Clube
22 Nov 2025 | 15:30 |
No início deste mês, o Corinthians deu início as negociações com a Caixa Econômica Federal, com o intuito de sanar as dívidas em relação a Neo Química Arena. A ideia do clube do Parque São Jorge, é de negociar os naming rights da casa corinthiana com o banco estatal, em uma forma de acabar com o débito, que chega perto dos R$ 700 milhões.
Negociações entre Corinthians e Caixa avançam e Neo Química Arena pode ter dívida quitada
Segundo as informações do jornalista Lauro Jardim, do jornal 'O Globo', as negociações entre Corinthians e Caixa Econômica Federal estão avançando e o clube do Parque São Jorge está mais otimista em acabar com a dívida que já dura mais de 10 anos, desde que o estádio corinthiano foi inaugurado.
A Neo Química (Hypera Pharma) que possui os naming rights da Arena até 2040, receberia o pagamento da multa rescisória e ainda poderia passar a dar o nome do Parque São Jorge, sede do Corinthians. A quitação da dívida pode ajudar o clube alvinegro a diminuir uma pequena parte do débito de quase R$ 3 bilhões.
Apoio da Fiel torcida do Corinthians
A Fiel torcida tem sido um apoio incondicional dentro e fora de campo. A vaquinha realizada pela Gaviões da Fiel vem seguindo a todo a vapor e até novembro deste ano, a campanha Doe Arena Corinthians, seguiu em busca de ajudar o clube do Parque São Jorge. Ao todo, foram arrecadados mais de R$ 40 milhões.
Em nota oficial divulgada na última sexta-feira (21), a Gaviões da Fiel informou que a campanha Doe Arena Corinthians será encerrada na próxima quarta-feira (26). "O Gaviões da Fiel anuncia que a campanha DOE ARENA está chegando ao fim. Na próxima quarta-feira, 26 de novembro, encerraremos oficialmente essa mobilização histórica, que uniu a torcida corinthiana para ajudar na quitação da dívida do nosso estádio junto à Caixa Econômica Federal."
Clube do Parque São Jorge tem enfrentado divergências relacionadas à reforma estatutária e ainda precisa lidar com problemas no MP
22 Nov 2025 | 14:21 |
O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, destacou que a reforma do estatuto pode representar uma saída para os problemas enfrentados pelo clube. A proposta segue tendo alta rejeição e ainda precisa ser votada.
Em entrevista, ele afirmou que a proposta busca reorganizar aspectos financeiros, políticos e administrativos, além de fortalecer a transparência interna. Segundo Tuma, a medida é fundamental para garantir estabilidade e evitar soluções externas que, em sua visão, não atenderiam às necessidades reais da instituição.
Presidente do Conselho deu sua opinião sobre intervenção da justiça: acho muito equivocada...”
Durante a conversa, Tuma criticou a possibilidade de intervenção judicial, levantada pelo Ministério Público. Ele classificou a ideia como inadequada: “Eu acho muito equivocada (a chance de intervenção judicial). Pessoas que não têm conhecimento acham que seria a grande solução, que vai chegar alguém lá, tirar todo mundo e tomar conta do clube."
Tuma ainda continuou: "Um interventor judicial vai chegar e pagar as contas. Quem vai fazer fila na porta não serão os novos sócios, serão os novos credores. E a hora que acabar de pagar contas, se não sobrar nada, fecha o clube. Eu tenho muita preocupação.”
O dirigente reforçou que confia nas instituições responsáveis, mas ressaltou que o caso do Corinthians não se compara a outros exemplos no país: “Obviamente, a gente tem confiança na Justiça, no Ministério Público e na Procuradoria-Geral. Não vão tomar atitude acelerada, porque nós não temos exemplo nenhum no Brasil. Ocorreu no Bahia, e a situação era muito diferente. É muito diferente do que está acontecendo. Eu tenho certeza de que a Justiça não vai acolher.”
Tuma também apontou que o debate sobre intervenção foi impulsionado por pressões externas: “O próprio Ministério Público vai ver que é uma situação muito diferente. Ela está muito mais sendo gerada por questões emocionais, vindas da internet. O promotor, equivocadamente, entrou nisso. Ele está fazendo um trabalho que gente considera sério no âmbito da atribuição dele, mas respondeu muito mais a apelos populares do que técnicos nesta questão.”
A proposta de reforma estatutária segue em discussão no Conselho Deliberativo, enfrentando resistência de setores internos, mas é vista por Romeu Tuma Jr. como essencial para o futuro do Corinthians.
Organizada do alvinegro paulista foi a protagonista de movimento, mas listou os motivos para que ele fosse finalizado ainda em 2025
22 Nov 2025 | 07:00 |
A Gaviões da Fiel anunciou o encerramento da campanha “Doe Arena”, criada para auxiliar na quitação da dívida da Neo Química Arena. O movimento será finalizado oficialmente em 26 de novembro, após um ano de mobilização.
A iniciativa foi lançada em novembro de 2024 em parceria com a Caixa Econômica Federal, com a meta de arrecadar R$ 700 milhões. Até o momento, o projeto conseguiu reunir R$ 41 milhões, valor correspondente a pouco mais de 5% do objetivo inicial.
Em nota oficial, a torcida destacou: “O Gaviões da Fiel anuncia que a campanha DOE ARENA está chegando ao fim. Na próxima quarta-feira, 26 de novembro, encerraremos oficialmente essa mobilização histórica, que uniu a torcida corinthiana para ajudar na quitação da dívida do nosso estádio junto à Caixa Econômica Federal.
Gaviões continuou: “Diante da instabilidade política no Parque São Jorge, denúncias, impeachment de presidente e uma dívida que se aproxima de R$ 3 bilhões, muitos acreditaram que seria impossível. Mas a Fiel provou, mais uma vez, que ser Corinthians é lutar sempre.”
Torcida do Corinthians falou dos problemas que encontraram: enfrentamos desconfiança, críticas da mídia...”
O comunicado também ressaltou as dificuldades enfrentadas: “Chegar a esse marco não foi fácil. Durante um ano, enfrentamos desconfiança, críticas da mídia e um contexto que abalou a credibilidade do clube. Mas também encontramos milhares de corinthianos que não se deixaram abalar, se uniram para mostrar que a paixão pelo Corinthians é maior do que qualquer crise.”
A campanha contou com milhares de contribuições, incluindo doações de torcedores comuns e empresas parceiras. O Estado de São Paulo liderou o ranking de arrecadações, com mais de R$ 28 milhões doados. A maior contribuição individual foi realizada pela empresa Esportes da Sorte, patrocinadora máster do clube.
Segundo balanço recente, a dívida da Neo Química Arena está em torno de R$ 655,3 milhões. O financiamento inicial foi de R$ 400 milhões em 2013, para a construção do estádio utilizado na Copa do Mundo de 2014, mas os juros elevaram o montante ao patamar atual.
A nota finalizou com agradecimentos: “A todos que participaram e aos que ainda vão participar: vocês mostraram, mais uma vez, que o Corinthians é gigante e a Fiel é imbatível. Obrigado por fazer história conosco.”
Vice-presidente do clube do Parque São Jorge contesta auditoria feita e revelou que o alvinegro teria retirado uniformes mais do que o combinado com a Nike
19 Nov 2025 | 17:08 |
O vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça, contestou nesta quarta-feira (19) o relatório de auditoria interna que o implicou em supostas irregularidades envolvendo materiais fornecidos pela Nike. Em coletiva, ele apresentou documentos e criticou o trabalho conduzido pelo diretor de Tecnologia do clube, afirmando que o texto contém inconsistências e carece de rastreabilidade adequada.
Armando Mendonça sobre polêmica: Se comprovar, renuncio.”
Mendonça declarou que não cometeu desvio e que está disposto a abrir mão do cargo caso haja comprovação contra si. “Eu nunca desviei um material do Corinthians. Se comprovar, renuncio”, disse o dirigente, ao sustentar que as movimentações atribuídas foram regulares e registradas conforme os procedimentos internos.
O relatório cita a retirada de 131 itens vinculados ao vice-presidente entre 6 de junho e 30 de outubro de 2025. Segundo Mendonça, o número está incorreto e mistura lançamentos, reservas e movimentos não executados por ele. “Das 131 camisas, 84 não foram retiradas por mim; dessas, 62 sequer saíram”, afirmou, ao exibir e-mails e comprovantes que, segundo sua defesa, demonstram conformidade com as normas do clube.
Na manifestação, o dirigente negou responsabilidade operacional sobre os almoxarifados do CT Joaquim Grava e do Parque São Jorge, dizendo que sua atuação não envolve gestão de estoque. Ele reiterou que as saídas ocorreram para eventos oficiais, ações institucionais e demandas de departamentos, com registros eletrônicos e controles formais. “Toda retirada foi legal e sem benefício pessoal”, declarou.
A auditoria, solicitada pelo presidente Osmar Stábile, apontou aumento no volume de peças recebidas, notas fiscais não lançadas e venda irregular dentro das dependências do clube. O documento foi encaminhado à presidência e ao Conselho Deliberativo, que analisam recomendações de melhoria de governança e compliance nos fluxos de materiais.
Mendonça que precisou dar esclarecimentos à Polícia Civil, disse ter notificado funcionários ligados ao sistema, contestando tecnicamente o relatório e pedindo correções. “Há impropriedades metodológicas e jurídicas; faltam evidências mínimas e base documental idônea”, afirmou, ao comunicar colaboração com as instâncias internas e autoridades para esclarecimento dos fatos.