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27 Out 2025 | 11:40 |
No último final de semana, o Corinthians conquistou mais um importante resultado dentro do Campeonato Brasileiro, ao derrotar o Vitória no Estádio do Barradão e chegar a segunda vitória consecutiva na competição de pontos corridos. Em um ano completamente conturbado pela crise que assola o clube do Parque São Jorge, os jogadores do Timão revelaram se o extracampo atrapalha dentro das quatro linhas.
Problemas políticos atrapalham em campo? Atletas do Corinthians comentam
Em contato realizado pelo portal 'UOL Esporte', alguns jogadores comentaram se a política conturbada do Corinthians vem atrapalhando o desempenho da equipe dentro de campo, onde o Timão se encontra na parte intermediária do Campeonato Brasileiro, porém, está nas semifinais da Copa do Brasil.
Problemas políticos atrapalham em campo? Atletas do Corinthians comentam: "O tema político não é desculpa para nós."
André Carrillo: "Para mim, não interfere em nada porque dentro do campo somos nós que decidimos. É claro que sempre aparecem só notícias ruins do clube nas redes sociais, mas um clube com a grandeza que tem não pode viver esses momentos. Poderia estar um pouquinho mais estável, mas o tema político não é desculpa para nós."
Matheuzinho: "É uma situação difícil. Todo dia aparece uma notícia ruim do Corinthians, a torcida começa a se desgastar, isso influencia no jogo. Entre nós, isso não pode exercer tanta influência porque estamos focados no futebol. Fizemos um combinado que tudo que sai do alcance do futebol não cabe a nós nos preocupar, mas é chato. Esperamos que as coisas melhorem."
Breno Bidon: "As pessoas vêm falar de política fora do clube com a gente, mas temos que deixar para lá porque isso não é com a gente. Estamos lá para trazer vitórias e precisamos deixar isso de canto. Acredito que sim [polêmicas aumentam cobrança], a torcida não gosta de perder, a gente também não, mas algumas derrotas são bem doloridas pelo o que acontece fora, mas acredito que sabemos lidar com isso."
Data foi marcada por movimento encabeçado por jogadores do Timão nos anos 80 no período da Ditadura Militar ocorrida no Brasil
25 Out 2025 | 15:48 |
A Democracia Corinthiana foi um movimento histórico que marcou o futebol brasileiro na década de 1980, tendo como palco o Corinthians. Ela surgiu em meio ao regime militar vigente no Brasil desde 1964, e teve como protagonistas jogadores politicamente engajados, como Sócrates, Wladimir e Casagrande. A iniciativa ganhou força em 1982, quando Waldemar Pires assumiu a presidência do clube e promoveu maior diálogo entre diretoria e atletas.
O modelo adotado permitia que decisões internas fossem tomadas por meio de votação entre os membros do elenco profissional. Questões como horários de treino, concentração e logística eram definidas coletivamente, rompendo com a estrutura hierárquica tradicional do futebol. Essa prática inovadora refletia o desejo por participação democrática e liberdade de expressão, valores que se conectavam com os anseios da sociedade brasileira naquele período.
Além das mudanças administrativas, o Corinthians passou a utilizar o uniforme como ferramenta de manifestação política. Em partidas oficiais, os jogadores exibiam frases como “Diretas Já”, apoiando o movimento nacional pela retomada das eleições diretas para presidente. A atitude do clube ganhou repercussão nacional e internacional, tornando-se símbolo de resistência e engajamento social.
O movimento teve seu auge entre 1982 e 1984, período em que o clube conquistou o Campeonato Paulista em duas ocasiões: 1982 e 1983. A Democracia Corinthiana começou a perder força com a saída de Casagrande para o São Paulo e a transferência de Sócrates para a Fiorentina, na Itália. Ainda assim, o legado permaneceu como referência de participação ativa dos atletas na gestão esportiva e como exemplo de envolvimento político no esporte.
Em 2025, o documentário “Democracia em Preto e Branco” foi incluído no catálogo da FIFA+, destacando a relevância do movimento e sua contribuição para a luta pela redemocratização do Brasil.
Empresa foi contratada na gestão de Augusto Melo, mas relatório só saiu em outubro de 2025 devido ao pagamento da atual administração
24 Out 2025 | 08:34 |
A consultoria Ernst & Young (EY) apresentou ao Corinthians um relatório detalhado sobre a situação financeira e contratual do clube. O documento, encomendado pela gestão anterior, foi entregue à atual diretoria após o pagamento pendente ser regularizado. A análise revelou uma dívida total de aproximadamente R$ 2,7 bilhões, com destaque para cláusulas contratuais consideradas prejudiciais à saúde econômica da instituição.
Durante a reunião realizada no Parque São Jorge, os especialistas da EY sugeriram alternativas para enfrentar o cenário adverso. Entre as propostas, está a adesão ao Regime Centralizado de Execuções (RCE), já em curso, que concentra mais de R$ 367 milhões em débitos, dos quais R$ 190 milhões estão em fase de execução judicial. Além disso, a consultoria apontou a possibilidade de recuperação judicial como uma medida viável para reestruturar compromissos financeiros e preservar a continuidade das atividades.
O estudo identificou oito frentes de atuação com potencial de gerar economia e aumento de receitas, estimando uma melhoria de R$ 84 milhões anuais. Caso essas medidas sejam implementadas, a relação entre dívida e geração de caixa poderia ser reduzida de 12 para 7, o que representaria um avanço significativo na gestão orçamentária.
A consultoria também alertou que, com base no perfil dos compromissos assumidos, o Corinthians corria risco de inadimplência a partir de setembro de 2024, o que poderia acarretar sanções como o transfer ban. A recomendação de considerar a recuperação judicial surge como uma tentativa de evitar consequências mais severas e garantir maior controle sobre os passivos.
O relatório não foi divulgado integralmente, mas suas conclusões reforçam a necessidade de revisão contratual e adoção de estratégias que assegurem sustentabilidade financeira. A diretoria atual avalia os caminhos indicados para definir os próximos passos diante do quadro apresentado.
Clube do Parque São Jorge passou por muitas transformações ao longo desta temporada, tanto no profissional, quanto nas categorias de base
24 Out 2025 | 00:10 |
Depois ter sido demitido do Corinthians em junho deste ano, pela nova diretoria do clube do Parque São Jorge, o ex-atleta do alvinegro paulista Chicão, concedeu entrevista ao portal Alambrado Alvinegro e comentou sobre a sua passagem pela equipe, dessa vez, como antigo coordenador das categorias de base do Timão.
Ex-dirigente do Corinthians destaca oportunidade no Timão
Apesar do fim de relacionamento conturbado no Corinthians, Chicão não guardou mágoas do Timão e detalhou sobre os seus momentos como dirigente das categorias de base do clube do Parque São Jorge. "Eu não me arrependo, pois foi um ótimo aprendizado, um aprendizado de verdade."
Ex-dirigente do Corinthians, Chicão destaca oportunidade no Timão: "Eu também caí de paraquedas na função e tentamos fazer o melhor."
Chicão comentou sobre a sua passagem como coordenador de base do Corinthians: "Houve um projeto que desenvolvemos onde eu consegui realizar duas 'peneiras' em duas cidades. Estava criando uma situação para o clube ter núcleos no interior, até fora de São Paulo, posteriormente. Infelizmente, o projeto não teve continuidade."
Chicão foi contratado na gestão do ex-presidente Augusto Melo: "Realizamos peneiras em Palmital e em Cruzeiro, com 400 crianças em cada cidade. E conseguimos fazer isso sem gastar um real! Estávamos colocando essa ideia em prática. É uma pena que não tenha tido sequência, mas estávamos tentando buscar o melhor para o clube."
Conselho de Chicão para Gui Amorim: "Quando aconteceu a situação do Furquim, peguei meu telefone e liguei para o (Gui) Amorim - ele estava quase saindo junto, e eu estava com o Batata. Eu disse: 'Cara, não tome a decisão por impulso, pois lá na frente, quem será cobrado é você, não o empresário nem o clube. Tome uma decisão de coração'. No dia seguinte, ele renovou o contrato. Posteriormente, ele (Furquim) acabou indo para o Bahia com dinheiro do Grupo City, gerando uma polêmica danada."