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Na noite da última segunda-feira (26), o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou, o afastamento cautelar de Augusto Melo da presidência. A decisão foi tomada com 176 votos favoráveis e 57 contrários, além de uma abstenção e uma ausência entre os 236 conselheiros presentes.
Presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr lamenta processo de Augusto Melo
Após a decisão contra o agora afastado Augusto Melo, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr, explicou os próximos passos do clube do Parque São Jorge.
"Não é um momento feliz para o Corinthians, mas é o que está no Estatuto. O andamento do processo foi como tem que ser nos termos da legislação. A reunião não foi uma reunião feliz obviamente, mas é o que tem que ser. A defesa teve oportunidade de se manifestar, a Comissão de Ética, e o Conselho deliberou nos termos do artigo 107. O presidente foi destituído e é uma destituição cautelar. Temos que aguardar a assembleia geral de sócios. O primeiro vice-presidente já tomou posse e assinou o termo até por questões legais, para ter acesso aos bancos e para o clube não vai parar. Agora, vida que segue. Vamos tirar o clube das páginas que não nos interessam e evidentemente recolocar nas páginas esportivas."
"O presidente que assumiu terá seu planejamento. Temos que lembrar que o sócio elegeu uma chapa, essa chapa continua no poder. O vice-presidente assumiu. O que foi destituído foi o presidente eleito na chapa, mas o primeiro vice assumiu como o Estatuto. Temos cinco dias para convocar a assembleia dos associados, e vida que segue. O presidente, enquanto estiver interinamente no cargo, tem liberdade para tomar decisões. A diretoria é demissionária. O novo presidente tem que convocar a nova direção."
"Os diretores são demissionários no afastamento cautelar. Para não ter o constrangimento, os cargos ficam livres para que ele (novo presidente) possa fazer o que for. Se ele quiser reconduzir algum diretor que for conselheiro, teremos que fazer um estudo. Vai depender do presidente."
"Se efetivamente a Assembleia Geral ratificar a decisão do Conselho, nós temos uma nova eleição dentro do Conselho. É o que a gente chama, e que vocês estão acostumados a chamar de eleição indireta. O Conselho foi eleito pelo associado, então, associado, pelo Estatuto, dá liberdade para quando há vacância no cargo, definitiva, o Conselho Deliberativo, através dos seus representantes, representantes dos sócios, elejam o novo presidente se faltar mais de seis meses para terminar o mandato. É o conselho, os candidatos são do Conselho e o Conselho vota no candidato que se apresentar no momento oportuno, e é eleito o presidente que vai seguir até o fim do mandato."
Com desempenho ruim dentro de campo, polêmicas envolvendo jogadores e crise política, líder de torcida do Timão cobra mudanças e diz que equipe está de férias
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Após mais uma derrota em casa, o clima nos bastidores do Corinthians se agravou com uma forte manifestação da principal torcida organizada. Em publicação nas redes sociais, o presidente da Gaviões da Fiel Alexandre Domênico, expressou profunda insatisfação com o desempenho da equipe e, principalmente, com a condução política e administrativa da instituição.
O dirigente classificou o momento como um “poço de amadorismo”, criticando a lentidão do Conselho Deliberativo e a falta de transparência nas decisões internas. Segundo ele, a ausência de padrão tático, mesmo após semanas de preparação durante o Mundial de Clubes, evidencia falhas na comissão técnica. A demora para realizar substituições durante a partida foi apontada como exemplo da falta de estratégia.
Além das críticas ao comando técnico, o elenco foi chamado de “covarde”, com o alerta de que, se nada mudar, o clube corre risco de lutar novamente contra o rebaixamento. Ale ainda afirma que o futebol do Corinthians está de férias. A declaração do líder da Gaviões da Fiel também lamenta a divisão entre torcedores, que estariam mais preocupados com disputas políticas do que com o futuro da equipe.
O presidente da organizada convocou a torcida a abandonar os protestos virtuais e ocupar arquibancadas e ruas, exigindo mudanças concretas. “Chega de rede social, é hora de sair e protestar contra quem faz mal ao clube”, afirmou, reforçando que a paciência da Fiel chegou ao limite.
A publicação repercutiu amplamente entre os torcedores, que também demonstraram indignação com os resultados recentes e a falta de respostas da diretoria. O ambiente político segue conturbado, e a pressão por reformulações cresce a cada rodada. Com o clube em má fase no Campeonato Brasileiro e prestes a enfrentar o Palmeiras pela Copa do Brasil, a cobrança por profissionalismo e comprometimento se intensifica. A torcida organizada promete manter a mobilização, exigindo que o clube volte a honrar sua história e reconquiste o respeito dentro e fora de campo.
Após a revelação de gastos indevidos com cartão corporativo, Andrés Sanchez voltou a comentar o episódio e prometeu ressarcir o clube; Dinei reagiu com revolta
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Em entrevista recente, o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, reconheceu ter utilizado o cartão corporativo do clube para cobrir gastos pessoais que somaram cerca de R$ 9.416. Segundo ele, os valores foram destinados a despesas como hospedagem, passeios turísticos e restaurantes, e o uso ocorreu por engano, já que seu cartão pessoal era do mesmo banco. O ex-mandatário, que presidiu o Timão em dois mandatos, entre 2007 e 2011 e depois de 2018 a 2020, assegurou que fará o reembolso com correção monetária.
A justificativa, porém, causou indignação em setores do clube. O ex-atacante Dinei, revelado na base corintiana e tricampeão brasileiro pelo clube, usou as redes sociais para se manifestar contra Andrés. “Tem que ser expulso do Corinthians”, escreveu, referindo-se ao conselheiro vitalício e membro atual do CORI. Dinei é aliado da atual gestão de Augusto Melo, presidente afastado recentemente.
Andrés afirmou que a polêmica está sendo usada como arma política diante da turbulência que cerca o Corinthians. “Vasculharam todas as minhas administrações, até fatura de cartão de crédito. Eu usei R$ 9 mil”, disse ele ao portal LeoDias. Em nota anterior, o ex-presidente afirmou ter solicitado os cálculos com juros e correção para quitar a dívida de imediato.
A repercussão do caso ocorre justamente às vésperas da Assembleia Geral marcada para 9 de agosto, quando será definido o destino de Augusto Melo, que enfrenta processo de impeachment. O clima nos bastidores se acirra, e episódios como o de Andrés reforçam os embates entre diferentes alas do clube.
O episódio também reaviva a discussão sobre a necessidade de maior controle financeiro nas administrações esportivas. Em tempos de crise política e questionamentos sobre governança, casos de uso indevido de recursos públicos ou institucionais provocam desgaste e exigem maior fiscalização interna.
A diretoria corintiana já avalia novas contratações para repor o meio-campista Igor Coronado, que saiu recentemente do Timão para jogar no exterior
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O Corinthians iniciou o planejamento para encontrar um substituto ao meio-campista Igor Coronado, anunciado recentemente no Sharjah FC, clube dos Emirados Árabes Unidos. O jogador saiu do clube após um desempenho muito abaixo do que se esperava, e sua saída deixou uma lacuna no meio de campo
Agora, a diretoria do clube Alvinegro analisa nomes de reposição para a vaga deixada pelo meia ex-Corinthians. Nesse cenário, a busca foca em reforçar o setor com a estratégia que o clube tem adotado, um jogador bom, jovem e acessível financeiramente.
Apesar da urgência para repor o camisa 77, o Corinthians mantém uma postura cautelosa. A prioridade é garantir equilíbrio no meio-campo sem comprometer a folha salarial, buscando opções viáveis financeira e esportivamente.
A perda de Igor também reflete na abordagem da janela: o clube pretende agir apenas quando surgirem oportunidades reais, investindo com responsabilidade e dentro de sua análise técnica atual. A ida do jogador deu uma grande folga aos cofres do Timão.
Apesar de nomes ainda não terem sido muito ventilados, o Corinthians tem vários interesses para contratar. As dificuldades são uma grande barreira enfrentada, mas isto não desanima a administração, que mantém a esperança na contratação de bons jogadores.