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O técnico Dorival Júnior demonstrou força e autoridade ao vetar a saída do volante Maycon do Corinthians, que estava prestes a se transferir para o Al-Nasr, dos Emirados Árabes Unidos. A negociação, bem vista pelo Shakhtar Donetsk, dono do passe do jogador, foi interrompida por decisão técnica do treinador, motivada pela crise repentina de lesões no meio-campo alvinegro.

A necessidade de manter o equilíbrio da equipe foi determinante. Com André Carrillo afastado devido a cirurgia no tornozelo e Memphis Depay se recuperando de lesão muscular, Dorival entendeu que a saída de Maycon criaria um vazio difícil de ser suprido, comprometendo a qualidade da marcação e do primeiro passe em jogos decisivos.

Embora a proposta do Al-Nasr aliviasse a folha salarial e agradasse financeiramente ao Corinthians e ao Shakhtar Donetsk, o aspecto esportivo prevaleceu. A diretoria acatou o veto do treinador e encerrou a possibilidade de venda, demonstrando confiança plena na análise de Dorival sobre o momento do elenco.

O episódio evidencia a influência do técnico nas decisões do futebol do Corinthians. Ao blindar Maycon, Dorival reforça sua liderança e garante ao time uma peça-chave para a manutenção da competitividade, mesmo diante da pressão do mercado.

A postura do treinador também transmite uma mensagem de estabilidade ao grupo e à torcida: a palavra final sobre decisões estratégicas dentro de campo é do comandante. Essa autonomia se mostra vital em um clube que busca reconstrução e consistência em sua performance.

O São Paulo enfrenta um desafio urgente nos últimos dias da janela de transferências, que se encerra nesta terça-feira (2). Com Calleri e Ryan Francisco lesionados, o Tricolor também foi surpreendido pela grave lesão de André Silva, tornando imprescindível a contratação de um centroavante para dar sequência à temporada.

A diretoria tricolor vem monitorando o mercado em busca de um jogador que não apenas agregue qualidade ao elenco comandado por Hernán Crespo, mas que também se encaixe no orçamento do clube. Entre os nomes observados, o atacante Gustagol, ex-Corinthians e Fortaleza, atualmente no Shanghai Port da China, despertou atenção da diretoria são-paulina.

Até o momento, a abordagem ao jogador não passou de uma sondagem inicial, sem envio de proposta formal. A prioridade do clube era inicialmente Marcelo Ryan, de 23 anos, mas com a impossibilidade de contar com ele após o FC Tokyo negar a liberação, Gustagol se tornou uma alternativa viável. Seu contrato com o clube chinês vai até o final de 2025, o que pode facilitar uma negociação.

O relacionamento próximo do atacante com o meio-campista Oscar, com quem atuou no Shanghai Port, também é visto como um trunfo. Recentemente, Oscar presenteou Gustagol com uma camisa do São Paulo, reforçando a boa relação entre os dois. Essa conexão pode ser estratégica para convencer o jogador a retornar ao futebol brasileiro neste momento.

Contratado no início de 2024 pelo Shanghai Port, Gustagol se consolidou como peça fundamental da equipe, disputando 57 partidas, marcando 31 gols e distribuindo 11 assistências. Esses números demonstram sua capacidade de manter regularidade e produtividade em alto nível, características valorizadas pelo Tricolor para reforçar o ataque ainda nesta temporada.

O Corinthians entra em campo neste domingo (31), na Neo Química Arena, para enfrentar o Palmeiras pelo Brasileirão Betano. Em busca da segunda vitória consecutiva e de uma recuperação na tabela, onde ocupa atualmente a 11ª colocação com 25 pontos, o Timão aposta em um nome revelado no Terrão que vem conquistando a Fiel: Gui Negão.

O atacante de 20 anos vive um momento especial após ser o herói da vitória sobre o Athletico-PR, fora de casa, na partida de ida das quartas de final da Copa Betano do Brasil. Titular sob o comando de Dorival Júnior, o camisa 56 tem mostrado personalidade, velocidade e oportunismo, se tornando uma das armas mais promissoras do elenco alvinegro.

Apesar da ascensão meteórica, Dorival Júnior já demonstrou preocupação com o processo de amadurecimento do jovem, destacando a necessidade de que ele seja preparado de forma gradual, sem pressões desmedidas. A prudência também foi defendida por ex-jogadores históricos do clube, que enxergam semelhanças entre Gui Negão e ídolos do passado, mas alertam para os riscos de distrações externas comuns a atletas em ascensão.

A avaliação é de que o entorno do jogador precisa atuar com responsabilidade, evitando que fatores externos desviem o foco do atacante. A manutenção da disciplina e do comprometimento dentro de campo é considerada fundamental para que Gui continue evoluindo e se firme como uma peça central no projeto do Corinthians.

Enquanto a Fiel se empolga com a nova joia da base, o clube entende que precisa trabalhar o jovem com cautela. O clássico contra o Palmeiras será mais um grande teste para Gui Negão, que tem a oportunidade de confirmar sua importância não apenas como promessa, mas como um nome de impacto imediato no time.