
Clube
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O Corinthians deu um passo importante na tentativa de reorganizar suas finanças e encaminhar a regularização de suas dívidas. Na última segunda-feira (3), o clube protocolou na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo sua proposta de Regime Centralizado de Execuções (RCE), mecanismo que possibilita a centralização e parcelamento dos débitos com credores.
A apresentação do plano é uma etapa fundamental para a homologação do RCE, que permitirá ao clube administrar seus compromissos financeiros de maneira estruturada. Em entrevista ao podcast "PoropoPod", da CorinthiansTV, o Diretor de Negócios Jurídicos do Corinthians, Vinicius Cascone, destacou a importância dessa medida.
Cascone ressaltou que o modelo do RCE trará benefícios tanto para o clube quanto para os credores. Segundo ele, a falta de previsibilidade financeira e os sucessivos bloqueios judiciais vinham comprometendo a gestão do caixa corinthiano.
"O Corinthians não tinha previsibilidade jurídica e financeira. As dívidas se acumularam ao longo dos anos, gerando inúmeros processos e bloqueios, que resultavam em juros e multas. Muitas vezes, havia vencimento antecipado de parcelas, o que sufocava o caixa do clube. O RCE é a melhor alternativa para organizar o fluxo de pagamentos e garantir que todos os credores recebam", afirmou Cascone.
De acordo com o plano apresentado à Justiça, R$ 367 milhões (15%) da dívida total do clube, que gira em torno de R$ 2,4 bilhões, serão pagos dentro do RCE. O projeto prevê a utilização de 4% da receita mensal para quitação desses débitos – percentual que pode chegar a 20%, conforme a legislação vigente.
Acusações de fraude e resposta do Corinthians
Durante a entrevista, Cascone também abordou a acusação de fraude feita pela Link Assessoria Esportiva, empresa do empresário André Cury. O agente alegou que o Corinthians teria utilizado valores de cotas de TV para quitar salários atrasados, quando esses recursos deveriam ser direcionados à dívida com a Caixa Econômica Federal, referente à construção da Neo Química Arena.
No entanto, o dirigente corinthiano refutou essas alegações e classificou a versão apresentada por André Cury como equivocada.
"Há muita desinformação sendo espalhada, como se o Corinthians estivesse fraudando algo. Nosso objetivo é fazer com que todos os credores recebam e acabar com essa ideia de que o clube não honra seus compromissos. Ao contrário, queremos acertar as contas. A advogada dele se equivocou ao dizer que os direitos de TV seriam exclusivamente uma garantia para a dívida do estádio. Essa renegociação com a Caixa foi feita dentro da legalidade, e não há fraude nenhuma", rebateu Cascone.
"Existe muita bobagem por aí, gente dizendo que essa é uma tentativa de fraude por parte do Corinthians. Isso é um grande equívoco. O Corinthians, na verdade, quer fazer com que todos os credores recebam. Nós queremos acabar com a imagem de que o Corinthians não paga ninguém. Ao contrário. O Corinthians precisa honrar com seus compromissos, a gente tem essa obrigação", completou.
O Corinthians segue aguardando a decisão da Justiça sobre a homologação do Regime Centralizado de Execuções, que, se aprovado, permitirá ao clube estruturar um plano de pagamento sustentável, evitando novos bloqueios e melhorando sua saúde financeira.
Presidente do clube do Parque São Jorge, Augusto Melo, anunciou nesta segunda-feira, a chegada de mais um patrocinador para a temporada de 2025
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Nesta segunda-feira (24), o Corinthians oficializou um acordo com mais um patrocinador para a temporada de 2025, se trata da empresa Appgas, que atua na venda de botijão de gás residencial e água mineral. Marca será exibida no peito da camisa do time masculino e contrato será válido até o fim desta temporada.
Superintendente de marketing do Corinthians, Vinicius Manfredi celebra acordo com empresa de gás
"Temos o desafio de valorizar o Clube cada vez mais, além de buscar o orçamento projetado, que é uma responsabilidade nossa enquanto gestão. Essa valorização passa não somente por contratos mais saudáveis do ponto de vista financeiro, mas também por dar protagonismo a quem traz inovação para o segmento trazendo estratégia na construção e maturação dos negócios."
"Nesse caso, o Appgas provoca uma mudança na forma de compra, como vimos acontecer com tantos outros segmentos, que foram migrando cada vez mais para a compra digital, gerando eficiência e benefício ao cliente final. Para nós, é uma satisfação poder ser parte dessa transformação de um mercado tão tradicional, endossando nosso potencial para as marcas."
Superintendente comercial do Corinthians, Sandor Romanelli comemora faturamento atual do clube
"O patrocínio nos traz uma grande oportunidade de trabalhar com uma marca que busca ser referência no varejo digital. O Appgas tem o DNA da agilidade, uma diretoria ‘olho no olho’ que é transparente e entende nossas fortalezas digitais. Nos dedicaremos à essa parceria para que todos nós sejamos beneficiados pelo modelo de sucesso financeiro mútuo."
"Quanto mais vendas, mais o Corinthians fatura. Além da verba fixa, o modelo de revenue share incentiva nossos times de marketing e comunicação a criarem iniciativas que ajudem o público a compreender essa nova forma de pedir gás. Esse sem dúvida será o gás de todos os Corinthianos."
Clube pede multa milionária contra empresa do agente e solicita investigação do Ministério Público por possível fraude processual
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O Corinthians intensificou sua disputa judicial com o empresário André Cury, representante de jogadores como Yuri Alberto e do técnico Ramón Díaz. Em petição enviada ao tribunal na última sexta-feira (21), o clube acusou Cury de ser "mentiroso" e solicitou que a Justiça imponha uma multa de 10% sobre o valor da causa, aproximadamente R$ 367 milhões, à empresa do agente. Além disso, o Corinthians pediu que o Ministério Público investigue Cury por possível fraude processual.
A controvérsia ocorre no contexto do Regime de Centralização de Execuções (RCE), mecanismo que o Corinthians utiliza para organizar o pagamento de suas dívidas. Cury alega que o clube está cometendo fraude contra credores, utilizando contratos de cessão fiduciária com a Caixa Econômica Federal para desviar recursos e evitar o cumprimento de obrigações financeiras. Esses contratos supostamente permitem ao Corinthians liberar valores bloqueados na Justiça, alegando que os créditos pertencem ao banco estatal.
Em resposta, o Corinthians refutou as acusações e questionou a veracidade das alegações de Cury. O clube argumenta que as cessões fiduciárias são práticas comuns e legais para garantir o pagamento de dívidas e que todas as suas ações estão em conformidade com as decisões judiciais.
A defesa de Cury, por sua vez, sustenta que suas afirmações são baseadas em decisões judiciais e documentos oficiais, reiterando as acusações de fraude processual e contra credores. O empresário já havia obtido decisões favoráveis na Justiça, incluindo o bloqueio de R$ 5,12 milhões das contas do Corinthians, relacionado a uma dívida pela intermediação na venda do volante Éderson.
O desfecho dessa disputa judicial pode estabelecer precedentes significativos para a gestão financeira e jurídica de clubes de futebol no Brasil, especialmente no que tange ao uso de mecanismos como o RCE e contratos de cessão fiduciária para a administração de dívidas.
A reunião ocorreu no ultimo sábado para alinhar todas as demandas e necessidades dos atletas com a fornecedora de produtos das equipes
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Os departamentos de futebol masculino e feminino do Corinthians se encontraram no ultimo sábado (22), com os representantes da Nike. Presentes na reunião estavam também Fabinho Soldado, Iris Sesso e Grazi, gestores das equipes, para alinharem as demandas com a fornecedora.
Além dos três dirigentes, a jogadora Andressa Alves também participou da reunião. A jogadora é um dos reforços da equipe para a temporada, tem sido uma das principais atletas patrocinadas pela Nike no Brasil, podendo acrescentar mais à marca enquanto é uma jogadora do Timão.
Atualmente, o contrato entre o Corinthians e a Nike é válido até o ano de 2029, tendo exclusividade entre as partes durante as temporadas. Os novos uniformes deverão ser lançados nos próximos meses, seguindo a tendência da própria fornecedora.
O novo uniforme de 2025 celebrará consquistas históricas do Corinthians. As camisas 1 e 2 serão parecidas com as utilizadas no primeiro título Mundial de Clubes, há 25 anos, em 2000. Enquanto o terceiro uniforme será um estilo parecido com o utilizado no ano de 2005, ano em que a equipe alvinegra foi campeã brasileira com Tévez.
Além dos uniformes de jogo, a Nike também fornece outros matériais para o clube, como roupa de viagem, aquecimento, pré-jogo, e tênis para jogadores e integrantes da comissão técnica.