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02 Ago 2025 | 14:00 |
A maior torcida organizada do Corinthians, Gaviões da Fiel, divulgou uma nota oficial de repúdio às declarações feitas por Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, em entrevista à Rádio Bandeirantes. Tuma alegou que a torcida teria sido beneficiada pelo clube com ingressos, espaço e autonomia, insinuando falta de independência. A Gaviões classificou essas acusações como "levianas, infundadas e desrespeitosas" e exigiu uma explicação clara e provas concretas.
No comunicado, a Gaviões destacou que a própria torcida arrecadou e pagou de forma auditada mais de R$ 35 milhões para quitar dívidas da Neo Química Arena, situação que, segundo a nota, reforça seu caráter independente e comprometido com o clube. A organizada também lamentou a ausência de abertura de processos investigativos contra gestões anteriores, apelando por maior imparcialidade na condução política do Corinthians.
Com o ambiente político do clube acirrado, especialmente com o processo de impeachment de agosto Melo em curso, a Gaviões deixou claro que não apoiará que disputas internas sejam levadas às arquibancadas. A torcida reforçou o compromisso com a verdade, a transparência e com a manutenção da honra daqueles que se dedicam ao clube sem buscar poder.
A expectativa agora é que Romeu Tuma Jr. ouça as demandas e responda com clareza e documentos que sustentem suas declarações. Enquanto isso, a organizada se posiciona como fiscalizadora e também como elemento central de estabilidade, reafirmando que as tensões entre dirigentes não devem comprometer a paixão da Fiel pelos 90 minutos.
A crise política corintiana chega a um ponto chave, com a torcida organizada exercendo papel ativo ao desafiar acusações e exigir conduta ética. Ao cobrar transparência de todos os envolvidos, a Gaviões se coloca como elemento de equilíbrio na disputa interna que decidirá os rumos do clube nos próximos meses.
Atletas podem ter sido envolvidos em trama que tem facção criminosa possivelmente infiltrada no clube paulista; MP os chamou para entender toda a situação
16 Set 2025 | 15:10 |
O Ministério Público de São Paulo intensificou uma investigação que aponta possíveis conexões entre o Corinthians e o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa atuante no estado. A apuração ganhou força após o depoimento de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do clube, que afirmou estar sendo ameaçado por denunciar a infiltração do crime organizado na instituição.
O promotor Cássio Roberto Conserino agora investiga se os jogadores Fausto Vera, Rodrigo Garro e Talles Magno se hospedaram em um apartamento localizado no bairro Anália Franco, supostamente ligado a José Carlos Gonçalves, conhecido como Alemão, apontado como membro influente do PCC. Os atletas foram convocados como testemunhas, e não há suspeitas de envolvimento direto deles em atividades ilícitas.
Além disso, o MP está analisando documentos financeiros do clube, incluindo faturas de cartões corporativos e relatórios de despesas da presidência, referentes ao período de 2018 a 2025. A investigação também envolve suspeitas de emissão de notas fiscais frias por um restaurante associado à antiga gestão de Duilio Monteiro Alves. O depoimento do proprietário, João Clóvis, foi adiado após sua defesa entrar com um habeas corpus.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) aberto no fim de julho, apura crimes como apropriação indébita, estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa. O MP já solicitou o afastamento dos últimos três presidentes do clube, incluindo Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, embora a Justiça ainda não tenha decidido sobre o pedido. O Corinthians já enviou os documentos que foram pedidos pelo Ministério Público.
A situação lança uma sombra sobre a administração do Corinthians, exigindo transparência e responsabilidade institucional, além de aumentar os problemas envolvendo investigações policiais. A próxima etapa da investigação inclui o depoimento do vice-presidente Armando Mendonça, marcado para a próxima segunda-feira.
Ex-presidente impichado foi afastado do clube devido a invasão do Parque São Jorge em 31 de maio, tentando retomar controle do Timão
12 Set 2025 | 15:00 |
A crise política no Corinthians ganhou novo capítulo. A Comissão de Ética recomendou ao Conselho Deliberativo a suspensão de Augusto Melo, ex-presidente afastado do clube, e de outros 12 conselheiros, por conta da confusão ocorrida no Parque São Jorge, em 31 de maio, quando Augusto tentou retomar a presidência após seu afastamento.
A recomendação é de 60 dias úteis de suspensão ou até o fim da investigação sobre os atos praticados naquela data. O Conselho Deliberativo do Corinthians será responsável por aprovar ou não o afastamento dos implicados.
Dois dos nomes — Mário Mello Júnior e Ronaldo Fernandez Tomé — fazem parte da própria Comissão de Ética. Por isso, foram substituídos por suplentes na votação, que terminou unanimemente a favor da recomendação.
O QUE ACONTECEU EM 31 DE MAIO
Naquele dia, Augusto Melo, acompanhado de aliados, foi ao Parque São Jorge tentando reassumir a presidência, apenas cinco dias após ter sido afastado pelo Conselho Deliberativo em processo de impeachment.
A conselheira Maria Angela de Souza Ocampos, apoiadora de Augusto, chegou a se declarar presidente do Conselho Deliberativo, alegando que a decisão se baseava em parecer da Comissão de Ética de abril, que afastava Romeu Tuma Júnior. Com isso, ela afirmou ter anulado os atos de Tuma desde então, incluindo a votação do impeachment. O movimento não prosperou. O presidente em exercício, Osmar Stabile, permaneceu no cargo e Tuma não reconheceu a troca de comando no Conselho.
A Comissão de Ética abriu instrução probatória para ouvir depoimentos, recolher provas, indicar testemunhas e avaliar individualmente a conduta dos conselheiros. O estatuto do Corinthians prevê três punições possíveis: advertência, suspensão ou expulsão.
Além dos conselheiros, associados também participaram dos atos de 31 de maio. Eles foram identificados por câmeras de monitoramento e agora são investigados em processo separado pela Comissão de Ética dos associados.
Romeu Tuma Júnior segue como alvo de críticas dentro do clube, acusado de parcialidade e de prejudicar a imagem do Corinthians em declarações públicas. Sua defesa, no entanto, alega que não há previsão estatutária para seu afastamento por decisão da Comissão de Ética — caberia ao plenário do Conselho Deliberativo deliberar sobre isso.
Em entrevista ao portal 'UOL Esporte', o presidente do Conselho Deliberativo do clube do Parque São Jorge comentou a política do alvinegro
10 Set 2025 | 18:00 |
Após a coletiva da última segunda-feira (08), o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr, esteve presente no programa De Primeira, do portal 'UOL Esporte' e foi perguntado sobre diversas questões, principalmente no que diz respeito ao processo que está em andamento do Ministério Público de São Paulo, contra os três ex-presidentes do Timão, Augusto Melo, Duílio Monteiro Alves e Andrés Sanchez.
Tuma Jr admite sumiço de documentos do Corinthians em meio a impeachment de Augusto Melo
Nos últimos dias, o promotor Cássio Conserino, que está a frente da investigação dos três ex-presidentes do Corinthians, criticou o clube do Parque São Jorge, por conta da demora para enviar os documentos pedidos pelo Ministério Público de São Paulo. Apesar do atraso, o Timão enviou uma nota oficial confirmando que entregou as documentações.
Presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr admite sumiço de documentos do Corinthians em meio a impeachment de Augusto Melo: "Sumiram."
Romeu Tuma Jr comentou sobre o processo que está em andamento, contra os três ex-presidentes do Corinthians. "Todos aqueles que infringirem o estatuto e contra quem tiver prova vão ser julgados no plenário do Conselho e ninguém vai passar pano para ninguém. A informação que a gente tem, e foi registrado o boletim de ocorrência pela administração, é que sumiram os documentos."
Além disso, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, comentou sobre as falas ditas em relação a parar de pagar a dívida com a Caixa, da Neo Química Arena. "Não prego o calote, mas alertei como minha obrigação de que isso pode acontecer se a gente não conseguir sanar esses problemas. Eu acho que faltou competência no gerenciamento com a Caixa nesse período."
Após polêmica envolvendo o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr, a respeito das falas onde o mandatário aconselha o clube a parar de pagar a dívida da Neo Química Arena, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, durante entrevista à 'ESPN Brasil', revelou que aceita renegociar débito do Timão com o banco e propôs operação para a quitação da despesa.