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O Corinthians intensificou sua disputa judicial com o empresário André Cury, representante de jogadores como Yuri Alberto e do técnico Ramón Díaz. Em petição enviada ao tribunal na última sexta-feira (21), o clube acusou Cury de ser "mentiroso" e solicitou que a Justiça imponha uma multa de 10% sobre o valor da causa, aproximadamente R$ 367 milhões, à empresa do agente. Além disso, o Corinthians pediu que o Ministério Público investigue Cury por possível fraude processual.
A controvérsia ocorre no contexto do Regime de Centralização de Execuções (RCE), mecanismo que o Corinthians utiliza para organizar o pagamento de suas dívidas. Cury alega que o clube está cometendo fraude contra credores, utilizando contratos de cessão fiduciária com a Caixa Econômica Federal para desviar recursos e evitar o cumprimento de obrigações financeiras. Esses contratos supostamente permitem ao Corinthians liberar valores bloqueados na Justiça, alegando que os créditos pertencem ao banco estatal.
Em resposta, o Corinthians refutou as acusações e questionou a veracidade das alegações de Cury. O clube argumenta que as cessões fiduciárias são práticas comuns e legais para garantir o pagamento de dívidas e que todas as suas ações estão em conformidade com as decisões judiciais.
A defesa de Cury, por sua vez, sustenta que suas afirmações são baseadas em decisões judiciais e documentos oficiais, reiterando as acusações de fraude processual e contra credores. O empresário já havia obtido decisões favoráveis na Justiça, incluindo o bloqueio de R$ 5,12 milhões das contas do Corinthians, relacionado a uma dívida pela intermediação na venda do volante Éderson.
O desfecho dessa disputa judicial pode estabelecer precedentes significativos para a gestão financeira e jurídica de clubes de futebol no Brasil, especialmente no que tange ao uso de mecanismos como o RCE e contratos de cessão fiduciária para a administração de dívidas.
Antigo mandatário do clube do Parque São Jorge, acusou vice do Timão de traição, em meio a crise política que vive o alvinegro paulista ao longo do ano
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Na tarde desta segunda-feira (23), o ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, usou as redes sociais para rebater as falas do atual vice do Timão, Armando Mendonça. Por meio de uma publicação nas redes sociais, o ex-mandatário atacou a postura do dirigente, que havia criticado Augusto e o chamou de traidor, confira.
Ex-presidente do Corinthians rebate falas de Armando Mendonça após foto polêmica
Mensagem de Augusto Melo: "Sentou à mesa. Bebeu, sorriu, e fingiu lealdade. No final, traiu. Um Judas moderno, de paletó e vaidade. E agora, se faz de desentendido, como se o erro fosse coletivo. Fica o alerta: Judas é conhecido, não um estranho. Quem está ao lado dele hoje, será o próximo a sentir o corte da traição."
"Vice-presidente tem que ser… vice. Não estrela, não dono, não articulador solitário. Sua expulsão será inevitável. O PSJ não é palco para vaidade e sim sagrado para o trabalho honesto e coletivo." Completou o ex-mandatário do Corinthians.
A publicação ocorreu logo após o vice do Corinthians, Armando Mendonça, ter criticado Augusto Melo, depois de fotos com empresários ligados a VaideBet. "Já o Pinóquio do PSJ virou um verdadeiro personagem que tem como maior qualidade o tamanho do seu nariz por ter enganado com abundância a todos e ter virado o primeiro presidente da nossa história a ser indiciado por se associar criminalmente com seus amigos para lavar dinheiro com o furto cometido contra o SCCP."
Completou ainda o vice do Corinthians: "Que esse homem de madeira seja definitivamente expulso no nosso amado clube e nunca mais tente administrá-lo. Espero que os sócios façam história para esse nocivo personagem, Augusto Melo." Disparou o dirigente do clube do Parque São Jorge contra Augusto Melo.
Declaração realizada nas redes por dirigente ligado à política do clube motivou manifestação oficial do coletivo Fiel LGBT
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Na manhã desta segunda-feira (24), o coletivo Fiel LGBT, grupo de torcedores do Corinthians, divulgou nota de repúdio contra o conselheiro vitalício André Luiz de Oliveira, conhecido como André Negão. O protesto ocorreu após a divulgação de um vídeo, publicado por ele nas redes sociais, ironizando a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ realizada no domingo (23).
No registro feito no Parque São Jorge, André Negão aparece filmando conselheiros do clube e questionando, em tom de deboche, quem iria à “parada gay”. A gravação foi compartilhada nos stories de seu Instagram pessoal e gerou reação entre torcedores, principalmente de membros da comunidade LGBTQIAPN+.
“O coletivo Fiel LGBT repudia com indignação e firmeza a atitude do conselheiro André Negão, que utilizou a Parada do Orgulho LGBTQIAPN+ como objeto de deboche e chacota”, diz o comunicado. O grupo afirma que a fala expõe “insinuações carregadas de preconceito” e reforça “homofobia estrutural dentro do clube”.
A nota ainda critica a postura institucional diante do caso: “Se o clube continuar tolerando esse tipo de postura, estará assinando embaixo do preconceito. Ou o Corinthians é para todos, ou não é para ninguém.” A Fiel LGBT foi criada em 2019 e atua promovendo inclusão e visibilidade nos estádios.
André Negão tem longa trajetória política no Corinthians. Foi diretor administrativo nos mandatos de Andrés Sanchez, vice-presidente de Roberto de Andrade e recentemente candidato à presidência nas eleições vencidas por Augusto Melo, que foi retirado do cargo. Desde então, segue atuando como conselheiro no clube.
Crise interna do Timão se agrava com troca de acusações entre o presidente afastado e o atual vice-presidente nas redes sociais
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A disputa política no Corinthians voltou a se intensificar nesta segunda-feira (24), com declarações públicas entre Augusto Melo e Armando Mendonça. O presidente afastado respondeu a críticas do vice-presidente com uma postagem nas redes sociais, na qual o chamou de “Judas moderno”.
Augusto acusou Mendonça de traição e afirmou que ele fingiu lealdade antes de romper com sua gestão. “Vice-presidente tem que ser… vice. Não estrela, não dono, não articulador solitário”, escreveu o ex-mandatário, sinalizando ainda que a expulsão do vice seria inevitável.
A postagem foi uma resposta a uma publicação de Mendonça feita no domingo (23), também no Instagram. Nela, o vice chamou Augusto de “Pinóquio do Parque São Jorge” e defendeu que os sócios promovam a expulsão do ex-aliado da vida política do clube.
Mendonça usou uma foto da posse de Augusto, em janeiro, para reforçar a crítica. Na imagem, aparecem Toninho Duettos e Sandro Ribeiro, envolvidos em investigações sobre o caso da antiga patrocinadora do clube, a VaideBet. Os dois são citados como intermediários na apuração conduzida pela Polícia Civil.
Augusto Melo, por sua vez, negou à polícia conhecer Sandro Ribeiro. Sobre Duettos, afirmou que o conheceu após um encontro com o cantor Gusttavo Lima, que atuava como embaixador da empresa investigada.