Corinthians renegocia dívida de Pedro Raul

Mesmo com o encerramento das principais janelas de transferências internacionais, o Corinthians ainda busca negociar dois atletas fora dos planos da comissão técnica: o goleiro Matheus Donelli e o atacante espanhol Héctor Hernández. A diretoria alvinegra mantém expectativas de concretizar saídas, especialmente para mercados com prazos abertos, como o dos Emirados Árabes Unidos, cuja janela se encerra em 1º de outubro.

Héctor Hernández, contratado em 2024, acumula 19 partidas e dois gols em 2025. Desde 19 de agosto, treina separado do elenco no CT Dr. Joaquim Grava. O centroavante perdeu espaço com a chegada de Memphis Depay e a ascensão de Gui Negão, além da presença de Yuri Alberto.

O vínculo do jogador com o clube vai até dezembro de 2026. Em entrevista ao jornal Marca, o espanhol afirmou que não recebeu justificativa oficial para o afastamento, mas prometeu esclarecimentos futuros.

Cria da base perdeu espaço com chegada de Hugo Souza e escolha de Felipe Longo

Matheus Donelli, revelado nas categorias de base do Corinthians, não é relacionado para jogos desde junho. Inicialmente reserva de Hugo Souza, perdeu a posição para Felipe Longo. Apesar disso, segue treinando com o grupo principal.

Em 2025, disputou 11 confrontos, sendo titular durante a recuperação de lesão muscular de Hugo Souza. Na ocasião, sofreu 14 gols.O contrato do arqueiro foi renovado em 2024 e é válido até 30 de junho de 2028.

A baixa procura por ambos os atletas frustrou os planos da diretoria, que esperava propostas mais consistentes durante a última janela. Com poucas opções disponíveis, o clube considera alternativas em ligas menos expressivas da América Central e África. A situação de Donelli e Héctor reflete o desafio de gerir um elenco numeroso, especialmente diante de limitações técnicas e estratégicas impostas pela comissão comandada por Dorival Júnior.

O ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, se pronunciou publicamente sobre as dívidas relacionadas às contratações realizadas durante sua gestão. Em publicação nas redes sociais na última quinta (25), Melo afirmou que não se responsabiliza mais pelos débitos deixados e que a atual diretoria deve assumir integralmente os compromissos pendentes.

Augusto sobre atual diretoria do Corinthians: “É um problema deles daqui para a frente”.

“Não é mais problema meu. A partir do segundo semestre do ano passado, para todos os jogadores comprados, tivemos autorização dos departamentos financeiro e jurídico, da comissão técnica e do executivo de futebol, com a minha autorização. Todos os atletas foram comprados primeiro com autorização do departamento financeiro. Eles nos estipulavam a data e quando poderia ser pago. Nos tiraram do poder para poder assumir o Corinthians. É um problema deles daqui para a frente. Receitas, eu deixei bastante”, declarou Melo.

Fala de ex-presidente aconteceu depois de mais uma dívida divulgada

A manifestação ocorreu após a revelação de que o clube deve cerca de R$ 8 milhões ao Philadelphia Union pela contratação do meia José Martínez. O valor corresponde a parte de um acordo firmado em 2024, ainda sob a presidência de Melo, e que não teve a primeira parcela quitada. O caso já gerou uma condenação na FIFA, com o Corinthians recorrendo à Corte Arbitral do Esporte (CAS).

“Parem de ficar jogando nas minhas costas. Já não estou mais lá. Receita eu deixei bastante. Agora, porque não está sendo pago, é um problema deles. Tem que cobrar quem está lá e por que não está sendo pago, manchando a imagem do Corinthians”, afirmou o ex-dirigente.

No fim, Augusto Melo falou dos desafios que teve em sua gestão no Corinthians

Melo também relembrou os desafios enfrentados durante seu mandato: “No ano passado, arquei com um monte de situações. Paguei direito de imagem e transfer bans também, não deixei chegar a esse ponto. E era a mesma situação, sem dinheiro, com caixa complicado, cada dia chegam vários boletos para serem pagos. Temos de pagar um ou outro, que é mais difícil, e outros vamos programando”.

O Corinthians oficializou, nesta semana, a renovação contratual de Cristian Junior, atleta da equipe sub-17 e filho do ex-volante Cristian. O novo acordo mantém o vínculo até 2028, mas apresenta mudanças significativas nos valores de multa rescisória.

A penalidade para transferências dentro do território nacional passou de R$ 6 milhões para R$ 20 milhões. Já para negociações internacionais, o montante foi elevado de 20 milhões de euros para 50 milhões de euros, o que equivale a aproximadamente R$ 312 milhões na cotação atual.

Filho do Terrão é uma das promessas da base

Cristian Junior, de 17 anos, é considerado uma das principais promessas das categorias de base do Corinthians. Iniciou sua trajetória no futsal do Corinthians e percorreu todas as etapas formativas até alcançar o sub-17. Na atual temporada, acumula 17 gols e oito assistências em 31 partidas, demonstrando versatilidade e eficiência ofensiva. Embora tenha começado como volante, posição do pai, atualmente atua como meia-atacante.

A valorização contratual ocorre em meio ao interesse de clubes estrangeiros. Recentemente, uma equipe da Bélgica demonstrou intenção de negociar com o jogador, mas as tratativas não avançaram. A diretoria corintiana, ao ampliar os valores de saída, busca proteger o patrimônio esportivo e garantir retorno financeiro em eventuais transações futuras.

O Corinthians recentemente também renovou contratos com outros Filhos do Terrão. Nomes como Gui Negão, Jacaré, Gui Amorim, André Luiz e Nicollas assinaram extensão contratual para permanecer por mais tempo no Timão.

Foco é no desenvolvimento do atleta

Cristian Junior vive seu último ano na categoria sub-17 e já participou de treinamentos com o elenco profissional no Centro de Treinamento Dr. Joaquim Grava. A expectativa é que o jovem seja promovido ao sub-20 em 2026, dando continuidade ao desenvolvimento técnico e tático dentro do clube.

Nas redes sociais, o jogador celebrou a renovação com uma mensagem de agradecimento. A publicação reforça o vínculo emocional com o Corinthians e a confiança no projeto esportivo oferecido pela instituição. A ampliação da multa e a manutenção do contrato até 2028 refletem a estratégia do clube em preservar talentos formados no Terrão, tradicional celeiro de revelações do futebol brasileiro.