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Na noite da última segunda-feira (26), o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou o afastamento cautelar de Augusto Melo da presidência. A decisão foi tomada com 176 votos favoráveis e 57 contrários, além de uma abstenção e uma ausência entre os 236 conselheiros presentes.
Maior torcida organizada do Corinthians se manifesta após afastamento do presidente Augusto Melo
Após a divulgação do resultado e do afastamento oficial de Augusto Melo, a torcida organizada Gaviões da Fiel, a maior do Corinthians, divulgou uma nota oficial falando sobre o impeachment do ex-mandatário corintiano e revelou que está em conversas para agendar uma reunião com Osmar Stabile, que é quem assumirá o clube a partir de agora.
"Na noite desta segunda-feira (26), o Conselho Deliberativo do Corinthians decidiu pelo afastamento do então presidente Augusto Melo. Agora, quem assume interinamente é o 1º vice-presidente, Osmar Stabile. A diretoria do Gaviões da Fiel já articula uma reunião com o novo presidente para entender quais são seus planos para o departamento de futebol, diretoria executiva e sede social do clube.
Deixamos claro que estaremos atentos e acompanhando de perto os trabalhos do Conselho Deliberativo, principalmente no que diz respeito à governança, transparência e responsabilidade com o clube. A Fiel Torcida segue vigilante, esperando que o Conselho mantenha essa postura firme, responsável e incisiva — como nunca antes visto — na defesa dos interesses do Sport Club Corinthians Paulista. O clube precisa, mais do que nunca, de seriedade, compromisso e transparência.
Reafirmamos, mais uma vez, que nossa luta segue firme pela mudança do Estatuto Social do Corinthians, para que o Fiel Torcedor tenha, de forma urgente, o direito ao voto. A participação direta do torcedor nas decisões do clube é fundamental para construirmos um Corinthians mais democrático, forte e verdadeiramente do povo. Seguimos na luta. Pelo Corinthians e pela Fiel Torcida."
Indiciado pelo Ministério Público, presidente afastado afirma inocência, sua defesa e ele afirmam que foi ação de terceiros dentro do clube
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O presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, tem sido o centro das atenções devido ao seu envolvimento no polêmico 'Caso Vai de Bet'.
A investigação policial revelou irregularidades no contrato de patrocínio firmado entre o clube e a empresa de apostas. Isso levou ao indiciamento de dirigentes por crimes como lavagem de dinheiro, associação criminosa além de furto qualificado.
No entanto, Melo nega qualquer participação direta nos supostos desvios e afirma que a responsabilidade recai sobre subalternos que conduziram as negociações.
Desde o início das investigações, Melo tem se defendido alegando que sua atuação se limitou à assinatura do contrato, seguindo os trâmites internos do clube e respeitando as aprovações dos departamentos competentes.
Segundo ele, a intermediação do contrato e os repasses financeiros foram conduzidos por membros da diretoria administrativa e do marketing, sem seu envolvimento direto. Essa posição tem sido reforçada por sua defesa, que classifica o indiciamento como injusto e surpreendente.
A falta de supervisão pode indicar negligência administrativa, o que, por si só, já seria um problema grave para um presidente de clube.
Além disso, a investigação aponta que parte dos valores desviados chegou a empresas ligadas ao crime organizado, mais especificamente o PCC, o que torna o caso ainda mais delicado.
O Conselho Deliberativo do Corinthians já votou pelo afastamento de Melo da presidência, e há pedidos de impeachment em andamento. Por enquanto, Osmar Stabile assumiu o seu lugar.
A pressão sobre ele aumenta à medida que novas informações surgem, e sua defesa precisará apresentar provas concretas para sustentar sua versão dos fatos.
Enquanto isso, a torcida e os conselheiros do clube aguardam desdobramentos que possam esclarecer se Melo foi vítima de uma estrutura corrupta dentro do Corinthians ou se, de fato, teve envolvimento nos atos ilícitos.
O futuro de Augusto Melo e do Corinthians dependerá das próximas decisões judiciais e administrativas que definirão os rumos dessa polêmica envolvendo o clube.
Reunião entre diretoria interina e a empresa esportiva discute parceria estratégica; decisão depende da aprovação do Conselho Deliberativo.
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O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr., revelou que a diretoria interina do clube se reuniu com representantes da Adidas na última terça-feira, 27 de maio. O encontro teve como objetivo discutir uma possível parceria para o fornecimento de material esportivo, substituindo a atual fornecedora, Nike, com quem o clube mantém contrato desde 2003.
A proposta da Adidas inclui um contrato bilionário, com pagamento imediato de luvas, o que representa uma oportunidade significativa para o fortalecimento financeiro do Corinthians, que enfrenta um cenário de dívidas estimadas em cerca de R$ 2,5 bilhões. No entanto, para que o acordo seja formalizado, é necessária a aprovação do Conselho de Orientação (CORI), que ainda não recebeu a proposta oficial da Adidas.
O atual contrato com a Nike, renovado automaticamente em 2018, prevê rescisão unilateral por parte da fornecedora, o que tem gerado desconforto na diretoria corintiana. Além disso, a distribuição dos produtos no Brasil, realizada pela Fisia, tem sido alvo de críticas devido à falta de materiais nas lojas oficiais do clube.
A reunião com a Adidas foi solicitada pela gestão interina do Corinthians, liderada por Osmar Stabile, que busca alternativas para melhorar a situação financeira do clube e fortalecer sua imagem institucional. A proposta da Adidas está sendo analisada pelo CORI, que deve deliberar sobre o assunto nos próximos dias.
A negociação com a Adidas representa uma tentativa do Corinthians de romper com a atual fornecedora e estabelecer uma parceria estratégica que atenda às necessidades do clube e de seus torcedores. A decisão final dependerá da análise criteriosa do CORI e da viabilidade do acordo proposto.
Crise se agrava no Timão com prejuízo milionário, mudanças internas e pressão crescente por resultados no restante da temporada.
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A eliminação precoce do Corinthians na fase de grupos da Copa Sul-Americana agravou a crise nos bastidores do clube. Em resposta ao desempenho decepcionante, o presidente interino Osmar Stabile demitiu mais dois dirigentes influentes no CT Joaquim Grava: Marcos Boccatto, superintendente de Novos Negócios, e Caio do Valle, assessor próximo do ex-presidente Augusto Melo.
Essas demissões fazem parte de uma série de mudanças promovidas por Stabile desde que assumiu o cargo, com o objetivo de afastar remanescentes da gestão anterior. Anteriormente, Tiago Maranhão já havia sido desligado da função de superintendente de comunicação.
A eliminação na Sul-Americana também trouxe prejuízos financeiros significativos ao Corinthians. Segundo estimativas, a queda precoce pode representar um rombo de aproximadamente R$ 20 milhões nas finanças previstas para 2025.
Apesar das mudanças na diretoria, o executivo de futebol Fabinho Soldado e o técnico Dorival Júnior permanecem em seus cargos. Stabile expressou confiança no trabalho de ambos, embora a pressão por resultados positivos aumente.
Com a crise institucional e esportiva instalada, o Corinthians volta suas atenções para as competições restantes na temporada, buscando reverter a situação e reconquistar a confiança da torcida.