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Conselho Deliberativo do Corinthians reprova contas de 2024; dívida aumentou em R$829 milhões

Votação aconteceu nesta segunda-feira (28) e teve resultado de 16 a 1 a favor de reprovar as contas; CORI alega gestão temerária de Augusto Melo

Presidente Augusto Melo teve as contas reprovadas e agora deve sofrer nova tentativa de impeachment - Foto: Agência Corinthians
Presidente Augusto Melo teve as contas reprovadas e agora deve sofrer nova tentativa de impeachment - Foto: Agência Corinthians

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O Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) apresentou um documento que revela um aumento de R$ 829 milhões na dívida do clube durante a gestão de Augusto Melo. O documento foi analisado durante a votação oficial das contas, que ocorreu neste início de noite no Parque São Jorge, em São Paulo. A votação terminou em 16 a 1 a favor de reprovar as contas.


Entre as principais irregularidades apontadas pelo CORI estão os gastos de mais de R$ 7 milhões no cartão corporativo, sem qualquer justificativa. Além disso, houve a ausência da apresentação de contratos importantes, como os acordos com Memphis Depay, Vai de Bet e  PixBet. Essas falhas aumentaram a desconfiança sobre a transparência da gestão.


Outros problemas destacados incluem a falta de revisão do orçamento anual e a ausência de respostas a diversos ofícios e solicitações de documentos. O CORI também identificou divergências entre controles gerenciais e sistemas contábeis. A falta de demonstrativos contábeis da Neo Química Arena agravou ainda mais a situação.


O documento também aponta práticas preocupantes, como o lançamento de valores da campanha "Doe Arena" como receita comum do clube. Além disso, foram registradas contratações de prestadores sem critérios claros e ausência de relatórios sobre a utilização dos recursos arrecadados. A gestão apresentou déficit financeiro e aumento de R$ 120 milhões em dívidas operacionais.

Diante de todos esses fatores, o CORI votou por ampla maioria pela reprovação das contas de 2024. A gestão de Augusto Melo foi classificada como "Gestão Temerária", devido à série de irregularidades e riscos financeiros que expôs o clube. O cenário deixa a diretoria em uma posição bastante delicada, e agora deve enfrentar novo pedido de impeachment do conselho deliberativo.



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Caso Vai de Bet: Corinthians alega documento desaparecido após invasão

Subtração indevida pode ter acontecido no dia 31 de maio na sede do clube do Parque São Jorge. Timão segue com crise política

Documento pode atrapalhar investigações e até mesmo provas que comprovem ou não participação de Augusto Melo - Foto: Reprodução
Documento pode atrapalhar investigações e até mesmo provas que comprovem ou não participação de Augusto Melo - Foto: Reprodução

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O Corinthians enfrenta um momento delicado após a invasão ao prédio administrativo do clube em 31 de maio, quando aliados do ex-presidente Augusto Melo tentaram retomar o poder. Além da tensão política, um novo problema surgiu: o possível sumiço de documentos sigilosos que podem impactar diretamente a investigação sobre o contrato de patrocínio com a Vai de Bet.


O clube notificou a Polícia Civil sobre o receio de que documentos importantes tenham sido subtraídos ou acessados indevidamente durante a invasão. Os arquivos podem conter informações cruciais para a apuração de irregularidades e suspeitas de lavagem de dinheiro, que já resultaram no indiciamento de quatro pessoas, incluindo do próprio Augusto Melo.


A diretoria do Corinthians considera que o desaparecimento desses documentos pode dificultar a obtenção de provas essenciais para sustentar o caso contra os envolvidos. A investigação, que corre desde maio do ano passado, está na reta final, mas sua previsão de conclusão era até o último dia 20. No entanto, se esgotou devido questões internas da investigação.


Diante da situação, o clube pondera sobre a necessidade de medidas cautelares para proteger a instituição contra novos episódios de instabilidade. A diretoria também avalia reforçar a segurança interna para evitar que novos documentos sejam comprometidos.

O Conselho Deliberativo do Corinthians já votou a favor do impeachment de Augusto Melo, e a decisão final será tomada pelos associados do clube em 9 de agosto. Caso seja confirmado, Melo será definitivamente destituído do cargo. O presidente afastado tem dado diversas entrevistas sobre sua situação no Corinthians, na última semana ele e seus aliados foram derrotados na Justiça por ações movidas por eles na tentativa de fazer Melo retornar ao poder do alvinegro.


O desfecho da investigação pode ter um impacto significativo nos próximos meses, especialmente se o sumiço de documentos comprometer o andamento do caso. Enquanto isso, a torcida aguarda mais esclarecimentos sobre o episódio e espera que o clube consiga superar essa crise sem maiores prejuízos.



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Pela primeira vez, testemunhas do caso VaideBet no Corinthians dão entrevista

Empresários relataram ao Fantástico que intermediaram o contato inicial entre a VaideBet e o alvinegro, mas não foram pagos

Contrato com a VaideBet gerou denúncias, investigações e o afastamento de Augusto Melo da presidência do Corinthians - Foto: Reprodução
Contrato com a VaideBet gerou denúncias, investigações e o afastamento de Augusto Melo da presidência do Corinthians - Foto: Reprodução

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Os empresários Toninho Duetos e Sandro dos Santos Ribeiro falaram pela primeira vez sobre o caso que apura suspeita de desvio de valores em um contrato de patrocínio entre a VaideBet e o Corinthians, que causou instabilidade política sem fim no clube. Eles disseram nunca ter recebido comissão pela intermediação do acordo e agora são testemunhas na investigação.


O contrato, fechado em 2023, previa um valor total de R$ 360 milhões. Segundo a polícia, uma empresa de marketing que não participou da negociação teria recebido R$ 25 milhões em comissão. As autoridades apontam que parte do dinheiro foi desviada por meio de contas de laranjas.


Sandro e Toninho relataram como se deu o início da negociação com o clube. “O Andrezinho, que é um dos donos da VaideBet, perguntou se eu tinha um contato no Corinthians”, contou Toninho. Sandro completou: “Marcamos uma reunião em São Paulo para apresentar a proposta de patrocínio”.


Durante o encontro, eles afirmam que a condução das tratativas mudou após a saída do presidente Augusto Melo da sala. “Perguntei como funcionaria a comissão e me disseram que só poderia ser paga por meio de empresa já cadastrada no clube”, afirmou Sandro. A polícia e o Ministério Público entendem que essa empresa foi usada para desviar recursos.

Em nota, o Corinthians declarou ser vítima de fraude e que irá se defender judicialmente se houver prejuízos. Augusto Melo negou qualquer conversa com os empresários sobre comissões. A defesa de Marcelo Mariano, diretor do clube, também afirmou que nada foi combinado com os empresários sobre pagamentos



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Presidente interino defende nomeações de gestões passadas no Corinthians

Osmar Stábile defende a continuidade de profissionais no clube alvinegro e critica decisões motivadas por disputas políticas internas

Osmar Stábile defende nomeações de gestões anteriores no Corinthians e prega continuidade administrativa. Foto: Reprodução
Osmar Stábile defende nomeações de gestões anteriores no Corinthians e prega continuidade administrativa. Foto: Reprodução

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O presidente interino Osmar Stábile saiu em defesa das nomeações ligadas a gestões anteriores do Corinthians, enfatizando que a escolha de profissionais alinhados ao projeto do clube é legítima e faz parte da governança estruturada. Ele reforçou que tais decisões visam manter a continuidade administrativa e técnica, independentemente dos ciclos políticos que passam pelo Parque São Jorge.


Stábile destacou que a prática de aproveitar talentos e especialistas indicados por administrações anteriores é comum e válida, desde que os processos sejam transparentes. O dirigente interino afirmou que o clube não deve revogar contratações apenas por haver mudanças na presidência, sem que haja indícios de irregularidades ou prejuízos ao patrimônio do Corinthians.


Segundo Stábile, o foco da diretoria agora é preservar a integridade institucional e evitar rupturas desnecessárias licitadas por disputas políticas. Ele afirmou que revisões pontuais em cargos estratégicos serão realizadas, mas apenas quando houver justificativa técnica ou de governança — e não apenas por motivações oportunistas.


A declaração ocorre em meio a debates internos motivados pelo pedido de impeachment do presidente eleito, Augusto Melo, e questionamentos sobre possíveis contratações questionáveis como a da “Vai de Bet”. Apesar da pressão de parte da torcida e de conselheiros, Stábile reforçou que a gestão é pautada por critérios objetivos e preocupação com a imagem do Corinthians.

Em resumo, o dirigente interino busca enfatizar o compromisso com a continuidade e a eficiência da gestão, propondo que os debates devem ser centrados na meritocracia e no bem-estar institucional — e não em retaliações políticas impulsivas.



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