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Coletivo de torcedores do Corinthians publica nota contra conselheiro por publicação homofóbica
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O Corinthians enfrenta uma das maiores crises institucionais de sua história recente. A confusão teve início com o afastamento do presidente eleito Augusto Melo, acusado de irregularidades administrativas. Em seu lugar, o vice Osmar Stabile assumiu interinamente o comando do clube. No entanto, a disputa esquentou após uma reviravolta envolvendo o Conselho Deliberativo, o que gerou uma verdadeira guerra de versões sobre quem é o presidente legítimo.
Augusto Melo se sustenta no argumento de que o afastamento do então presidente do Conselho, Romeu Tuma Júnior, ocorrido em abril, anula os atos posteriores dele, incluindo a decisão que o tirou da presidência do Corinthians. A conselheira Maria Angela de Souza Ocampos assumiu interinamente o Conselho e revogou as decisões de Tuma, reintegrando Melo ao cargo. Para essa ala, ele jamais deveria ter sido afastado, e qualquer decisão tomada com base no mandato de Tuma seria inválida.
Por outro lado, Osmar Stabile e seus aliados não reconhecem a saída de Tuma, alegando que ela nunca foi ratificada em plenário, como exige o estatuto do clube. Dessa forma, consideram o afastamento de Melo como legítimo e entendem que Stabile deve seguir como presidente interino até uma nova definição. A divergência entre as partes se transformou em uma disputa jurídica e política que paralisou decisões importantes no clube.
O ápice do conflito ocorreu com a invasão de torcedores à sala da presidência no Parque São Jorge, gerando um clima de tensão e insegurança. A Polícia Militar precisou intervir, e a sede administrativa foi temporariamente fechada. O caos evidencia a fragilidade institucional do Corinthians, que vive um momento de incerteza não apenas no futebol, mas também na sua governança.
Enquanto isso, o clube permanece dividido entre duas lideranças, e a falta de uma decisão clara aumenta a pressão por uma solução rápida. A crise evidencia a necessidade urgente de uma revisão estatutária e de maior transparência nos processos internos do Corinthians, para que episódios como este não se repitam. Até lá, o clube segue à deriva, à espera de uma definição sobre quem realmente está no comando.
A ideia é que o clube tenha mais transparência nas decisões que envolvem o alvinegro para que assim a crise vista atualmente, não apareça no futuro
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A discussão sobre a reforma estatutária no Corinthians ganhou força em 2025, impulsionada por protestos de torcedores e pressões internas. O principal ponto em debate é a inclusão do sócio torcedor no processo eleitoral do clube, algo que há anos é reivindicado por diferentes segmentos da torcida. Atualmente, apenas associados com mais de cinco anos de vínculo com o alvinegro e frequência ao clube social têm direito a voto.
A proposta de mudança foi liderada por Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo na época, que garantiu que a votação da reforma ocorrerá ainda este ano. Em 2024, uma comissão foi criada para fazer um novo estatuto, com participação de representantes de todas as chapas e torcidas organizadas. O texto chegou a ser finalizado, mas a tramitação foi interrompida devido ao processo de impeachment realizado do então presidente Augusto Melo, o que gerou instabilidade e adiou as discussões.
Com a expectativa de retomada das reuniões após a Assembleia Geral marcada para agosto, o tema volta à pauta com força. A proposta prevê que sócios torcedores adimplentes hão determinado período possam participar das eleições, ampliando significativamente o colégio eleitoral, que hoje conta com pouco mais de quatro mil votantes. A medida é vista como um passo importante para democratizar a gestão e aproximar o clube de sua base de apoio mais fiel.
Além do direito a voto, outras mudanças estão sendo analisadas, como critérios de elegibilidade, transparência nas contas e modernização das regras internas. A diretoria interina, liderada por Osmar Stabile, manifestou seu apoio à reforma, classificando-a como urgente e necessária para o futuro institucional do Corinthians.
A mobilização da torcida, com faixas, manifestações e campanhas nas redes sociais, tem sido fundamental para manter o tema em evidência. A expectativa é que, superada a crise política, o clube avance na construção de um modelo mais participativo e representativo, alinhado às demandas de sua imensa torcida espalhada pelo país.
Com a conclusão da investigação foi revelado um esquema onde não apenas o clube alvinegro fazia parte, mas sim, outros três envolvidos com o crime organizado
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As investigações conduzidas pela Polícia Civil de São Paulo revelaram um esquema complexo envolvendo o desvio de recursos do Sport Club Corinthians Paulista, com ramificações que atingem outros três clubes paulistas. O relatório final, entregue ao Ministério Público, aponta que o grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) teria estabelecido conexões com dirigentes de São Paulo Futebol Clube, Água Santa e União Barbarense.
O caso teve início com a apuração de irregularidades no contrato de patrocínio entre o Corinthians e a empresa Vai de Bet, que resultou no desvio de R$ 1,4 milhão. Durante o rastreamento dos valores, surgiram indícios de que empresas como UJ Football e Lion Soccer Sports, supostamente controladas por membros do PCC, também atuaram em transações com os demais clubes citados.
Entre os nomes envolvidos, destaca-se o de Danilo Lima de Oliveira, conhecido como “Tripa”, apontado como operador financeiro da facção e controlador informal da UJ Football. Através dessa estrutura, recursos ilícitos teriam sido movimentados, inclusive com coerção a empresários para cederem atletas e percentuais comerciais. Outro nome citado é o de Christiano Lino de Menezes, já condenado por tráfico e roubo, que teria auxiliado nas operações financeiras da organização.
No Corinthians, cinco pessoas foram indiciadas por crimes como furto, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre elas, o presidente afastado Augusto Melo, acusado de envolvimento com empresas suspeitas antes mesmo de sua eleição. Yun Kin Lee, ex-diretor jurídico do Timão, foi indiciado nesta segunda (23). A investigação também aponta que verbas do Água Santa teriam sido utilizadas em sua campanha presidencial do presidente afastado.
Embora o inquérito sobre o Corinthians tenha sido concluído, a polícia pretende abrir ao menos dez novas frentes de apuração. A suspeita é de que o esquema seja mais amplo, envolvendo outras negociações no futebol brasileiro. A defesa de Augusto Melo nega qualquer vínculo com organizações criminosas e contesta a validade das provas apresentadas.
Antigo mandatário do clube do Parque São Jorge, acusou vice do Timão de traição, em meio a crise política que vive o alvinegro paulista ao longo do ano
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Na tarde desta segunda-feira (23), o ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, usou as redes sociais para rebater as falas do atual vice do Timão, Armando Mendonça. Por meio de uma publicação nas redes sociais, o ex-mandatário atacou a postura do dirigente, que havia criticado Augusto e o chamou de traidor, confira.
Ex-presidente do Corinthians rebate falas de Armando Mendonça após foto polêmica
Mensagem de Augusto Melo: "Sentou à mesa. Bebeu, sorriu, e fingiu lealdade. No final, traiu. Um Judas moderno, de paletó e vaidade. E agora, se faz de desentendido, como se o erro fosse coletivo. Fica o alerta: Judas é conhecido, não um estranho. Quem está ao lado dele hoje, será o próximo a sentir o corte da traição."
"Vice-presidente tem que ser… vice. Não estrela, não dono, não articulador solitário. Sua expulsão será inevitável. O PSJ não é palco para vaidade e sim sagrado para o trabalho honesto e coletivo." Completou o ex-mandatário do Corinthians.
A publicação ocorreu logo após o vice do Corinthians, Armando Mendonça, ter criticado Augusto Melo, depois de fotos com empresários ligados a VaideBet. "Já o Pinóquio do PSJ virou um verdadeiro personagem que tem como maior qualidade o tamanho do seu nariz por ter enganado com abundância a todos e ter virado o primeiro presidente da nossa história a ser indiciado por se associar criminalmente com seus amigos para lavar dinheiro com o furto cometido contra o SCCP."
Completou ainda o vice do Corinthians: "Que esse homem de madeira seja definitivamente expulso no nosso amado clube e nunca mais tente administrá-lo. Espero que os sócios façam história para esse nocivo personagem, Augusto Melo." Disparou o dirigente do clube do Parque São Jorge contra Augusto Melo.