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No último dia 2 de abril, Augusto Melo completou 15 meses como presidente do Corinthians. Durante esse período, sua gestão tem sido bem avaliada pela torcida. Enquetes realizadas indicam que a maioria dos torcedores aprova as ações implementadas sob sua liderança.
Desde que assumiu o cargo, Augusto Melo tem enfrentado desafios significativos, incluindo questões financeiras e administrativas. Mesmo assim, sua administração conseguiu implementar medidas que agradaram a Fiel Torcida. Projetos voltados para a modernização da infraestrutura do clube e iniciativas para fortalecer o elenco são alguns dos pontos destacados positivamente pelos torcedores.
Embora os números exatos não tenham sido divulgados, os resultados apontam para uma aprovação majoritária da gestão de Melo. A participação ativa da torcida nessas pesquisas demonstra o engajamento e o interesse dos corinthianos nos rumos do clube.
Observadores do futebol brasileiro destacam que manter uma aprovação elevada por mais de um ano é um feito notável, especialmente em um ambiente tão competitivo e apaixonado como o do Corinthians. A habilidade de Augusto Melo em equilibrar as demandas esportivas e financeiras tem sido apontada como um dos fatores para esse sucesso.
Com mais desafios pela frente, a continuidade dessa aprovação dependerá das próximas decisões da diretoria. A torcida espera que os bons resultados dentro e fora de campo se mantenham, consolidando ainda mais a confiança na gestão atual.
Tentativa de retorno de Augusto Melo à presidência acirra disputa interna e agrava o cenário de instabilidade no Parque São Jorge.
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O Corinthians vive um dos momentos mais turbulentos de sua história recente. A crise política se agravou no último sábado (31), quando o presidente afastado Augusto Melo tentou reassumir o cargo com base em uma decisão da conselheira Maria Angela de Sousa Ocampos, que anulava o processo de impeachment conduzido pelo Conselho Deliberativo. A tentativa causou confusão no Parque São Jorge, com torcedores invadindo o local e a polícia sendo acionada para conter os ânimos.
A reação foi imediata. O presidente interino, Osmar Stábile, classificou a ação como um “golpe” e reafirmou que a diretoria segue legalmente constituída. Segundo Stábile, a decisão que Melo utilizou como base não tem validade jurídica dentro do estatuto do clube. Do outro lado, aliados de Melo avaliam entrar na Justiça para tentar oficializar o retorno, ampliando ainda mais a disputa interna.
Enquanto o impasse institucional se arrasta, o clima no futebol profissional também sofre impactos. No domingo (1º), o Corinthians empatou por 0 a 0 com o Vitória na Neo Química Arena e foi vaiado pela torcida. O meio-campista Rodrigo Garro admitiu que a crise política interfere no dia a dia do elenco, dificultando o ambiente interno e afetando a concentração dos atletas.
A crise atual evidencia uma profunda divisão política no clube, com diferentes alas disputando influência e controle. Além dos desdobramentos jurídicos, o clube enfrenta desafios administrativos e esportivos em meio à instabilidade. A oposição e os grupos internos já se articulam para as próximas movimentações, enquanto a torcida demonstra crescente insatisfação com os rumos do Timão.
Nos próximos dias, o futuro político do Corinthians deve ganhar novos capítulos nos bastidores e também na Justiça. O clube precisa encontrar rapidamente um caminho para retomar a estabilidade, sob risco de comprometer sua temporada dentro e fora de campo. A torcida, por ora, acompanha atônita um cenário de caos que parece longe de um desfecho definitivo.
Executivo de futebol agradece convite de outros clubes brasileiros, mas gratidão ao alvinegro paulista faz dirigente manter foco no clube
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Após o empate entre Corinthians e Vitória, na noite deste domingo, pelo Campeonato Brasileiro, o executivo de futebol do clube paulista, Fabinho Soldado, concedeu entrevista na sala de imprensa da Neo Química Arena, afirmando o seu compromisso com o clube do Parque São Jorge, em meio a troca de presidente e crise na política.
Fabinho Soldado: "Corinthians que me abriu a porta e venho reafirmar meu compromisso"
O dirigente corintiano fez um esclarecimento, agradecendo o convite de outras equipes do futebol brasileiro, mas a gratidão pelo Corinthians o faz manter o foco no clube do Parque São Jorge.
"Inevitável não falar das questões políticas. O resultado de hoje não era o que esperávamos, mas a equipe fez um primeiro tempo brilhante. Tenho recebido algumas sondagens e sou agradecido por isso, ao Corinthians que me abriu a porta, e venho reafirmar meu compromisso com o clube, com a Fiel Torcida, para que a gente passe por todos esses problemas", começou por referir Fabinho Soldado.
De seguida, o responsável do Timão deixou claro o seu compromisso, com o objetivo de melhorar as condições do Corinthians: "Desde quando cheguei aqui com o Augusto e agora com o Osmar (Stabile, presidente interino), a gente tem recebido toda autonomia para exercer a função e espero que a gente siga assim para que tenhamos tranquilidade para colocar o Corinthians nas melhores condições. Vamos trabalhar dia e noite para que a equipe do Corinthians tenha tranquilidade nos campeonatos que tem pela frente. É um pronunciamento para que a gente consiga, dentro do CT, que a parte da política fique para fora, lá no Parque São Jorge. Esse é meu compromisso".
Fabinho Soldado foi um dos responsáveis pelas contratações do Corinthians no segundo semestre do ano passado. O dirigente tinha a total confiança do ex-presidente Augusto Melo e por enquanto, está sendo mantido pelo interino Osmar Stabile. O executivo de futebol tem mantido conversas com a direção, para iniciar busca por reforços no clube alvinegro na janela de transferências.
Com conflito entre o ex-presidente Augusto Melo e o atual gestor do clube, Osmar Stabile, culmina em invasão da sede e intervenção policial no Parque São Jorge
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Na noite de sábado, 31 de maio de 2025, o Parque São Jorge, sede social do Corinthians, foi palco de uma série de eventos tumultuados que evidenciam a profunda crise política enfrentada pelo clube. Cerca de 50 torcedores invadiram as instalações, motivados por um vídeo divulgado por Douglas Deúngaro, conhecido como Metaleiro, ex-presidente da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube. No vídeo, Metaleiro convocava os torcedores a se dirigirem à sede do clube, em resposta a uma tentativa de recondução de Augusto Melo à presidência.
A tensão aumentou quando Augusto Melo, afastado da presidência após um processo de impeachment, compareceu à sede alegando ter sido reconduzido ao cargo por aliados que assumiram o controle do Conselho Deliberativo. O presidente interino, Osmar Stabile, afirmou ter sido vítima de invasão, cárcere privado e constrangimento ilegal durante a presença de Melo e seus apoiadores na sala da presidência.
A Polícia Militar foi acionada para conter a situação, com o batalhão de choque entrando no Parque São Jorge para controlar o clima de tensão. A presença policial foi fundamental para evitar confrontos mais graves e garantir a segurança dos envolvidos. Após a intervenção, tanto Osmar Stabile quanto Augusto Melo e outros membros do clube se dirigiram ao Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) para registrar boletins de ocorrência.
Este episódio é mais um capítulo na série de crises que têm assolado o Corinthians nos últimos meses. Além das disputas políticas internas, o clube enfrenta problemas financeiros, com denúncias de má gestão e escândalos envolvendo ex-dirigentes. A recente eliminação na fase de grupos da Copa Sul-Americana e a rescisão de contratos de patrocínio agravam ainda mais a situação.
A instabilidade no comando do clube preocupa torcedores e membros da comunidade corintiana. A falta de consenso e a escalada de conflitos internos colocam em risco não apenas a governança, mas também o desempenho esportivo do Corinthians. É urgente que as lideranças encontrem uma solução pacífica e transparente para restabelecer a ordem e a confiança no clube.