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Cíntia Montino, ex-assessora administrativa do Corinthians, decidiu encerrar o processo por injúria contra o presidente afastado do clube, Augusto Melo. O caso envolvia ofensas feitas por Melo em um áudio vazado em novembro de 2023, quando ainda era candidato à presidência. No áudio, Melo afirmou que Montino se prostituía, declaração que gerou indignação e levou à ação judicial.
Em documento enviado à Justiça, Montino informou que optou por resolver a questão de forma amigável, fora da esfera criminal. Ela concedeu perdão a Melo, além de outros envolvidos no processo, como Wanderley Ferreira da Silva e Ronaldo Fernandez Tomé. Essa decisão suspendeu o julgamento que estava marcado para esta quinta-feira.
Em fevereiro, Augusto Melo pediu desculpas publicamente, reconhecendo a gravidade da ofensa e explicando que estava nervoso no momento da gravação do áudio. Na época, a defesa de Montino considerou o pedido de desculpas tardio e oportunista, mas a ex-assessora agora optou por perdoar e encerrar a disputa judicial.
Com o perdão concedido, Montino aguarda que os demais envolvidos aceitem a resolução amigável para que o processo seja arquivado definitivamente. Essa decisão representa um desejo de superar o conflito e colocar um ponto final em um episódio conturbado na história recente do Corinthians.
A reportagem procurou a assessoria de Augusto Melo para comentar o caso, mas ainda não obteve resposta. Enquanto isso, o desfecho amigável sinaliza uma possível pacificação após meses de tensão envolvendo o clube alvinegro e seus representantes.
Apesar da pressão de torcedores e da reprovação das contas do clube, presidente aposta em apoio dos sócios e recurso judicial para permanecer no cargo
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O presidente do Corinthians, Augusto Melo, vive um momento conturbado à frente do clube. Após ser afastado em maio de 2025 pelo Conselho Deliberativo, que aprovou seu impeachment por supostas irregularidades financeiras, Melo enfrenta uma forte pressão interna para deixar o cargo. No entanto, ele descartou a possibilidade de renunciar e reafirmou que pretende cumprir seu mandato até o fim.
O afastamento de Melo decorreu de investigações envolvendo contratos suspeitos, como o acordo com a casa de apostas Vai de Bet, que resultaram em seu indiciamento por crimes como associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro. Apesar disso, o presidente nega as acusações e afirma ser vítima de perseguição política. Ele tenta reverter judicialmente a decisão, mas até o momento não obteve sucesso.
Além dos problemas judiciais, o Conselho Deliberativo também rejeitou as contas do clube referentes a 2024, o que aumenta a pressão sobre a gestão. A reprovação das contas pode acarretar novas medidas legais contra Melo, com base na Lei Geral do Esporte, que trata da gestão temerária em entidades esportivas. A crise política no clube está longe de terminar.
Enquanto isso, torcedores organizados intensificam protestos pedindo a saída do presidente, que ainda busca apoio entre os sócios para tentar retornar ao comando do Corinthians. Melo tem mantido uma postura firme e desafiadora, afirmando publicamente que não vai renunciar e que confia na justiça para resolver o impasse.
O futuro de Augusto Melo no Corinthians depende agora das decisões judiciais e das ações do Conselho Deliberativo. O desfecho dessa crise poderá definir os rumos do clube nos próximos meses, em meio a um cenário de incertezas e forte divisão interna.
Manifestação acontece em meio à turbulência política e financeira, além da iminente votação de impeachment do presidente afastado
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Na noite de quinta-feira (24), torcedores organizados do Corinthians promoveram um protesto em frente à sede social do clube, no Parque São Jorge, para expressar insatisfação com a gestão política e administrativa. A principal torcida organizada, Gaviões da Fiel, convocou a manifestação, que contou ainda com integrantes das torcidas Camisa 12, Estopim da Fiel, Fiel Macabra, Pavilhão Nove e torcedores independentes.
Durante o protesto, os manifestantes exibiram imagens de ex-presidentes do Corinthians, como Andrés Sanchez, Duílio Monteiro Alves, Mário Gobbi, Roberto de Andrade, Augusto Melo e André Negão, coladas em representações de caixões. A encenação de um “cortejo fúnebre” simbolizava o repúdio às gestões anteriores. As imagens foram queimadas em uma fogueira, enquanto cânticos de protesto e exaltação ao clube ecoavam.
As faixas carregadas pelos torcedores traziam mensagens duras como “Augusto traidor da torcida corintiana”, “Conselheiros exerçam suas funções”, “Quem traiu o Corinthians, vai pagar” e “Corinthians livre de parasitas”. Esses dizeres refletem a forte insatisfação com os ex-dirigentes e a cobrança para que o Conselho Deliberativo atue com mais rigor.
O protesto acontece em meio a um cenário de turbulência política e pressão por resultados dentro do Corinthians. Recentemente, surgiram denúncias sobre o uso de recursos do clube para gastos pessoais por parte de ex-presidentes, o que agravou o descontentamento dos torcedores organizados.
Além disso, está marcada para o dia 9 de agosto a votação do impeachment do presidente afastado Augusto Melo, o que eleva ainda mais a tensão política dentro do clube e a mobilização da torcida por mudanças profundas na gestão.
Manifestação pacífica da principal torcida organizada exige esclarecimentos sobre documentos desaparecidos e melhorias na gestão alvinegra
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Na noite desta quinta-feira (24), a principal torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, promoveu um protesto em frente ao Parque São Jorge, sede social do clube. A manifestação teve início por volta das 19h10 e reuniu diversos torcedores que exigem maior transparência e responsabilidade da atual gestão alvinegra.
O ato foi motivado por recentes acontecimentos que geraram insatisfação entre os membros da torcida. Entre as principais reivindicações estão esclarecimentos sobre o desaparecimento de documentos oficiais do clube e uma gestão mais eficiente e transparente. Os protestantes destacaram a necessidade de mudanças na administração para que o Corinthians possa retomar seu caminho de sucesso dentro e fora de campo.
Durante o protesto, faixas e gritos de ordem foram utilizados para expressar o descontentamento da torcida. A Gaviões da Fiel enfatizou que o objetivo da manifestação é cobrar respostas da diretoria e não prejudicar o clube. A ação foi pacífica, com a presença de membros da torcida organizados e associados do clube.
Este protesto ocorre em um momento de turbulência política e administrativa no Corinthians. A torcida busca, por meio de sua mobilização, pressionar a diretoria a adotar medidas que tragam estabilidade e prosperidade ao clube. A Gaviões da Fiel reafirmou seu compromisso com o Corinthians e com a busca por melhorias na gestão do clube.
A diretoria do Corinthians ainda não se pronunciou oficialmente sobre o protesto. A expectativa é de que haja um posicionamento nos próximos dias, visando esclarecer as demandas da torcida e buscar soluções para as questões levantadas.