestão no clube. A nova oitiva está marcada para o dia 6 de agosto, apenas três dias antes da assembleia geral que decidirá se ele será definitivamente destituído do cargo ou reconduzido à presidência do clube.


Essa é a segunda convocação de Melo no âmbito da mesma investigação. Em maio, ele já havia sido chamado, mas não compareceu, alegando orientação do departamento jurídico do clube para reunir documentos relacionados ao Regime Centralizado de Execuções (RCE). Após esse episódio, o Corinthians parcelou os débitos junto à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, o que poderia, em tese, suspender temporariamente o andamento do processo. No entanto, a dívida ativa gerada com a União motivou a abertura de um novo inquérito, conduzido em conjunto pela PF e pelo Ministério Público Federal.


A investigação se baseia nos artigos 1º e 2º da Lei nº 8.137/1990, que tratam de crimes contra a ordem tributária. O inquérito foi instaurado em 30 de abril e tem prazo inicial de quatro meses para conclusão, com possibilidade de prorrogação. Além disso, outros dois processos semelhantes tramitam sob sigilo.


O clube é classificado como um “grande devedor” no processo, embora os valores exatos das dívidas não tenham sido divulgados. As pendências fiscais acumuladas no primeiro ano da gestão de Melo chamaram a atenção das autoridades e se tornaram o foco principal da apuração.

Em nota oficial, a gestão interina do Corinthians afirmou estar ciente da investigação e declarou que está tomando todas as medidas jurídicas cabíveis para colaborar com as autoridades e esclarecer os fatos. O desfecho da assembleia geral e os desdobramentos do inquérito poderão definir o futuro político do clube e de seu ex-dirigente.




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Corinthians busca política ambiental para atrair investimento

Proposta é encabeçada pelo presidente Osmar Stábile e tem como objetivo ser um clube que tenha princípios voltados para a sustentabilidade

Corinthians implementa ações sustentáveis no estádio para captar investimentos globais e fortalecer compromisso ambiental e econômico - Foto: Reprodução
Corinthians implementa ações sustentáveis no estádio para captar investimentos globais e fortalecer compromisso ambiental e econômico - Foto: Reprodução

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O Corinthians iniciou a implementação de uma política ambiental na Neo Química Arena com o objetivo de atrair investimentos de multinacionais. A iniciativa segue os princípios do ESG (Environmental, Social and Governance), um modelo criado pela ONU e pelo Banco Mundial em 2004 para avaliar sustentabilidade e responsabilidade social em negócios globais.


A diretoria corintiana entende que o mercado internacional valoriza instituições que oferecem contrapartidas sociais e ambientais. Por isso, o presidente interino Osmar Stábile colocou a política ambiental como uma das prioridades durante seu mandato. Ele já havia planejado essa ação quando era vice-presidente, mas enfrentou obstáculos políticos com o presidente afastado Augusto Melo.


Inicialmente, a Neo Química Arena será o foco da implementação do ESG. A ideia é que o estádio sirva como referência para futuras expansões do projeto para o Centro de Treinamento Joaquim Grava e o Parque São Jorge. No entanto, essa ampliação só poderá ocorrer após a Assembleia Geral de Sócios em 9 de agosto, que decidirá sobre o impeachment de Augusto Melo.


Os primeiros passos do projeto incluem a criação e aprovação de uma política ambiental, além da definição de indicadores para adequação ao funcionamento do estádio. Na próxima semana, será apresentado um cronograma de implementação para colaboradores, fornecedores e também para parceiros. Embora o foco inicial seja a arena, algumas práticas bem-sucedidas poderão ser aplicadas em outras áreas do clube antes da expansão oficial do ESG.

A expectativa é que essa iniciativa torne o Corinthians mais atrativo para grandes empresas internacionais, aumentando o potencial de patrocínios e parcerias. Além dos benefícios financeiros, o clube busca se posicionar como uma instituição moderna e alinhada às exigências globais de sustentabilidade.


Com essa estratégia, o Corinthians não apenas fortalece sua imagem no cenário internacional, mas também abre caminho para um futuro mais sustentável e economicamente viável.



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Mudanças no Corinthians um mês após impeachment de Augusto Melo

Sob nova liderança, o Timão passa por reformulação administrativa, retoma parceria com a Nike e busca estabilidade após escândalos

Após saída de Augusto Melo da presidência do Corinthians, a diretoria atual do clube busca promover mudanças, buscando maior estabilidade. Foto: Reprodução
Após saída de Augusto Melo da presidência do Corinthians, a diretoria atual do clube busca promover mudanças, buscando maior estabilidade. Foto: Reprodução

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Um mês após o impeachment de Augusto Melo (que deixou a presidência em 26 de maio), o Corinthians passou por profundas transformações internas sob o comando interino de Osmar Stábile, que assumiu em 27 de maio.


Stábile promoveu 18 mudanças na diretoria, resgatando antigos colaboradores da gestão anterior — como o superintendente de Marketing Vinicius Manfredi, o jurídico Leonardo Pantaleão e a financiária Rozallah Santoro — em busca de maior estabilidade e afinidade com a nova filosofia de trabalho.


No campo administrativo, foi confirmada a renovação com a Nike até 2036, derrotando o plano anterior de troca por outra fornecedora, estratégia que fortalecia a atual cúpula institucional do clube.


A justiça também avançou contra Melo, com indiciamentos por furto qualificado, associação criminosa e lavagem de dinheiro em um patrocínio polêmico com a Vai de Bet — um golpe político agravado pela lamentável derrota de Melo nas negociações e nos bastidores.

Os próximos passos são decisivos: com audiência aberta marcada para 9 de agosto, os sócios terão a chance de confirmar ou rejeitar formalmente a decisão do Conselho. Até lá, os movimentos de Stábile reforçam a mensagem de que o Corinthians busca reconstrução, prioridade à profissionalização e retomada de credibilidade.



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Corinthians é investigado pela Polícia Federal por suspeita de sonegação de impostos

Ministério Público pediu que, se possível, o inquérito contra o clube do Parque São Jorge seja concluído em até quatro meses, mas prazo pode ser prorrogado

 Inquérito contra o Corinthians foi aberto no dia 30 de abril, por determinação da Justiça, após solicitação do Ministério Público | Divulgação/Corinthians
Inquérito contra o Corinthians foi aberto no dia 30 de abril, por determinação da Justiça, após solicitação do Ministério Público | Divulgação/Corinthians

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A Polícia Federal investiga a prática de possíveis crimes de sonegação de impostos no Corinthians. O inquérito foi aberto no dia 30 de abril, por determinação da Justiça, após solicitação do Ministério Público Federal. 


O período em que os supostos delitos foram cometidos, bem como os valores envolvidos, estão em sigilo. O MP suspeita que o Corinthians violou os artigos 1º e 2º da lei 8.137/90, que trata de crimes tributários. Os delitos teriam sido cometidos entre 2023 e 2024, durante as gestões de Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, ex-dirigentes do clube alvinegro. 


A investigação da Polícia Federal ainda está em estágio inicial. O Ministério Público pediu que, se possível, o inquérito contra o clube do Parque São Jorge seja concluído em até quatro meses, mas este prazo pode ser prorrogado.


Procurado, o Corinthians se manifestou por meio da seguinte nota: "O departamento jurídico da gestão interina do Sport Club Corinthians Paulista informa que tem conhecimento do inquérito e que neste momento está adotando as medidas jurídicas cabíveis para o esclarecimento das dúvidas das autoridades".

Entenda os crimes que a Polícia Federal investiga no Corinthians:


Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I - omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;

II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;

III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo à operação tributável;

IV - elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;

V - negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo com a legislação.

Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:

I - fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;

II - deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;

III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;

IV - deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de impostos liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;

V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda Pública.

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.


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