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Corinthians esbarra na implantação da biometria facial e chega ao fim do prazo da LGE sem sistema
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O presidente interino do Corinthians, Osmar Stábile, afirmou neste sábado (15), durante manifestação no Parque São Jorge, que o clube não recebeu nenhuma proposta oficial por seus jogadores. Segundo ele, “nenhuma proposta para nenhum jogador” chegou à diretoria, e garante que, caso ocorra, a torcida será informada em primeira mão.
No evento, que também discutia a reforma do estatuto do clube, Stábile ressaltou que não pretende ocultar informações da Fiel Torcida. “Se chegar alguma proposta, vocês vão saber em primeira mão. Não vou ficar escondendo nada”, garantiu, ao mesmo tempo em que se comprometeu com uma gestão transparente, revelando detalhes financeiros e negociações.
Apesar da falta de propostas formais, o presidente interino admitiu que o Corinthians precisa fazer negociações pontuais para ajustar a folha salarial e viabilizar reforços. Entre os nomes especulados, estão jogadores sem espaço no elenco, como Léo Mana, Ryan e Hugo, e pode haver também alguma grande venda para equilibrar o caixa.
Stábile lembrou que qualquer negociação será pautada pela cautela financeira. Ele explicou que pretende alinhar os planos de contratações com os setores financeiros e técnico, evitando endividamentos desnecessários. “O Corinthians precisa contratar dentro da possibilidade… não vou fazer nada sem conversar primeiro com o financeiro”, declarou.
Com a janela de transferências prestes a abrir, a diretoria adota postura de cautela e transparência. O clube se prepara para possíveis saídas e chegadas, sempre priorizando a sustentabilidade. A promessa é que a Fiel será informada prontamente sobre qualquer movimento — um passo importante para estreitar o diálogo entre torcedores e gestão corintiana.
Em entrevista para jornal, Stabile mostrou sinceridade sobre a preocupação de seus próximos passos dele no clube do Parque São Jorge
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Osmar Stabile, presidente em exercício do Corinthians, afirmou em entrevista exclusiva ao LANCE! que está tomando decisões importantes para o clube sem se preocupar com as consequências futuras de sua gestão provisória. Com um mandato de apenas 60 dias, Stabile assumiu o comando após o afastamento de Augusto Melo e tem adotado uma postura de ação imediata, alegando que o clube não pode esperar por mudanças estruturais.
No último sábado (14), torcedores associados realizaram um protesto pacífico no Parque São Jorge, exigindo a reforma do estatuto do clube. A manifestação contou com o apoio de membros políticos do Corinthians e da Gaviões da Fiel. Em resposta, o presidente interino declarou ser favorável à reforma e destacou que já participou de uma comissão semelhante no passado, embora sem sucesso. Agora, ele afirma estar oferecendo total apoio técnico e estrutural ao Conselho Deliberativo para que o processo avance.
Entre as medidas adotadas, o presidente interino disponibilizou salas de reunião e recursos que antes não estavam acessíveis, atendendo a pedidos antigos do Conselho. Ele também formalizou esse apoio por meio de um documento enviado no dia 5 de junho, reforçando o compromisso da diretoria com a continuidade da reforma estatutária. Para Osmar, um estatuto forte é essencial para garantir uma administração eficiente e transparente.
Apesar do curto período à frente do clube, o dirigente acredita que é possível iniciar mudanças significativas. Ele vê sua gestão como uma oportunidade de resolver problemas antigos e preparar o terreno para uma nova fase no Corinthians. Sua abordagem tem sido marcada por pragmatismo e foco institucional, deixando de lado interesses pessoais ou políticos.
Enquanto isso, o cenário político do clube segue instável, com Augusto Melo tentando reverter seu afastamento. Ainda assim, Stabile mantém o foco em decisões práticas, buscando fortalecer a governança e atender às demandas da torcida e dos associados.
Presidente do Conselho projeta conclusão da reforma estatutária até novembro e confirma que o tema será votado internamente
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Após o protesto de associados no Parque São Jorge, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, comentou os próximos passos para a reforma do estatuto do clube. Ele revelou que o anteprojeto já estava em desenvolvimento desde 2023, mas foi interrompido devido ao processo de impeachment em andamento contra o presidente Augusto Melo.
“Desde que eu assumi o Conselho, esse era o meu projeto”, afirmou Tuma. “Fizemos uma audiência pública com as torcidas e associados, algo inédito no Corinthians”. Segundo ele, a expectativa é concluir a reforma até novembro, após a votação da possível destituição do atual presidente, marcada para agosto.
O dirigente também informou que o Conselho voltou a se reunir com apoio da atual presidência para retomar as atividades administrativas e concluir o texto da reforma. Novas propostas apresentadas pelos torcedores, como a do Coletivo Voz SCCP, serão consideradas pela comissão responsável antes da finalização do projeto.
Uma das demandas centrais da torcida é a inclusão do voto do programa Fiel Torcedor. “Isso vai ser votado. Se passa ou não, é uma deliberação do Conselho e dos associados, mas que vai ser votado, vai”, garantiu Tuma. O dirigente destacou que o debate, antes restrito à imprensa e redes sociais, agora ocorre dentro do clube.
O Conselho pretende concluir o processo ainda neste ano. A pauta do voto do Fiel Torcedor será formalmente discutida e deliberada pelos conselheiros e associados, em meio à reestruturação interna que busca modificar pontos centrais da gestão alvinegra.
Enfraquecido no Conselho do clube, agora tenta ter forças com sócios e ter uma base sólida para novos embates com a gestão interina do alvinegro
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Augusto Melo, afastado da presidência do Corinthians após a aprovação de seu impeachment pelo Conselho Deliberativo, tem trabalhado para obter apoio dos sócios e tentar reverter sua saída do cargo. O ex-presidente foi destituído devido a irregularidades no contrato de patrocínio com a empresa Vai de Bet, além de investigações que levaram ao seu indiciamento por associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
Desde sua saída, Melo tem se reunido com aliados e conselheiros para buscar alternativas jurídicas e políticas que possam viabilizar seu retorno. Recentemente, um grupo de conselheiros entrou com um processo no Tribunal de Justiça contra o próprio clube, além do presidente interino Osmar Stabile e do chefe do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Júnior. O objetivo da ação era validar uma decisão tomada por Maria Angela de Souza Ocampos, que anulava a votação de destituição de Melo. No entanto, perderam recentemente na Justiça.
A disputa pelo comando do Corinthians gerou grande instabilidade no Parque São Jorge. No mês de maio, Augusto Melo e seus aliados tentaram retomar a presidência, o que resultou em um tumulto na sede do clube. A Polícia Militar precisou ser acionada para conter a confusão, e Melo acabou deixando o local para prestar esclarecimentos na delegacia.
A defesa de Augusto também tentou pela Justiça, o objetivo era levar seu caso até o Supremo Tribunal Federal, mas sem sucesso. Leonel Augusto Gonçalves da Silva tentou em outra ação, argumentar que a saída do presidente afastado estaria prejudicando o clube, porém, foi derrotado da mesma forma na vara de Tatuapé.
Enquanto busca apoio entre os sócios, Melo enfrenta forte resistência dentro do clube. O vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça, criticou publicamente as tentativas do ex-presidente de retomar o cargo, classificando-as como uma "tentativa de golpe" e afirmando que seus interesses pessoais estão acima da instituição.
Segundo fontes da Itatiaia, Augusto Melo e seus aliados têm estado no Corinthians de forma constante para trabalhar em ter novos aliados. São agendadas reuniões, encontros com associados do clube e Melo tem ido aos finais de semana para fortalecer o diálogo.
O futuro de Augusto Melo no Corinthians ainda é incerto. A Assembleia Geral dos Sócios com reunião marcada para o dia 9 de agosto, será responsável por referendar ou não sua destituição definitiva. Caso os sócios votem contra o impeachment, ele poderá ser reconduzido ao cargo. No entanto, se a decisão for mantida, Osmar Stábile seguirá como presidente interino até que uma nova eleição seja realizada.