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Neste domingo, 9, dirigentes da Libra e da Liga Forte União (LFU) se reuniram e conversam sobre os dois grupos organizarem a primeira divisão do Campeonato Brasileiro de 2027 sem a participação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A informação foi divulgada no “Blog do Lauro Jardim”, do jornal “O Globo”.
As duas ligas já haviam se unido para vender os direitos de transmissão da Série B de 2025. Os dois blocos, que estavam em lados opostos na divisão dos direitos de TV da Série A, têm estreitado relações. Em fevereiro, foi aprovada pela Libra a criação do “Comitê de Integração de Ligas”.
"Recebemos com grande satisfação essa notícia [do Comitê]. A LFU sempre defendeu a adoção da Liga Unificada e, por isso, consideramos este ato como um avanço na direção desse caminho. Juntos, os clubes são muito mais fortes. Temos convicção que essa é a melhor solução para o futebol brasileiro", comentou Marcelo Paz, presidente da LFU, na ocasião.
O Corinthians faz parte da Liga Forte União. No fim do mês de fevereiro, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, marcou presença em uma reunião celebrativa da LFU. Além do Timão, Internacional, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Botafogo, Fortaleza, Mirassol, Juventude, Ceará e Sport fazem parte da liga.
Já a Libra conta com menos equipes da Série A: Atlético-MG, Bahia, Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo, Vitória e Santos, que subiu para a primeira divisão do futebol brasileiro em 2025.
Concorrentes fazem uma grande disputa pelo Timão e o presidente interino do clube do Parque São Jorge, se reuniu com as fornecedoras de material esportivo
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Segue mais um novo capítulo da guerra entre a Nike e a Adidas para patrocinar o Corinthians pelos próximos anos e segundo a repórter do portal 'UOL Esporte', Lívia Camilo, o presidente interino do Timão se reuniu com as fornecedoras de material esportivo nesta semana, a fim de ouvir as propostas.
Adidas faz nova proposta para patrocinar o Corinthians e aumenta pressão na Nike - veja a oferta
A atual fornecedora de material esportiva do Corinthians, a Nike, está pressionada com a nova oferta enviada pela Adidas para patrocinar o clube do Parque São Jorge para os próximos anos, já que a empresa alemã resolveu aumentar a proposta em cerca de R$ 80 a 85 milhões por ano com luvas.
O clube paulista tem contrato vigente com a Nike até o final de 2025, com cláusula automática que estende o vínculo até 2029. Apesar disso, a empresa norte-americana ainda não apresentou uma nova proposta para a diretoria atual do Corinthians. Também existe uma questão contratual que obriga o alvinegro paulista a ser cauteloso.
A Nike já se pronunciou recentemente a respeito da parceria com o Corinthians e revela o compromisso de estender o vínculo: "Há mais de duas décadas, a Nike mantém com orgulho uma das parcerias mais duradouras e bem-sucedidas do futebol brasileiro com o Sport Club Corinthians Paulista. Ao lado da apaixonada Fiel Torcida, a Nike comemorou títulos, lançou campanhas icônicas, apresentou camisas inovadoras e ajudou a elevar a identidade do clube dentro e fora de campo."
A Nike ainda não oficializou sua proposta, mas terá a oportunidade de cobrir a oferta da Adidas, direito previsto em contrato. O que a atual fornecedora já prometeu foi a criação de cláusulas com compromisso de prestar um serviço mais eficiente na entrega e distribuição de materiais, uma das principais reclamações do Corinthians.
Aumento de gastos deu um salto significativo na gestão de Augusto Melo, presidente afastado do clube do Parque São Jorge
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O Corinthians enfrenta um cenário financeiro delicado em 2025, após a nova diretoria interina, liderada por Osmar Stabile, identificar uma série de problemas herdados da gestão anterior, comandada por Augusto Melo. Entre os principais desafios estão adiantamentos de receitas futuras, aumento expressivo da folha salarial e falhas no controle orçamentário.
A folha mensal do clube saltou de R$ 34,7 milhões em 2023 para R$ 42 milhões em 2024, um crescimento de 21%. Esse aumento está relacionado à contratação de mais de 400 funcionários durante o mandato de Melo, o que impactou diretamente os gastos com pessoal, que chegaram a R$ 428,6 milhões no último ano.
Além disso, a nova gestão encontrou dificuldades para acessar dados financeiros básicos, como contratos e projeções de fluxo de caixa. A ausência de um acompanhamento orçamentário para 2026 e a descontinuidade no lançamento de informações no sistema interno dificultam o planejamento e a tomada de decisões estratégicas.
Para conter os danos, a diretoria interina montou uma força-tarefa com nomes experientes, como Emerson Piovesan e Roberto Gavioli, que retornaram ao clube para auxiliar na reorganização financeira. Um relatório emergencial para o Corinthians foi elaborado, apontando pendências com os conselhos internos e órgãos externos, como a Apfut e o Regime Centralizado de Execuções (RCE).
A situação é considerada “desesperadora” pelos dirigentes, que agora buscam medidas de contenção, como revisão de contratos, cortes de gastos e maior transparência na gestão. A expectativa é de que, com essas ações, o clube consiga reequilibrar suas finanças e evitar um agravamento da crise.
Apesar das dificuldades, o Corinthians mantém a meta de arrecadar R$ 181 milhões com vendas de jogadores em 2025, o que pode ajudar a aliviar parte da pressão financeira. A diretoria também aposta em receitas com direitos de transmissão e patrocínios para sustentar o orçamento previsto de R$ 795 milhões no ano. A reconstrução financeira será um dos maiores desafios do clube nesta temporada.
Crias do terrão que já foram vendidos ajudaram a atingir parte dessa meta do alvinegro estipulada na gestão de Augusto Melo
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O Corinthians estabeleceu uma meta ambiciosa de arrecadar R$ 181 milhões com a venda de jogadores em 2025, como parte de seu planejamento financeiro que busca equilibrar as contas e reduzir o endividamento do clube. Até o momento, o Timão já atingiu 41,6% desse objetivo, com R$ 75,3 milhões arrecadados por meio de negociações envolvendo atletas formados nas categorias de base do alvinegro.
Entre as principais transações está a venda do meia Guilherme Biro ao Sharjah, dos Emirados Árabes Unidos, por R$ 14,2 milhões. O jogador já estava emprestado ao clube árabe, que exerceu a opção de compra prevista em contrato assinado. Outra negociação de destaque foi a do jovem lateral Denner, de apenas 17 anos, vendido ao Chelsea por 10 milhões de euros (cerca de R$ 61,1 milhões na cotação da época). O contrato ainda prevê bônus adicionais e participação em uma futura revenda, o que pode aumentar os ganhos do Corinthians.
Apesar do bom início, o clube ainda precisa arrecadar aproximadamente R$ 105,7 milhões até o fim do ano para alcançar a meta estipulada. Internamente, a diretoria reconhece que novas vendas serão necessárias, e nomes como o do volante Breno Bidon, destaque da seleção sub-20, estão sendo monitorados por clubes do exterior.
No entanto, o Corinthians possa vender jogadores mais importantes do elenco como a dupla de ataque Memphis Depay e Yuri Alberto. O holandês tem sido alvo de desejo do Besiktas, enquanto o camisa 9 está no radar do Atlético de Madrid que pensa repor uma possível saída de Ángel Correa.
A meta de R$ 181 milhões faz parte de um orçamento mais amplo, que projeta uma receita bruta de R$ 795 milhões em 2025. A diretoria também espera arrecadar R$ 340 milhões com direitos de transmissão e R$ 212 milhões com patrocínios desta temporada. A estratégia é manter um equilíbrio entre desempenho esportivo e responsabilidade financeira, especialmente diante da dívida total do clube, que ultrapassa R$ 2,4 bilhões.
Com o mercado de transferências prestes a abrir novamente, o Corinthians segue atento a propostas e oportunidades para negociar atletas e, assim, cumprir sua meta orçamentária sem comprometer o desempenho em campo. A expectativa é de que novas movimentações ocorram até o fim da janela de transferências do meio do ano.