Clube
01 Jun 2025 | 11:45 |
O Corinthians enfrenta uma das maiores crises institucionais de sua história recente. A confusão teve início com o afastamento do presidente eleito Augusto Melo, acusado de irregularidades administrativas. Em seu lugar, o vice Osmar Stabile assumiu interinamente o comando do clube. No entanto, a disputa esquentou após uma reviravolta envolvendo o Conselho Deliberativo, o que gerou uma verdadeira guerra de versões sobre quem é o presidente legítimo.
Augusto Melo se sustenta no argumento de que o afastamento do então presidente do Conselho, Romeu Tuma Júnior, ocorrido em abril, anula os atos posteriores dele, incluindo a decisão que o tirou da presidência do Corinthians. A conselheira Maria Angela de Souza Ocampos assumiu interinamente o Conselho e revogou as decisões de Tuma, reintegrando Melo ao cargo. Para essa ala, ele jamais deveria ter sido afastado, e qualquer decisão tomada com base no mandato de Tuma seria inválida.
Por outro lado, Osmar Stabile e seus aliados não reconhecem a saída de Tuma, alegando que ela nunca foi ratificada em plenário, como exige o estatuto do clube. Dessa forma, consideram o afastamento de Melo como legítimo e entendem que Stabile deve seguir como presidente interino até uma nova definição. A divergência entre as partes se transformou em uma disputa jurídica e política que paralisou decisões importantes no clube.
O ápice do conflito ocorreu com a invasão de torcedores à sala da presidência no Parque São Jorge, gerando um clima de tensão e insegurança. A Polícia Militar precisou intervir, e a sede administrativa foi temporariamente fechada. O caos evidencia a fragilidade institucional do Corinthians, que vive um momento de incerteza não apenas no futebol, mas também na sua governança.
Enquanto isso, o clube permanece dividido entre duas lideranças, e a falta de uma decisão clara aumenta a pressão por uma solução rápida. A crise evidencia a necessidade urgente de uma revisão estatutária e de maior transparência nos processos internos do Corinthians, para que episódios como este não se repitam. Até lá, o clube segue à deriva, à espera de uma definição sobre quem realmente está no comando.
Projeto foi anunciado e ainda passará por votação para ser aprovado; existe regras que devem ser seguidas para que ela se concretize
27 Out 2025 | 21:32 |
O projeto de reforma do estatuto do Corinthians, apresentado nesta segunda (27), propõe a possibilidade de transformação do clube em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). A proposta, no entanto, estabelece uma série de requisitos e limitações para garantir que o controle institucional permaneça com os associados.
Segundo o anteprojeto, a mudança para SAF no alvinegro paulista deverá passar por análise do Conselho de Orientação (Cori), seguida de aprovação do Conselho Deliberativo, com voto favorável de dois terços dos conselheiros presentes.
Após essa etapa, será necessário realizar uma auditoria independente e um processo formal de due diligence técnica e multidisciplinar. Essa verificação abrangerá aspectos econômicos, financeiros, contábeis, jurídicos, trabalhistas, tributários, ambientais e patrimoniais.
Com a auditoria concluída, o projeto será submetido à assembleia geral de sócios, exigindo também dois terços de votos favoráveis dos associados participantes. O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, esclareceu que o parecer do Cori será apenas consultivo e que os quóruns exigidos se referem aos votantes presentes, não ao total de eleitores.
O texto da reforma proíbe que investidores externos adquiram o controle majoritário da SAF do clube do Parque São Jorge. O objetivo é preservar a identidade, a tradição e a história do Corinthians. O clube deverá manter, no mínimo, 51% do capital social da nova sociedade empresária que venha a assumir a gestão do futebol.
A proposta será votada ainda em 2025, primeiro no Conselho Deliberativo e depois em assembleia geral do Timão. Caso aprovada, poderá abrir caminho para novos modelos de gestão, sem comprometer a autonomia dos associados.
Projeto visa manter a igualdade entre sócio torcedores e que eles estejam inseridos na participação política do clube do Parque São Jorge
27 Out 2025 | 16:00 |
O Corinthians propôs uma reforma estatutária que inclui o direito de voto para sócios-torcedores e amplia os mandatos da diretoria. A medida ainda será votada pelo Conselho Deliberativo e pela Assembleia Geral.
O anteprojeto de reforma do estatuto do alvinegro paulista, apresentado nesta segunda (27), propõe mudanças significativas na estrutura política e administrativa da agremiação. Entre os principais pontos está a criação da categoria “Sócio de Futebol”, voltada aos integrantes do programa Fiel Torcedor, que passariam a ter direito a voto nas eleições para presidente, primeiro e segundo vice-presidentes.
Para exercer esse direito, os interessados deverão cumprir requisitos específicos. Na primeira proposta, é necessário estar adimplente com o programa Fiel Torcedor e pagar, por quatro anos consecutivos, uma taxa especial equivalente a 50% da contribuição associativa patrimonial mensal. Já na segunda alternativa, o sócio deve quitar o valor do título associativo exigido dos demais membros e contribuir, também por quatro anos ininterruptos, com uma taxa correspondente a um terço da mensalidade patrimonial.
A nova categoria não concede acesso às instalações sociais, recreativas ou esportivas do clube. Contudo, após seis anos de adimplência, o Sócio de Futebol poderá migrar para o quadro social, adquirindo os direitos previstos no estatuto, inclusive o de concorrer a cargos eletivos, sem necessidade de adquirir título patrimonial.
Além disso, o projeto prevê a ampliação dos mandatos da diretoria e dos conselhos de três para quatro anos. A reeleição para presidente será vedada, permitindo apenas uma eleição por pessoa, mesmo que não consecutiva. Vice-presidentes e membros de outros órgãos terão restrições semelhantes.
Outro ponto abordado é a possibilidade de constituição de uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF), com controle majoritário mantido pelos associados. A proposta também autoriza o clube a recorrer à recuperação judicial, conforme previsto na legislação vigente.
A temporada de 2025 do Timão, tem sido marcada por diversos problemas externos no Parque São Jorge, além das graves situações financeiras
27 Out 2025 | 11:40 |
No último final de semana, o Corinthians conquistou mais um importante resultado dentro do Campeonato Brasileiro, ao derrotar o Vitória no Estádio do Barradão e chegar a segunda vitória consecutiva na competição de pontos corridos. Em um ano completamente conturbado pela crise que assola o clube do Parque São Jorge, os jogadores do Timão revelaram se o extracampo atrapalha dentro das quatro linhas.
Problemas políticos atrapalham em campo? Atletas do Corinthians comentam
Em contato realizado pelo portal 'UOL Esporte', alguns jogadores comentaram se a política conturbada do Corinthians vem atrapalhando o desempenho da equipe dentro de campo, onde o Timão se encontra na parte intermediária do Campeonato Brasileiro, porém, está nas semifinais da Copa do Brasil.
Problemas políticos atrapalham em campo? Atletas do Corinthians comentam: "O tema político não é desculpa para nós."
André Carrillo: "Para mim, não interfere em nada porque dentro do campo somos nós que decidimos. É claro que sempre aparecem só notícias ruins do clube nas redes sociais, mas um clube com a grandeza que tem não pode viver esses momentos. Poderia estar um pouquinho mais estável, mas o tema político não é desculpa para nós."
Matheuzinho: "É uma situação difícil. Todo dia aparece uma notícia ruim do Corinthians, a torcida começa a se desgastar, isso influencia no jogo. Entre nós, isso não pode exercer tanta influência porque estamos focados no futebol. Fizemos um combinado que tudo que sai do alcance do futebol não cabe a nós nos preocupar, mas é chato. Esperamos que as coisas melhorem."
Breno Bidon: "As pessoas vêm falar de política fora do clube com a gente, mas temos que deixar para lá porque isso não é com a gente. Estamos lá para trazer vitórias e precisamos deixar isso de canto. Acredito que sim [polêmicas aumentam cobrança], a torcida não gosta de perder, a gente também não, mas algumas derrotas são bem doloridas pelo o que acontece fora, mas acredito que sabemos lidar com isso."