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O Corinthians Feminino está próximo de concretizar uma das transações mais relevantes da história do futebol feminino no Brasil. A zagueira Daniela Arias está a caminho do San Diego Wave FC, equipe que disputa a National Women's Soccer League (NWSL), principal liga dos Estados Unidos, conforme revelou a ESPN norte-americana.
A negociação está avaliada em aproximadamente 150 mil dólares, o que representa cerca de R$ 855 mil na cotação atual. Se confirmada, essa será a terceira maior venda de uma atleta no futebol feminino brasileiro até o momento.
As duas maiores transações do país envolvem Priscila, ex-Internacional, vendida ao Club América, do México, por R$ 2,8 milhões, e Tarciane, ex-zagueira do próprio Corinthians, que se transferiu ao Houston Dash, dos Estados Unidos, por R$ 2,5 milhões.
A possível saída de Arias destaca o crescimento do mercado de transferências no futebol feminino. Até poucos anos atrás, negociações desse tipo eram raras, especialmente devido aos curtos contratos, normalmente de apenas 12 meses, que dificultavam a obtenção de receitas por parte dos clubes formadores.
Mesmo com o avanço das negociações no cenário nacional e internacional, o Corinthians viu uma debandada recente sem lucro. Na última janela de transferências, nove jogadoras deixaram o clube de forma gratuita, sem qualquer compensação financeira. Entre elas estão nomes importantes como Gabi Portilho, Jheniffer, Millene, Yasmim, Fernanda, Isabela, Ju Ferreira, Carol Tavares e Mary Camilo.
Essa situação reforça a importância de se estabelecer vínculos mais duradouros e estratégicos com atletas do elenco, garantindo retorno técnico e financeiro ao clube.
Próximos compromissos das Brabas
Após a derrota para o São Paulo nos pênaltis na final da Supercopa Feminina 2025, o Corinthians já se prepara para o início do Brasileirão Feminino. A estreia será na próxima segunda-feira (25), às 19h, contra o Real Brasília, no Estádio Bezerrão, em Gama.
Com o possível desfecho da venda de Daniela Arias e o início do calendário nacional, o clube entra em um momento de renovação e reorganização, buscando manter sua hegemonia no futebol feminino brasileiro.
Maior clássico entre seleções da América do Sul, o Brasil encara os hermanos fora de casa, na próxima terça-feira, às 21h, no Monumental de Nuñez
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Após vitória na última quinta-feira contra a Colômbia, a Seleção Brasileira se prepara para o grande teste nesta Data Fifa e vai encarar a Argentina fora de casa, na próxima terça-feira (25), às 21h, no Estádio Monumental de Nuñez, em partida válida pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
Ex-Corinthians projeta partida difícil contra a Argentina pelas Eliminatórias: "Clássico"
Ex-Corinthians, o zagueiro Marquinhos concedeu entrevista coletiva neste domingo (23), para falar sobre o principal clássico da América do Sul, entre Brasil e Argentina. O defensor do Paris Saint-Germain, pontuou que, todos os confrontos contra os hermanos nunca serão uma partida qualquer.
"Brasil x Argentina nunca vai ser um jogo qualquer, nunca vai ser apenas um amistoso ou um jogo de Eliminatórias, vai ser sempre uma final de campeonato e um clássico muito grande para a gente. Essa é a mentalidade, a motivação e a energia que temos que levar para esse jogo. Esse é o tipo de jogo que gostamos e queremos jogar, a motivação é fácil para um jogo como esse." Disse o ex-zagueiro do Corinthians.
"É um clássico à parte, tem muita história envolvida, é um jogo difícil, aguerrido, de contato e duelos, onde as duas equipes lutam e se matam a cada bola dentro de campo. São duas equipes que vivem momentos diferentes, a Argentina recém campeã do mundo, e a gente se encaixando, se entendendo cada vez mais e tentando crescer a cada jogo."
Liderança dentro do grupo
"Dentro de um time, no clube e na Seleção, existem lideranças sem braçadeira. Muda pouca coisa, usando a braçadeira ou não, vou sempre entregar o melhor, falando, motivando, passando uma palavra. Muda mesmo é ir tirar o cara ou coroa e falar mais no vestiário, mas estamos sempre ativos. Existem lideranças sem braçadeira, mas que são fortes em um grupo."
Vinicius Cascone, diretor jurídico do clube, também revelou que o Timão mantém uma estratégia alternativa para quitar a dívida da Neo Química Arena
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Mesmo com a campanha “Doe Arena” em andamento, o Corinthians mantém uma estratégia alternativa para quitar a dívida da Neo Química Arena. A revelação foi feita por Vinicius Cascone, diretor jurídico do clube, em entrevista à Rádio Bandeirantes na última sexta-feira (22). Segundo o dirigente, a diretoria tem um plano bem estruturado, herdado e aprimorado a partir de gestões anteriores, que poderá ser ativado caso os valores arrecadados pela vaquinha organizada pela Gaviões da Fiel não sejam suficientes para quitar os débitos com a Caixa Econômica Federal.
“Temos um plano que já foi discutido em gestões anteriores. Também é um plano que tem bastante viabilidade. Seguramos o plano, inclusive, por causa da questão da vaquinha, para não colidir com ela. Incentivamos muito a vaquinha, uma iniciativa fenomenal da Gaviões, mas temos um plano também para equacionar essa situação”, destacou Cascone.
A iniciativa paralela ainda não teve detalhes revelados, mas gira em torno da utilização do fundo imobiliário do estádio. Na época da gestão de Duilio Monteiro Alves, já havia sido cogitada a venda de até 49% das cotas do fundo, permitindo a participação direta de torcedores como investidores minoritários. A ideia é oferecer uma nova forma de engajamento da Fiel, transformando a torcida em parte ativa na quitação da Arena.
“O plano já estava pré-elaborado e estamos aperfeiçoando. A ideia é sempre contar com a torcida, cada vez mais, colocando-a como parte do processo, como parte do Corinthians”, completou o dirigente, evitando aprofundar os detalhes até que a vaquinha seja concluída.
Além disso, Cascone também descartou a possibilidade de alteração nos naming rights do estádio. O acordo com a Neo Química, marca do grupo Hypera Pharma, segue em vigor até 2040 e, segundo ele, a parceria é valorizada pela atual gestão.
“Neste momento, o contrato está em vigor. Nós respeitamos muito a Neo Química, que é uma ótima parceira do clube, e confiamos na manutenção desse projeto”, finalizou.
A campanha “Doe Arena” já ultrapassou a marca de R$ 38 milhões em doações e tem como objetivo alcançar R$ 700 milhões até maio. A mobilização da torcida segue intensa, com apoio da diretoria e diversas ações nas redes sociais e nos jogos do Timão.
A recuperação defensiva coincide com mudanças importantes no sistema tático e nas peças utilizadas pelo técnico Ramón Díaz
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Após um início de temporada marcado por falhas defensivas, o Corinthians vive um momento de estabilidade no setor sob o comando de Ramón Díaz. Nas primeiras 14 partidas de 2025, o time foi vazado 16 vezes, com média de 1,14 gols sofridos por jogo. No entanto, nas cinco partidas mais recentes, a equipe sofreu apenas dois gols e não foi vazada em três delas. O desempenho defensivo, assim, evoluiu e a média caiu para 0,8 por confronto.
A recuperação defensiva coincide com mudanças importantes no sistema tático e nas peças utilizadas. O retorno de Gustavo Henrique, após lesão, e a consolidação de Félix Torres como titular formaram uma nova dupla de zaga, que mostrou solidez. Juntos, os dois zagueiros sofreram gols apenas diante do Santos e no primeiro tempo contra o Barcelona de Guayaquil, pela Libertadores. Na ocasião, o gol equatoriano foi fruto de um pênalti cometido por João Pedro Tchoca, que substituiu Torres no intervalo.
Além disso, a entrada de Fabrizio Angileri na lateral esquerda também teve impacto imediato. Em sua estreia, contra o Mirassol, o argentino deu uma assistência para Memphis Depay. Desde então, assumiu a titularidade e se destacou, contribuindo ofensivamente e mostrando segurança na marcação, especialmente no clássico contra o Palmeiras.
Outra modificação relevante foi a entrada de José Martínez no lugar de Breno Bidon. Com perfil mais defensivo, o venezuelano passou a fazer dupla de volantes com Raniele, reforçando a proteção à zaga.
No aspecto tático, Ramón Díaz também alterou a postura do time sem a bola. Memphis Depay, antes preservado na recomposição, passou a integrar a segunda linha do meio-campo no 4-4-2 em losango, cobrindo o lado esquerdo. Mesmo assumindo funções defensivas, o camisa 10 manteve sua produtividade ofensiva: três assistências e um gol nos últimos cinco jogos.
Embora o ataque tenha visto sua média de gols cair de 1,71 para 1,4 por partida, vale destacar que os últimos cinco jogos foram todos em formato eliminatório, com adversários mais qualificados. Ainda assim, o equilíbrio entre defesa e ataque tem sido um dos trunfos do Timão na reta final do Campeonato Paulista.