Presidente do Corinthians explica atrasos em alojamento da base

O Corinthians ainda enfrenta problemas para voltar ao Movimento dos Clubes Formadores (MCF) por causa de um impasse com o Palmeiras. O rival colocou como condição para o retorno do Timão a dispensa do jogador Pedro Morelli ou o pagamento de R$ 1 milhão. Essa situação se arrasta desde 2024 e trouxe consequências sérias para o clube.

Motivo da briga: Pedro Morelli

Tudo começou quando o Corinthians contratou Pedro Morelli, que tinha vínculo com o Palmeiras até o fim daquele ano. O alviverde acusou o Timão de aliciamento e pediu sua exclusão do MCF. Desde então, o Corinthians ficou fora do movimento, o que significa menos proteção para as categorias de base e dificuldades para disputar torneios fora da Federação Paulista e da CBF.

Corinthians quase foi excluído de competição

O problema quase custou caro em 2026: sem estar no MCF, o Corinthians correu risco de ficar fora da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A Copinha é a principal vitrine para jovens talentos e a ausência seria um baque enorme para o clube. A situação só não se concretizou porque houve negociação direta com a organização, que liberou a participação mesmo sem o Timão estar regularizado no movimento.

Palmeiras quer jogador de volta ou dinheiro

O Palmeiras insiste que só aceita o retorno do Corinthians se o clube abrir mão de Morelli ou pagar o valor pedido. A diretoria alvinegra descarta liberar o atleta e considera a quantia alta. O contrato firmado pela gestão anterior prevê que o Timão tem 50% dos direitos econômicos do jogador e, caso ele seja profissionalizado, ainda teria de investir R$ 1,5 milhão para adquirir mais 30%.

Diretoria quer evitar mais transtornos

Enquanto isso, o Corinthians busca alternativas para proteger suas categorias de base e garantir presença em competições importantes. O MCF, presidido por Carlos Brazil, já afirmou que a volta depende de acordo entre os clubes. Até lá, o Timão segue tentando resolver o impasse e evitar novos riscos para seus jovens atletas e para o futuro da formação alvinegra.

Um dos principais nomes do Corinthians sub-17, Gui Bom é mais um jogador das categorias de base do clube do Parque São Jorge, a ter a sua multa rescisória elevada pela diretoria corinthiana. O Timão concluiu as negociações com o empresário André Cury e definiu um aditivo contratual no vínculo do atacante de 17 anos.

Diretoria do Corinthians aumenta multa rescisória de mais um jovem da base

Após as indefinições quanto a contratações para o elenco profissional e a saída do jovem Kauê Furquim para o Bahia, a diretoria do Corinthians definiu um plano de renovar com os principais atletas das categorias de base do clube do Parque São Jorge, com o temor de perder mais atletas com multa rescisória baixa.

Após renovar com nomes como Gui Amorim, Nicollas, entre outros jovens jogadores, chegou a vez do Corinthians mexer no contrato de Gui Bom, que tem vínculo com o alvinegro paulista até dezembro de 2027 e afastar o interesse de clubes brasileiros e também do exterior, que agora veem multa rescisória do atleta subir para 100 milhões de euros (R$ 619,58 milhões na cotação atual) para tirar o atleta do Timão.

As tratativas iniciaram no meio deste ano com o Corinthians, porém, Gui Bom sofreu uma ruptura parcial do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo e está em recuperação, com retorno previsto para a próxima temporada. Em março de 2026, o atleta vai completar 18 anos, o que deve fazer o jogador ir de forma definitiva para o sub-20 já em janeiro do ano que vem.

Nesta temporada, Gui Bom marcou 11 gols em 14 partidas na categoria sub-17 e também atuou pelo sub-20, com um gol em cinco jogos. O atacante é uma aposta para o futuro do Corinthians, assim como o jovem Gui Negão, que tem sido observado por diversos clubes do futebol europeu.

O Corinthians promoveu uma ampla reformulação em suas categorias de base alvinegra e anunciou a dispensa de cerca de 50 atletas dos times sub-12 e sub-13, em decisão tomada nesta quinta-feira (27).

A justificativa do Corinthians

O movimento faz parte de um processo de reorganização interna iniciado recentemente no departamento de formação. A justificativa apresentada pela diretoria foi o inchaço do elenco e a baixa qualidade técnica observada em alguns grupos. A medida busca abrir espaço para novos talentos que serão avaliados em peneiras e testes programados para o início de 2026.

Atual gestão culpa a anterior

Segundo informações, a lista de desligados foi elaborada com base em critérios técnicos definidos pelos treinadores responsáveis por cada categoria. A atual gestão destacou que o número de dispensas poderia ter sido menor caso o processo tivesse ocorrido ainda em dezembro de 2024, durante a administração anterior.

Jogadores dispensados podem retornar se evoluírem

Apesar da saída em massa, o clube ressaltou que alguns dos jovens poderão retornar futuramente ao Parque São Jorge, caso apresentem evolução em competições externas ou em avaliações posteriores. O Corinthians pretende seguir monitorando nomes que possam se destacar em torneios regionais e nacionais.

Funcionários foram demitidos anteriormente

Nos últimos dias, o departamento de base já havia passado por cortes de funcionários, reforçando a ideia de ajustes estruturais. A intenção da diretoria é reduzir custos e otimizar recursos, sem comprometer o desenvolvimento de atletas considerados promissores.

Reformulações em outras categorias

O presidente Osmar Stabile também vem conduzindo medidas de contenção em outras modalidades do clube, reforçando a política de austeridade. A reformulação atual se soma às mudanças realizadas em categorias superiores, como sub-14, sub-15 e sub-17, que também tiveram desligamentos ao longo do ano.

Com a decisão, o Corinthians reforça o planejamento de enxugar a base para garantir maior qualidade no processo de formação, priorizando jovens com potencial de chegar ao time principal no futuro.