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Bruno Korckievicz Rodrigues, ex-gerente administrativo das categorias de base do Corinthians, manteve conversas com teor sexual com atletas menores de idade do clube. Os diálogos constam em áudios entregues à diretoria alvinegra e foram divulgados nesta quarta-feira pelo “Uol.
O profissional foi desligado de suas atividades no clube na semana passada, após denúncias realizadas por atletas, que se diziam estar incomodados com a situação. Ao ser convocado pela diretoria para prestar esclarecimentos sobre os ocorridos, o funcionário pediu demissão por conta própria.
Veja algumas falas de Bruno Rodrigues nas gravações divulgadas:
– Se fosse o amigo que eu quisesse macetar, eu chamaria mais ainda.
– Vocês estão há muito tempo sem comer ninguém, então acho que vocês fizeram um calendário da punheta.
– Uma coisa é mulher, outra coisa é olhar o pau do cara e descobrir se é grande.
A assessoria de Brunoadmitiu que a voz nas gravações é dele, mas negou que as situações envolviam assédio. E afirmou considerar “inapropriada e inadequada a conversa entre os envolvidos”, e disse também que irá “garantir que as falas não sejam retiradas de contexto”.
Em nota, o Corinthians informou que "tomou conhecimento de denúncias relacionadas a um funcionário do departamento de futebol de base e já adotou as medidas necessárias para apuração dos fatos.". O clube declarou estar prestando auxílio psicológico aos garotos que fizeram a denúncia ao ex-gerente.
Torcida organizada deve mais de R$ 1 milhão ao Corinthians por ingressos e anuidades em atraso durante a gestão atual do clube
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A principal torcida organizada do Corinthians, Gaviões da Fiel, acumula uma dívida superior a R$ 1 milhão com o clube durante a gestão do presidente Augusto Melo. O montante refere-se a ingressos não pagos e anuidades em atraso no programa "Minha Torcida Quadra" do Fiel Torcedor, abrangendo os anos de 2024 e 2025.
Segundo informações a dívida é composta por aproximadamente R$ 692 mil em ingressos utilizados pela torcida organizada e cerca de R$ 420 mil referentes a anuidades de associados. Estima-se que 9.738 sócios da Gaviões estejam inadimplentes, cada um com uma taxa anual de R$ 30,00.
Em reunião com as Comissões de Justiça e de Marketing do Conselho Deliberativo e da Comissão de Finanças do Corinthians, representantes da Gaviões da Fiel reconheceram a dívida relacionada às anuidades, mas afirmaram desconhecer os débitos referentes aos ingressos. O clube, por sua vez, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o assunto.
A situação levanta questões sobre a gestão financeira e a relação entre o Corinthians e suas torcidas organizadas. A falta de transparência e controle nos acordos pode impactar negativamente as finanças do clube, que já enfrenta desafios para equilibrar seu orçamento.
A expectativa é que ambas as partes encontrem uma solução para regularizar a situação, mantendo uma relação saudável e transparente entre o Corinthians e a Gaviões da Fiel, visando o bem-estar do clube e de sua torcida.
Sem apresentar as contas do ano passado, diretoria do Corinthians é cobrada por falta de transparência e levanta preocupações sobre a governança do clube
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A diretoria do Corinthians não entregou ao Conselho de Orientação (Cori) as contas referentes ao exercício de 2024, o que impede o órgão de emitir um parecer financeiro oficial sobre a atual gestão. A ausência da prestação de contas tem gerado críticas e levantado preocupações sobre a transparência e a governança interna do clube.
O Cori, que tem como função fiscalizar e orientar a administração alvinegra, depende desses documentos para cumprir seu papel estatutário. Sem a documentação, o órgão fica impossibilitado de avaliar a real situação financeira do Corinthians e de orientar decisões futuras com base em dados concretos.
A falta de transparência neste momento é especialmente delicada, considerando os desafios financeiros que o clube já enfrenta, como a perda de patrocinadores e o endividamento ligado à Neo Química Arena. A não entrega das contas pode ampliar a desconfiança entre os conselheiros e a torcida, comprometendo ainda mais a imagem da atual gestão.
Até o momento, a diretoria do clube não se pronunciou oficialmente sobre os motivos do atraso. O silêncio agrava ainda mais o desconforto nos bastidores, pois além de descumprir obrigações estatutárias, alimenta rumores sobre possíveis irregularidades ou desorganização na condução administrativa.
A expectativa agora é que os documentos sejam apresentados o quanto antes, permitindo que o Cori avalie as contas e emita seu parecer. A entrega das informações é essencial para restabelecer a confiança interna e externa no clube, garantindo maior estabilidade e credibilidade à gestão corintiana.
Investigações avançam no caso com depoimentos cruciais dos dirigentes do Corinthians para esclarecer os repasses financeiros suspeitos
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O Caso VaideBet, que envolve investigações sobre repasses financeiros irregulares entre a patrocinadora VaideBet e o Corinthians, entra em uma fase crucial nesta semana. O presidente do clube, Augusto Melo, juntamente com outros dois ex-dirigentes, prestará depoimentos à Polícia Civil entre os dias 14 e 16 de abril, na sede da 3ª Delegacia do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania (DPPC). A expectativa é que o inquérito seja concluído entre o final de abril e o início de maio.
Cronograma dos Depoimentos:
- 14 de abril: Marcelo Mariano (ex-diretor administrativo)
- 15 de abril: Sérgio Moura (ex-superintendente de marketing)
- 16 de abril: Augusto Melo (presidente)
Esses depoimentos são fundamentais para elucidar os detalhes do acordo firmado entre o Corinthians e a VaideBet, especialmente no que se refere aos pagamentos realizados por intermediárias não previstas contratualmente. Investigações anteriores apontaram que R$ 56 milhões foram repassados por meio de empresas não autorizadas, levantando suspeitas de irregularidades financeiras.
Contexto do Caso:
Em janeiro de 2024, o Corinthians anunciou a VaideBet como patrocinadora máster, em um contrato de R$ 360 milhões por três anos. No entanto, em junho do mesmo ano, a patrocinadora rescindiu unilateralmente o contrato após a descoberta de repasses suspeitos. Investigações revelaram que intermediárias não autorizadas, como a Neoway Soluções Integradas em Serviços Ltda, receberam pagamentos, levantando suspeitas de lavagem de dinheiro e outras irregularidades.
Próximos Passos:
Com a conclusão dos depoimentos, a Polícia Civil pretende avançar na apuração dos fatos, buscando esclarecer a extensão das irregularidades e responsabilizar os envolvidos. A finalização do inquérito é aguardada com expectativa, visando restabelecer a transparência e a integridade nas relações contratuais do clube.