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A Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do Corinthians, se manifestou publicamente após o Conselho de Orientação (CORI) recomendar a abertura de um processo contra o ex-presidente Andrés Sanchez. Em nota oficial, a torcida exigiu que o Conselho Deliberativo "cumpra seu papel" e conduza a apuração de forma rigorosa. A decisão do CORI foi tomada por maioria, com nove votos a favor e sete contra, e encaminha o caso para a Comissão de Ética do clube.
A Gaviões criticou os sete conselheiros que votaram contra a investigação, chamando-os de "inimigos do Corinthians". A torcida organizadada afirmou que a decisão apertada revela um "jogo de interesses dentro do clube", apontando que aqueles que anteriormente exigiram punições a ex-presidentes agora recuam e se escondem atrás de discursos vazios. A nota também questiona se os mesmos critérios serão aplicados a Andrés Sanchez ou se ele será tratado de forma diferenciada.
O caso envolve o uso indevido do cartão corporativo do clube por parte de Andrés Sanchez durante seu último mandato, em 2020. O ex-presidente admitiu os gastos pessoais e reembolsou R$ 15 mil recentemente. No entanto, a divulgação de uma fatura do cartão, com compras realizadas em Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, incluindo passeio de barco, hospedagem em hotel e refeições, gerou polêmica. Os gastos totalizaram R$ 9.416.
A Gaviões da Fiel reafirmou seu compromisso com a fiscalização da gestão do clube e com a defesa dos interesses da torcida. A torcida organizadada promete seguir mobilizada em busca de transparência e justiça no caso.
A situação gerou debates internos no Corinthians, com diferentes posicionamentos entre conselheiros e membros da diretoria. A pressão da torcida organizada e a recomendação do CORI indicam que o clube enfrentará discussões intensas sobre o caso nos próximos dias.
Equipe paulista obteve decisão favorável da Justiça que isenta cobrança de tributo sobre receitas como publicidade e royalties
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A Vara da Fazenda Pública concedeu decisão favorável ao Corinthians em processo que discutia a cobrança de ISS sobre diversas receitas do clube. A Justiça entendeu que atividades como patrocínios, cessão de marca, mídia estática e locação de espaços não se enquadram na definição legal de prestação de serviços.
Segundo a sentença, essas atividades não configuram um “fazer”, como exige a legislação para a cobrança do imposto. Com isso, a cobrança de aproximadamente R$ 300 milhões foi considerada inconstitucional, retirando a maior parte da dívida do clube em discussão judicial.
Além disso, o Corinthians já havia firmado um acordo com a Prefeitura para pagar outros autos de infração, no valor de R$ 87,7 milhões, os quais foram excluídos do processo. A medida foi um fator relevante para a readequação do total discutido judicialmente.
A sentença representa um impacto direto na gestão financeira do clube, que vive um cenário de atenção às finanças, e de crise política envolvendo os ex-presidentes Augusto Melo e Andrés Sanchez. A decisão, no entanto, ainda cabe recurso por parte da Prefeitura de São Paulo, o que pode reabrir o debate judicial no futuro.
A ação foi inicialmente divulgada pelo ge e confirmada por outras fontes. A análise da Justiça reafirma o entendimento de que determinadas fontes de receita do clube não configuram obrigação de pagamento do imposto municipal.
Ex-presidente do Timão que é conselheiro vitalício do clube já havia pagado no último sábado, a quantia referente ao primeiro gasto indevido
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O ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, novamente se tornou o centro das atenções após a divulgação de uma nova fatura do cartão corporativo do clube, que aponta indícios adicionais de despesas pessoais realizadas durante sua gestão. O documento, revelado nas redes sociais, inclui registros de compras em destinos turísticos como Tibau do Sul (RN) e Fernando de Noronha e em restaurantes passando os valores de seis mil reais, realizadas entre 2019 e 2020, período em que Sánchez estava afastado da presidência para homenagear vice-presidentes do clube.
Entre os gastos identificados estão hospedagens, passeios e refeições em locais sem relação com atividades oficiais do Corinthians. A nova fatura reforça suspeitas já levantadas anteriormente, levando o Conselho de Orientação (Cori) a aprovar, por maioria apertada, o encaminhamento do caso à Comissão de Ética do clube. A decisão foi tomada em reunião realizada na última segunda-feira (14), com presença de ex-dirigentes como Duílio Monteiro Alves e Mário Gobbi.
Sanchez reconheceu o uso indevido do cartão e justificou o erro como uma confusão entre cartões pessoais e corporativos, ambos emitidos pelo mesmo banco. Em nota pública, afirmou que já providenciou o reembolso dos valores, incluindo juros e correção monetária, totalizando R$ 15 mil depositados na conta do clube. Apesar disso, o episódio gerou forte repercussão entre conselheiros e torcedores, com cobranças por maior transparência na gestão financeira.
A Comissão de Ética deverá avaliar se houve violação dos princípios administrativos e se medidas disciplinares serão aplicadas. O caso também reacende o debate sobre o uso de cartões corporativos por dirigentes esportivos e a necessidade de regulamentações mais rígidas para evitar abusos.
Atualmente, Andrés Sanchez atualmente é conselheiro vitalício e segue atuante nos bastidores do Parque São Jorge. Embora afirme não ter intenção de retornar à presidência, sua influência política permanece significativa. A expectativa é que o clube adote novas diretrizes para garantir maior controle sobre os recursos institucionais e preservar sua imagem diante da torcida e da opinião pública.
Decisão favorável ao alvinegro foi de uma ação que o Município de São Paulo havia feito referente aos anos de 2015 até 2018
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O Sport Club Corinthians Paulista obteve uma importante vitória na Justiça ao conseguir a anulação de autos de infração que totalizavam R$ 298,3 milhões referentes à cobrança de ISS (Imposto Sobre Serviços) pelo Município de São Paulo. A decisão, publicada em 10 de julho de 2025, abrange o período entre 2015 e 2018 e representa um marco na reestruturação financeira do clube.
A Prefeitura alegava que receitas oriundas de patrocínios, royalties, direitos de transmissão, mídia estática e o programa Fiel Torcedor configuravam prestação de serviços, justificando a incidência do imposto. No entanto, a defesa do Corinthians sustentou que tais atividades não se enquadram como serviços tributáveis, argumento que foi acolhido pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). A Corte baseou-se em precedentes do próprio TJ-SP e do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já haviam declarado a inconstitucionalidade de cobranças semelhantes.
Além de cancelar os autos de infração, a Justiça determinou que o Município de São Paulo arque com as custas processuais e os honorários advocatícios, reforçando o entendimento de que a tributação era indevida. O superintendente de negócios jurídicos do clube, Leonardo Pantaleão, destacou que a decisão contribui para a recuperação da credibilidade institucional e financeira da agremiação.
Apesar da vitória, o processo ainda está sujeito a reexame necessário, o que significa que a decisão poderá ser revista em instâncias superiores. Mesmo assim, o resultado é considerado um avanço significativo na luta dos clubes contra autuações fiscais que, segundo especialistas, ampliam indevidamente o conceito jurídico de serviço.
Atolado em dívidas, essa decisão a favor do clube do Parque São Jorge é um alívio para a diretoria interina que tem buscado solucionar os graves problemas financeiros que o alvinegro tem passado. Por conta disso, existe investigações sobre sonegação fiscal e reavaliação de contas dos anos de 2023 e 2024.
A conquista do Corinthians se soma a decisões semelhantes obtidas por outros clubes paulistas, como Palmeiras e São Paulo, que também conseguiram afastar cobranças milionárias de ISS nos últimos anos. O caso reacende o debate sobre a tributação de entidades esportivas e a necessidade de critérios mais claros para definir o que constitui prestação de serviço no contexto do futebol profissional.