Corinthians foi condenado a pagar valor ao Shakhtar Donetsk pelo volante Maycon - entenda o caso

Na última segunda-feira (02), os ex-Corinthians Fábio Santos e Fábio Luciano, comentaram sobre o momento político que vive o clube do Parque São Jorge, ao longo desta temporada. O ex-lateral afirma que a política vem refletindo nas ações dos jogadores dentro de campo, enquanto o ex-zagueiro revela que o Time do Povo tem capacidade de blindar os atletas dos problemas extracampo.

Ex-Corinthians criticam momento conturbado do Timão: "O extracampo tem refletido nos atletas"

Fábio Santos inicia fala sobre desempenho do Corinthians dentro de campo. "O que tem acontecido extracampo tem refletido demais em campo. O torcedor está muito chateado com o que está acontecendo na política e é impossível você desvincular uma coisa da outra. Você vê o semblante dos jogadores durante o jogo que alguma coisa não é natural."

Problemas no Parque São Jorge: "Salário atrasado aqui todo mundo já jogou. A questão não é essa. Imagina o jogador sábado na concentração vendo essa cena, essa briga que está acontecendo, como que o cara vai imaginar que as coisas vão acontecer de uma maneira positiva? É muito difícil."

Fábio Luciano revelou a capacidade do Corinthians em blindar seus jogadores. "A gente já viveu momentos políticos complicados, questão financeira, mas é possível você se blindar um pouco dessas situações. O Dorival, com a experiência que tem, blindar o vestiário, o Fabinho Soldado tem autonomia e confiança do grupo. Tem motivação e mobilização suficientes para você tentar separar um pouco essa questão política do Corinthians."

Corinthians x Palmeiras na Copa do Brasil

Fábio Luciano: "Sabe quando você tem 30, 40 dias para olhar só uma imagem? O Corinthians tem isso, não tem que olhar pra mais nada. É colocar o escudo do Palmeiras, com todo respeito, na parede e mirar só aquilo. Para o Corinthians avançar, vai ter que jogar muita bola. O Corinthians tem que trabalhar para que dentro de campo as coisas melhorem, porque fora dele até aqui é uma vergonha."

Hugo Souza, goleiro do Corinthians, foi convocado para a Seleção Brasileira pelo técnico Carlo Ancelotti. O atleta participará dos jogos contra Equador e Paraguai, válidos pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

Durante o primeiro treinamento, realizado nesta segunda-feira (1), no CT Dr. Joaquim Grava, o goleiro utilizou a tradicional camisa verde da CBF. Porém, ao publicar a imagem nas redes sociais, aplicou um filtro preto e branco, o que gerou diversos comentários entre os torcedores.

Muitos corintianos aprovaram a escolha do atleta ao evitar exibir as cores do Palmeiras. “Mandou bem demais com o filtro”, comentou um torcedor. Outro escreveu: “Aqui é preto e branco sempre”.

Hugo Souza havia sido convocado pela Seleção Brasileira pela primeira vez em 2018, quando ainda defendia a base do Flamengo. Agora, vivendo boa fase no Corinthians, ele volta à lista, sendo o primeiro jogador do clube a ser chamado após dois anos.

O Brasil enfrenta o Equador na próxima quinta-feira (5), em Guayaquil, às 20h (de Brasília). Na sequência, a Seleção Brasileira encara o Paraguai, no dia 10, às 21h45, na Neo Química Arena, estádio do Corinthians.

O Corinthians vive um momento de crise política após o afastamento do presidente Augusto Melo, decidido pela maioria do Conselho Deliberativo, em função do caso VaideBet, que está sob investigação da Polícia Civil de São Paulo.

Em sequência ao episódio, Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo que organizou as reuniões pelo impeachment, também foi afastado de maneira preventiva pela Comissão de Ética do próprio Conselho.

Questionado sobre o impacto da crise política no desempenho da equipe, o lateral-direito Matheuzinho afirmou: “A partir do momento que eu visto essa camisa como jogador, eu tenho que deixar esse lado torcedor de lado, porque talvez não me faça bem se eu ficar acompanhando 100% o que está acontecendo do lado político”.

Rodrigo Garro também falou sobre o tema: “A guerra política no Corinthians infelizmente afeta nosso trabalho, mas dentro do CT temos um clima muito bom. O grupo está fechado. Não é que nós deixamos de ganhar por causa da guerra política, acho que não tem nada a ver com isso”.

Na sequência, o camisa 8 reforçou a importância do foco coletivo: “O mais importante sempre será o Corinthians. Apenas quero estar aqui para jogar futebol, para que o Corinthians seja melhor que ontem. Todos devemos lembrar diariamente e trabalhar mais em equipe para o Corinthians”.