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Após ser afastado da presidência do Corinthians, Augusto Melo afirmou que, caso consiga retornar ao cargo, adotará uma postura mais rígida na administração do clube. Convidado para o programa ‘Arena SBT’ da última quarta (04), ele prometeu ser um presidente com "mão de ferro" e trabalhar para a implementação de um novo estatuto, que, segundo ele, traria mais transparência e controle sobre as decisões internas.
O ex-presidente foi destituído pelo Conselho Deliberativo, que aprovou seu impeachment por 176 votos a favor e 57 contra. A decisão ainda precisa ser referendada pelos sócios do clube, que terão a última palavra sobre sua permanência ou afastamento definitivo. Caso consiga reverter a situação, Augusto Melo pretende reformular a estrutura administrativa do Corinthians e endurecer regras para evitar novos escândalos.
Entre as mudanças que ele pretende implementar, está a revisão dos contratos de patrocínio e a criação de mecanismos mais rígidos de fiscalização financeira. A gestão de Augusto Melo foi marcada por polêmicas envolvendo acordos comerciais, incluindo o contrato com a VaideBet, que gerou questionamentos sobre irregularidades. Ele também quer reforçar a governança interna, garantindo que decisões estratégicas sejam tomadas com maior participação dos conselheiros e associados.
Além das questões administrativas, Augusto Melo pretende fortalecer o departamento de futebol, buscando maior autonomia para a diretoria e evitando interferências externas. Ele acredita que a instabilidade política do clube tem impactado negativamente o desempenho da equipe dentro de campo e quer garantir que o Corinthians tenha um planejamento sólido para os próximos anos.
Enquanto aguarda a definição sobre seu futuro, Augusto Melo segue defendendo sua gestão e alegando que sua destituição foi motivada por disputas políticas internas. Ele afirma que, caso retorne ao cargo, sua prioridade será recuperar a credibilidade do clube e implementar mudanças estruturais que garantam um Corinthians mais forte e transparente. A decisão final sobre seu impeachment será tomada nos próximos dias, e o futuro do clube dependerá do posicionamento dos sócios na Assembleia Geral.
A principal torcida organizada do alvinegro, que inicialmente apoiou a candidatura à presidência de Melo, passou a cobrar explicações sobre a sua administração
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A principal torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, se manifestou sobre o apoio dado a Augusto Melo durante sua campanha para a sua presidência do clube. Diante dos recentes acontecimentos e da crise administrativa que envolve o mandatário, a torcida foi questionada se havia arrependimento em relação ao suporte oferecido na eleição.
Em entrevista, representantes da Gaviões afirmaram que o grupo sempre buscou o melhor para o Corinthians e que o apoio a Augusto Melo foi baseado em promessas de mudanças estruturais e maior transparência na gestão. No entanto, com os desdobramentos do caso VaideBet e os problemas internos do clube, a torcida passou a cobrar explicações e medidas concretas para solucionar a crise.
A Gaviões da Fiel destacou que sua prioridade é a defesa dos interesses do Corinthians e que, independentemente de quem esteja na presidência, a torcida sempre se posicionará contra decisões que prejudiquem o clube. Nos últimos meses, o grupo tem pressionado a diretoria por mais clareza nas ações e exigido respostas sobre as denúncias que envolvem Augusto Melo.
Além disso, a torcida organizada não se opôs ao processo de impeachment do presidente, deixando claro que sua postura mudou diante dos acontecimentos recentes. A Gaviões reforçou que não compactua com irregularidades e que continuará fiscalizando a gestão do clube para garantir que o Timão siga um caminho de estabilidade e crescimento.
O afastamento de Augusto Melo da presidência foi um dos momentos mais marcantes da crise corintiana. A votação do Conselho Deliberativo aprovou o processo de impeachment, e agora o futuro do clube depende da decisão dos associados. A Gaviões da Fiel continuará acompanhando de perto os desdobramentos e reafirma seu compromisso com a instituição.
Com um histórico de luta e participação ativa na política do clube, a torcida organizada deixa claro que seu apoio não é incondicional e que qualquer dirigente deve estar alinhado com os interesses do Corinthians. O momento é de incerteza, mas a Gaviões da Fiel segue firme na defesa do seu clube do coração.
As empresas envolvidas estão atentas para a decisão do clube do Parque São Jorge que pode aliviar as dívidas com um novo contrato
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O Corinthians está diante de uma decisão crucial sobre seu futuro comercial: manter a parceria de mais de 20 anos com a Nike ou avançar nas negociações com a Adidas. A diretoria do clube analisa os riscos jurídicos envolvidos na possível rescisão do contrato atual, que tem validade até 2029, antes de tomar qualquer decisão definitiva.
A proposta da Adidas é atrativa, oferecendo um contrato de R$ 700 milhões garantidos em dez anos, com gatilhos que podem elevar o valor para R$ 1 bilhão. Além disso, a empresa alemã promete um tratamento de elite ao Corinthians, semelhante ao que oferece a clubes europeus como Real Madrid, Bayern de Munique e Manchester United.
Por outro lado, a Nike manifestou interesse em continuar como fornecedora oficial do clube e está disposta a renegociar os termos do contrato para torná-lo mais vantajoso para ambas as partes. A empresa norte-americana já iniciou conversas com a diretoria corintiana para discutir uma possível extensão do vínculo e evitar um rompimento precoce.
Um dos principais desafios para a troca de fornecedora é a questão jurídica. A Nike renovou de forma automática o contrato no final de 2024 na gestão de Augusto Melo, o que pode gerar implicações legais caso o Corinthians decida por encerrar a parceria antes do prazo estipulado. Além disso, a produção dos uniformes para 2026 já está em andamento, o que pode dificultar uma transição imediata para a Adidas.
Outro ponto relevante envolve os produtos licenciados, pelos quais a Nike recebe uma parte dos lucros. Caso o clube decida romper o contrato, será necessário avaliar o impacto financeiro dessa decisão e considerar o pagamento de multas contratuais.
A diretoria corintiana busca uma solução que minimize riscos e maximize benefícios. O Conselho de Orientação do clube está envolvido na análise da proposta da Adidas e na avaliação dos impactos jurídicos de uma possível rescisão com a Nike.
A decisão final ainda não foi tomada, mas o Corinthians está ciente da importância desse movimento estratégico. A escolha entre Nike e Adidas pode impactar não apenas as finanças do clube, mas também sua identidade e posicionamento no mercado esportivo. Nos próximos dias, novas reuniões devem ocorrer para definir o futuro da parceria comercial do Timão.
A manifestação do ex-mandatário corintiano foi feita por conta da reportagem desta quinta-feira (05), que revelou movimentações suspeitas em sua conta
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Após a Polícia Civil ter notificado o ex-presidente do Corinthians, Augusto Melo, a respeito de depósitos "incomuns" em sua conta bancária e do portal 'UOL Esporte' ter tido acesso as movimentações do ex-mandatário corintiano, a defesa de Augusto se pronunciou em nota oficial divulgada nesta quinta-feira (05).
Augusto Melo, ex-presidente do Corinthians, divulgou uma nota de repúdio após notícia do UOL Esporte
Confira o que disse Augusto Melo: "O presidente eleito do Sport Club Corinthians Paulista, Augusto Melo, e sua defesa vêm a público manifestar sua indignação e repudiar a forma como informações sob segredo de justiça vêm sendo reiteradamente vazadas e manipuladas pela imprensa, comprometendo o direito à defesa e expondo injustamente o nome de Augusto Melo.
Não há condições de se aceitar o vazamento de uma documentação importante para sua defesa, em que seus advogados não tiveram acesso ao relatório, ou conclusão ou qualquer fatia do conteúdo que o portal UOL teve.
Defendemos o direito da imprensa, e salientamos nossa resposta ao portal, que entrou em contato respeitosamente e procurou a defesa do presidente antes de publicar o conteúdo. O que precisa ficar frisado é que os depósitos constam em extratos bancários entregues voluntariamente por Augusto Melo à Polícia Civil, mediante autorização expressa para a quebra de seu sigilo bancário. Ou seja, não há ocultação de dados e nenhuma conduta suspeita.
A defesa trabalha com a convicção de que o processo será trancado por falta de justa causa, diante da ausência de qualquer indicio concreto de ilegalidade. E reforça: depósitos de até R$2 mil são tecnicamente o limite aceito por caixas eletrônicos de qualquer banco no Brasil. A verdade prevalecerá." Finalizou o ex-presidente do Corinthians.