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O Corinthians enfrenta uma das maiores crises institucionais de sua história, marcada por disputas internas e incertezas sobre a liderança do clube. A instabilidade teve início com o afastamento do presidente eleito Augusto Melo, acusado de irregularidades administrativas. Em seu lugar, o vice Osmar Stábile assumiu interinamente o comando do clube. No entanto, a situação se agravou após uma reviravolta envolvendo o Conselho Deliberativo, gerando uma verdadeira guerra de versões sobre quem é o presidente legítimo.
Augusto Melo alega que continua sendo o presidente legítimo do Corinthians. Sua argumentação baseia-se em medidas administrativas internas, especialmente na decisão da Comissão de Ética do clube, que, em 9 de abril, votou pelo afastamento de Romeu Tuma Júnior da presidência do Conselho Deliberativo. Com base nesse entendimento, a conselheira Maria Angela de Souza Ocampos se declarou presidente do Conselho e anulou todos os atos de Tuma desde 9 de abril, incluindo o afastamento de Melo.
Osmar Stábile, por sua vez, não reconhece a suspensão de Tuma nem a posse de Maria Angela. Ele argumenta que, segundo o estatuto do clube, o afastamento do presidente do Conselho Deliberativo só pode ocorrer com aprovação em plenário, o que não aconteceu. Portanto, considera legítimo o afastamento de Melo e sua própria posse como presidente interino.
A situação culminou em confusão na sede do clube, com torcedores invadindo a sala da presidência e a Polícia Militar sendo acionada. A disputa entre Melo e Stábile reflete uma guerra de versões e interpretações do estatuto do clube, deixando o Corinthians em um estado de incerteza institucional. Enquanto isso, o clube aguarda uma definição clara sobre sua liderança para retomar a estabilidade administrativa.
A crise evidencia a necessidade urgente de uma revisão estatutária e de maior transparência nos processos internos do Corinthians, para que episódios como este não se repitam. Até lá, o clube segue à deriva, à espera de uma definição sobre quem realmente está no comando.
Com experiência em ortopedia e medicina esportiva, novo chefe médico do Timão promete reforçar o cuidado com a saúde dos atletas.
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O Dr. André Jorge, recém-nomeado chefe do Departamento Médico do Corinthians, usou suas redes sociais para se manifestar oficialmente após assumir o novo cargo. Em tom de gratidão e comprometimento, o médico reforçou sua responsabilidade em liderar a área médica de um dos maiores clubes do país e ressaltou a importância da confiança recebida pela diretoria.
Na publicação, Dr. André destacou sua dedicação ao clube e afirmou que trabalhará com seriedade e profissionalismo para garantir o bem-estar dos atletas. Ele também mencionou o desafio de atuar no futebol de alto rendimento, onde a recuperação rápida e segura dos jogadores é essencial para o desempenho da equipe. “A missão é grande, mas estou preparado para enfrentá-la com a ajuda de um time técnico altamente capacitado”, escreveu.
O médico, que já integrava a equipe desde janeiro de 2024, também fez questão de agradecer aos colegas e profissionais do clube. Segundo ele, o trabalho em equipe será a base para um departamento médico forte e eficiente. “Seguiremos unidos, com foco total na saúde dos nossos atletas e no sucesso do Corinthians dentro de campo”, completou.
A manifestação de Dr. André Jorge foi bem recebida por torcedores nas redes sociais, que demonstraram apoio ao novo chefe médico e desejaram sucesso na nova fase. Muitos destacaram a importância de uma gestão técnica responsável e transparente, especialmente em meio a um cenário de reestruturação interna no Corinthians.
Com a confiança da diretoria e o respaldo de parte da torcida, o novo chefe médico começa sua gestão buscando aproximar o departamento médico do torcedor e garantir um trabalho que una ciência, cuidado e paixão pelo Corinthians.
Tentativa de retorno de Augusto Melo à presidência acirra disputa interna e agrava o cenário de instabilidade no Parque São Jorge.
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O Corinthians vive um dos momentos mais turbulentos de sua história recente. A crise política se agravou no último sábado (31), quando o presidente afastado Augusto Melo tentou reassumir o cargo com base em uma decisão da conselheira Maria Angela de Sousa Ocampos, que anulava o processo de impeachment conduzido pelo Conselho Deliberativo. A tentativa causou confusão no Parque São Jorge, com torcedores invadindo o local e a polícia sendo acionada para conter os ânimos.
A reação foi imediata. O presidente interino, Osmar Stábile, classificou a ação como um “golpe” e reafirmou que a diretoria segue legalmente constituída. Segundo Stábile, a decisão que Melo utilizou como base não tem validade jurídica dentro do estatuto do clube. Do outro lado, aliados de Melo avaliam entrar na Justiça para tentar oficializar o retorno, ampliando ainda mais a disputa interna.
Enquanto o impasse institucional se arrasta, o clima no futebol profissional também sofre impactos. No domingo (1º), o Corinthians empatou por 0 a 0 com o Vitória na Neo Química Arena e foi vaiado pela torcida. O meio-campista Rodrigo Garro admitiu que a crise política interfere no dia a dia do elenco, dificultando o ambiente interno e afetando a concentração dos atletas.
A crise atual evidencia uma profunda divisão política no clube, com diferentes alas disputando influência e controle. Além dos desdobramentos jurídicos, o clube enfrenta desafios administrativos e esportivos em meio à instabilidade. A oposição e os grupos internos já se articulam para as próximas movimentações, enquanto a torcida demonstra crescente insatisfação com os rumos do Timão.
Nos próximos dias, o futuro político do Corinthians deve ganhar novos capítulos nos bastidores e também na Justiça. O clube precisa encontrar rapidamente um caminho para retomar a estabilidade, sob risco de comprometer sua temporada dentro e fora de campo. A torcida, por ora, acompanha atônita um cenário de caos que parece longe de um desfecho definitivo.
Executivo de futebol agradece convite de outros clubes brasileiros, mas gratidão ao alvinegro paulista faz dirigente manter foco no clube
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Após o empate entre Corinthians e Vitória, na noite deste domingo, pelo Campeonato Brasileiro, o executivo de futebol do clube paulista, Fabinho Soldado, concedeu entrevista na sala de imprensa da Neo Química Arena, afirmando o seu compromisso com o clube do Parque São Jorge, em meio a troca de presidente e crise na política.
Fabinho Soldado: "Corinthians que me abriu a porta e venho reafirmar meu compromisso"
O dirigente corintiano fez um esclarecimento, agradecendo o convite de outras equipes do futebol brasileiro, mas a gratidão pelo Corinthians o faz manter o foco no clube do Parque São Jorge.
"Inevitável não falar das questões políticas. O resultado de hoje não era o que esperávamos, mas a equipe fez um primeiro tempo brilhante. Tenho recebido algumas sondagens e sou agradecido por isso, ao Corinthians que me abriu a porta, e venho reafirmar meu compromisso com o clube, com a Fiel Torcida, para que a gente passe por todos esses problemas", começou por referir Fabinho Soldado.
De seguida, o responsável do Timão deixou claro o seu compromisso, com o objetivo de melhorar as condições do Corinthians: "Desde quando cheguei aqui com o Augusto e agora com o Osmar (Stabile, presidente interino), a gente tem recebido toda autonomia para exercer a função e espero que a gente siga assim para que tenhamos tranquilidade para colocar o Corinthians nas melhores condições. Vamos trabalhar dia e noite para que a equipe do Corinthians tenha tranquilidade nos campeonatos que tem pela frente. É um pronunciamento para que a gente consiga, dentro do CT, que a parte da política fique para fora, lá no Parque São Jorge. Esse é meu compromisso".
Fabinho Soldado foi um dos responsáveis pelas contratações do Corinthians no segundo semestre do ano passado. O dirigente tinha a total confiança do ex-presidente Augusto Melo e por enquanto, está sendo mantido pelo interino Osmar Stabile. O executivo de futebol tem mantido conversas com a direção, para iniciar busca por reforços no clube alvinegro na janela de transferências.