
Clube
16 Set 2025 | 18:51 |
O caso envolvendo supostas notas fiscais frias no Corinthians ganhou um novo capítulo com o pedido de anulação da investigação feito por um dos empresários citados. Segundo o MP, o dono do restaurante Guaianazes, Clovis Paixão, teria emitido documentos fiscais questionáveis, o empresário entrou com uma ação judicial solicitando que seja interrompida as apurações que envolvem seu nome e o clube.
Segundo a defesa, o processo apresenta irregularidades que comprometem sua legalidade, como a ausência de provas concretas que liguem diretamente o restaurante às práticas ilícitas. O empresário afirma que os serviços prestados foram legítimos e devidamente registrados, e que não há justificativa para a manutenção de seu nome na investigação.
O caso teve início após denúncias de que o Corinthians teria utilizado notas fiscais de empresas que não prestaram os serviços declarados, levantando suspeitas de desvio de recursos e má gestão administrativa. O restaurante em questão aparece como um dos fornecedores que teriam emitido notas sem a correspondente prestação de serviço, o que configura, em tese, crime contra a ordem tributária.
O Ministério Público, por sua vez, sustenta que há indícios suficientes para manter a investigação ativa, especialmente diante da complexidade do esquema e da necessidade de apurar a fundo todas as conexões entre os envolvidos. A Promotoria também reforça que o Corinthians, como entidade de grande relevância social e econômica, deve prezar pela transparência em seus contratos e operações financeiras.
Enquanto o pedido de anulação é analisado pela Justiça, o clube segue sendo pressionado por torcedores e conselheiros para esclarecer os fatos e colaborar com as autoridades. A diretoria atual, liderada por Osmar Stabile, já enviou os documentos solicitados para que a investigação prossiga. Fontes internas indicam que medidas estão sendo tomadas para revisar contratos e reforçar os mecanismos de controle interno. O desfecho da ação poderá impactar diretamente a reputação do Corinthians e a condução de futuras investigações sobre práticas administrativas no futebol brasileiro.
Atletas podem ter sido envolvidos em trama que tem facção criminosa possivelmente infiltrada no clube paulista; MP os chamou para entender toda a situação
16 Set 2025 | 15:10 |
O Ministério Público de São Paulo intensificou uma investigação que aponta possíveis conexões entre o Corinthians e o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa atuante no estado. A apuração ganhou força após o depoimento de Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do clube, que afirmou estar sendo ameaçado por denunciar a infiltração do crime organizado na instituição.
O promotor Cássio Roberto Conserino agora investiga se os jogadores Fausto Vera, Rodrigo Garro e Talles Magno se hospedaram em um apartamento localizado no bairro Anália Franco, supostamente ligado a José Carlos Gonçalves, conhecido como Alemão, apontado como membro influente do PCC. Os atletas foram convocados como testemunhas, e não há suspeitas de envolvimento direto deles em atividades ilícitas.
Além disso, o MP está analisando documentos financeiros do clube, incluindo faturas de cartões corporativos e relatórios de despesas da presidência, referentes ao período de 2018 a 2025. A investigação também envolve suspeitas de emissão de notas fiscais frias por um restaurante associado à antiga gestão de Duilio Monteiro Alves. O depoimento do proprietário, João Clóvis, foi adiado após sua defesa entrar com um habeas corpus.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) aberto no fim de julho, apura crimes como apropriação indébita, estelionato, furto qualificado, falsidade ideológica e associação criminosa. O MP já solicitou o afastamento dos últimos três presidentes do clube, incluindo Andrés Sanchez, Duilio Monteiro Alves e Augusto Melo, embora a Justiça ainda não tenha decidido sobre o pedido. O Corinthians já enviou os documentos que foram pedidos pelo Ministério Público.
A situação lança uma sombra sobre a administração do Corinthians, exigindo transparência e responsabilidade institucional, além de aumentar os problemas envolvendo investigações policiais. A próxima etapa da investigação inclui o depoimento do vice-presidente Armando Mendonça, marcado para a próxima segunda-feira.
Ex-presidente impichado foi afastado do clube devido a invasão do Parque São Jorge em 31 de maio, tentando retomar controle do Timão
12 Set 2025 | 15:00 |
A crise política no Corinthians ganhou novo capítulo. A Comissão de Ética recomendou ao Conselho Deliberativo a suspensão de Augusto Melo, ex-presidente afastado do clube, e de outros 12 conselheiros, por conta da confusão ocorrida no Parque São Jorge, em 31 de maio, quando Augusto tentou retomar a presidência após seu afastamento.
A recomendação é de 60 dias úteis de suspensão ou até o fim da investigação sobre os atos praticados naquela data. O Conselho Deliberativo do Corinthians será responsável por aprovar ou não o afastamento dos implicados.
Dois dos nomes — Mário Mello Júnior e Ronaldo Fernandez Tomé — fazem parte da própria Comissão de Ética. Por isso, foram substituídos por suplentes na votação, que terminou unanimemente a favor da recomendação.
O QUE ACONTECEU EM 31 DE MAIO
Naquele dia, Augusto Melo, acompanhado de aliados, foi ao Parque São Jorge tentando reassumir a presidência, apenas cinco dias após ter sido afastado pelo Conselho Deliberativo em processo de impeachment.
A conselheira Maria Angela de Souza Ocampos, apoiadora de Augusto, chegou a se declarar presidente do Conselho Deliberativo, alegando que a decisão se baseava em parecer da Comissão de Ética de abril, que afastava Romeu Tuma Júnior. Com isso, ela afirmou ter anulado os atos de Tuma desde então, incluindo a votação do impeachment. O movimento não prosperou. O presidente em exercício, Osmar Stabile, permaneceu no cargo e Tuma não reconheceu a troca de comando no Conselho.
A Comissão de Ética abriu instrução probatória para ouvir depoimentos, recolher provas, indicar testemunhas e avaliar individualmente a conduta dos conselheiros. O estatuto do Corinthians prevê três punições possíveis: advertência, suspensão ou expulsão.
Além dos conselheiros, associados também participaram dos atos de 31 de maio. Eles foram identificados por câmeras de monitoramento e agora são investigados em processo separado pela Comissão de Ética dos associados.
Romeu Tuma Júnior segue como alvo de críticas dentro do clube, acusado de parcialidade e de prejudicar a imagem do Corinthians em declarações públicas. Sua defesa, no entanto, alega que não há previsão estatutária para seu afastamento por decisão da Comissão de Ética — caberia ao plenário do Conselho Deliberativo deliberar sobre isso.
Em entrevista ao portal 'UOL Esporte', o presidente do Conselho Deliberativo do clube do Parque São Jorge comentou a política do alvinegro
10 Set 2025 | 18:00 |
Após a coletiva da última segunda-feira (08), o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr, esteve presente no programa De Primeira, do portal 'UOL Esporte' e foi perguntado sobre diversas questões, principalmente no que diz respeito ao processo que está em andamento do Ministério Público de São Paulo, contra os três ex-presidentes do Timão, Augusto Melo, Duílio Monteiro Alves e Andrés Sanchez.
Tuma Jr admite sumiço de documentos do Corinthians em meio a impeachment de Augusto Melo
Nos últimos dias, o promotor Cássio Conserino, que está a frente da investigação dos três ex-presidentes do Corinthians, criticou o clube do Parque São Jorge, por conta da demora para enviar os documentos pedidos pelo Ministério Público de São Paulo. Apesar do atraso, o Timão enviou uma nota oficial confirmando que entregou as documentações.
Presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr admite sumiço de documentos do Corinthians em meio a impeachment de Augusto Melo: "Sumiram."
Romeu Tuma Jr comentou sobre o processo que está em andamento, contra os três ex-presidentes do Corinthians. "Todos aqueles que infringirem o estatuto e contra quem tiver prova vão ser julgados no plenário do Conselho e ninguém vai passar pano para ninguém. A informação que a gente tem, e foi registrado o boletim de ocorrência pela administração, é que sumiram os documentos."
Além disso, o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, comentou sobre as falas ditas em relação a parar de pagar a dívida com a Caixa, da Neo Química Arena. "Não prego o calote, mas alertei como minha obrigação de que isso pode acontecer se a gente não conseguir sanar esses problemas. Eu acho que faltou competência no gerenciamento com a Caixa nesse período."
Após polêmica envolvendo o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Jr, a respeito das falas onde o mandatário aconselha o clube a parar de pagar a dívida da Neo Química Arena, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Antônio Vieira Fernandes, durante entrevista à 'ESPN Brasil', revelou que aceita renegociar débito do Timão com o banco e propôs operação para a quitação da despesa.