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O regulamento do Campeonato Paulista concede autonomia aos clubes mandantes para definir os preços dos ingressos, resultando em valores elevados para a torcida visitante do Corinthians. Recentemente, no confronto contra a Portuguesa no Pacaembu, os ingressos destinados aos corinthianos variaram entre R$ 160 e R$ 250, gerando insatisfação entre os torcedores.
A ausência de um teto máximo para os preços dos ingressos no regulamento permite que os clubes ajustem os valores conforme suas estratégias financeiras. No entanto, essa prática tem sido alvo de críticas, especialmente quando os preços são considerados abusivos, afastando os torcedores dos estádios.
Em resposta às reclamações, a Portuguesa esclareceu que a definição dos preços foi responsabilidade do Grupo Metrópoles, parceiro na organização da partida, e que a escolha do Pacaembu visou atender a uma maior demanda de público.
A Federação Paulista de Futebol (FPF) ainda não se manifestou oficialmente sobre a polêmica. Enquanto isso, torcedores e especialistas defendem a revisão do regulamento para estabelecer limites nos valores dos ingressos, garantindo acesso mais democrático aos jogos e evitando práticas que possam ser prejudiciais à presença das torcidas visitantes.
A discussão sobre os preços dos ingressos no Campeonato Paulista levanta questões sobre a sustentabilidade financeira dos clubes e o direito dos torcedores de acompanhar suas equipes. Equilibrar os interesses econômicos das agremiações com a acessibilidade para os fãs é um desafio que exige atenção das entidades responsáveis pelo futebol paulista.
A manifestação do ex-mandatário corintiano foi feita por conta da reportagem desta quinta-feira (05), que revelou movimentações suspeitas em sua conta
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Após a Polícia Civil ter notificado o ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, a respeito de depósitos "incomuns" em sua conta bancária e do portal 'UOL Esporte' ter tido acesso as movimentações do ex-mandatário corintiano, a defesa de Augusto se pronunciou em nota oficial divulgada nesta quinta-feira (05).
Augusto Melo, ex-presidente do Corinthians, divulgou uma nota de repúdio após notícia do UOL Esporte
Confira o que disse Augusto Melo: "O presidente eleito do Sport Club Corinthians Paulista, Augusto Melo, e sua defesa vêm a público manifestar sua indignação e repudiar a forma como informações sob segredo de justiça vêm sendo reiteradamente vazadas e manipuladas pela imprensa, comprometendo o direito à defesa e expondo injustamente o nome de Augusto Melo.
Não há condições de se aceitar o vazamento de uma documentação importante para sua defesa, em que seus advogados não tiveram acesso ao relatório, ou conclusão ou qualquer fatia do conteúdo que o portal UOL teve.
Defendemos o direito da imprensa, e salientamos nossa resposta ao portal, que entrou em contato respeitosamente e procurou a defesa do presidente antes de publicar o conteúdo. O que precisa ficar frisado é que os depósitos constam em extratos bancários entregues voluntariamente por Augusto Melo à Polícia Civil, mediante autorização expressa para a quebra de seu sigilo bancário. Ou seja, não há ocultação de dados e nenhuma conduta suspeita.
A defesa trabalha com a convicção de que o processo será trancado por falta de justa causa, diante da ausência de qualquer indicio concreto de ilegalidade. E reforça: depósitos de até R$2 mil são tecnicamente o limite aceito por caixas eletrônicos de qualquer banco no Brasil. A verdade prevalecerá." Finalizou o ex-presidente do Corinthians.
Ex-presidente do Timão esteve presente na Arena SBT, na última quarta-feira (04), negou que tenha enganado a Fiel torcida e citou título estadual
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Na noite da última quarta-feira (04), o ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, esteve presente no programa Arena SBT e comentou sobre a invasão no Parque São Jorge juntamente com apoiadores, no último final de semana negando golpe no clube e citou o título conquistado pelo Timão do Campeonato Paulista.
Augusto Melo nega golpe no Corinthians e defende sua gestão - "Dei um título Paulista"
Augusto Melo iniciou a sua fala: "(Sobre) paguei com traição. Um ano de ingressos congelados, um ano sem dinheiro e a gente ainda mantendo um dos ingressos mais baratos do mundo para que pudesse dar chance à torcida (ir ao estádio). O corintiano está sorrindo. Dei título Paulista, dei título da Copa São Paulo. A gente está equacionando algumas situações. Isso é traição?"
Augusto Melo ainda falou sobre a sua retirada temporária da presidência do Corinthians e nega que a Polícia o tenha retirado: "Não fui convidado pela polícia. Ao contrário, eu que tive um acordo com o Osmar (Stabile, presidente interino do Corinthians) de me retirar numa boa, tranquilo, para que acabasse isso, para não continuar."
Ainda prosseguiu o ex-presidente do Corinthians sobre ter saído da sede do clube no Parque São Jorge, antes de acontecer a votação do seu processo de impeachment: "Se não a gente ia ficar a noite inteira, ou teria todo mundo que ir para a delegacia resolver lá. Porque o impasse, juridicamente, nós estamos certos. Quanto a isso, estou tranquilo."
Ex-presidente ainda negou que tenha praticado golpe: "Sou contra. Golpe estão tentando me dar desde o primeiro dia e estão tentando conseguir. Todo mundo fala do estatuto. Tem que cumprir o estatuto. Eu não saí numa boa? Se saiu, se foi votado, tem que sair. E eu saí numa boa. Não esperneei nada. Fui buscar meus direitos. Só isso. É isso que eles têm que fazer também, mas deixa que agora infelizmente é a justiça que vai resolver. A minha parte eu fiz. Agora dar golpe? Eu sou o primeiro contrário a isso. Estou levando golpe desde o dia que eu assumi esse inferno. E com tudo isso, estou conseguindo trabalhar."
Com o pedido público de desculpas e o desejo de superar o conflito, a ex-assessora opta por perdoar o presidente afastado e arquivar o processo judicial
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Cíntia Montino, ex-assessora administrativa do Corinthians, decidiu encerrar o processo por injúria contra o presidente afastado do clube, Augusto Melo. O caso envolvia ofensas feitas por Melo em um áudio vazado em novembro de 2023, quando ainda era candidato à presidência. No áudio, Melo afirmou que Montino se prostituía, declaração que gerou indignação e levou à ação judicial.
Em documento enviado à Justiça, Montino informou que optou por resolver a questão de forma amigável, fora da esfera criminal. Ela concedeu perdão a Melo, além de outros envolvidos no processo, como Wanderley Ferreira da Silva e Ronaldo Fernandez Tomé. Essa decisão suspendeu o julgamento que estava marcado para esta quinta-feira.
Em fevereiro, Augusto Melo pediu desculpas publicamente, reconhecendo a gravidade da ofensa e explicando que estava nervoso no momento da gravação do áudio. Na época, a defesa de Montino considerou o pedido de desculpas tardio e oportunista, mas a ex-assessora agora optou por perdoar e encerrar a disputa judicial.
Com o perdão concedido, Montino aguarda que os demais envolvidos aceitem a resolução amigável para que o processo seja arquivado definitivamente. Essa decisão representa um desejo de superar o conflito e colocar um ponto final em um episódio conturbado na história recente do Corinthians.
A reportagem procurou a assessoria de Augusto Melo para comentar o caso, mas ainda não obteve resposta. Enquanto isso, o desfecho amigável sinaliza uma possível pacificação após meses de tensão envolvendo o clube alvinegro e seus representantes.