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Augusto Melo negou a possibilidade de renunciar à presidência do Corinthians após ser indiciado pela Polícia Civil de São Paulo. O dirigente foi enquadrado nos crimes de associação criminosa, furto qualificado e lavagem de dinheiro.
Em entrevista na Neo Química Arena, Augusto disse confiar na Justiça e reafirmou que não possui qualquer envolvimento com empresas ligadas ao caso. O presidente destacou que deseja o prosseguimento das investigações.
O dirigente esteve acompanhado de seu advogado, Ricardo Cury, que criticou o inquérito por supostamente apresentar apenas "ilações". Segundo Cury, não há individualização das condutas atribuídas ao presidente.
Além de Augusto Melo, também foram indiciados Sérgio Moura, ex-superintendente do clube, Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, e Alex Cassundé, apontado como intermediário no contrato com a patrocinadora.
Na próxima segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Corinthians votará a possível destituição de Augusto Melo. A Justiça manteve a realização da sessão e negou o afastamento do presidente do Conselho, Romeu Tuma Jr.
Entre notas de supermercado e medicamentos comprados fora de SP, relatório levanta suspeitas sobre o uso de adiantamentos
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Um relatório de prestação de contas da presidência do Corinthians, referente ao período de 26 de setembro a 31 de outubro de 2023, aponta 176 despesas que somam R$ 86,5 mil. Deste total, R$ 80 mil teriam sido entregues em espécie ao então presidente Duílio Monteiro Alves, em três parcelas.
A maior parte do valor foi usada em alimentação, com destaque para sete notas fiscais emitidas pelo “Oliveira Minimercado”, que totalizam R$ 32,5 mil em serviços de buffet. O endereço da empresa, no entanto, corresponde a uma residência no Jardim Ângela, sem sinais de funcionamento comercial.
Outros gastos envolvem redes de fast food, padarias, bebidas alcoólicas, medicamentos – incluindo remédios para disfunção erétil comprados no mesmo dia de um jogo do Timão em Fortaleza –, além de barbearia, lavanderia e até um cachorro de pelúcia. No setor de transporte, foram R$ 13,8 mil em abastecimento e manutenção.
O documento foi assinado por Denilson Grillo, ex-motorista de Duílio, que negou a autoria da rubrica. Já os ex-dirigentes Wesley Melo e João de Oliveira disseram não reconhecer o relatório. O Conselho de Orientação de Orientação recomendou envio do caso à Comissão de Ética, que pode propor a exclusão do ex-presidente do quadro social.
Em nota, Duílio afirmou que sua gestão controlou gastos e elevou o faturamento do clube. Ele declarou que não teve acesso aos documentos citados e, por isso, só irá se manifestar quando puder verificar as informações. Após a publicação da reportagem, disse que apresentaria uma notícia-crime à DRADES contra a circulação dos dados.
O clube enfrenta sequência difícil no Brasileirão e precisa reagir mesmo com elenco limitado, protestos da torcida e crise institucional
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O Corinthians atravessa um período de instabilidade que vai além das quatro linhas. A gestão do clube enfrenta sérios desafios administrativos e financeiros, que refletem diretamente no desempenho da equipe dentro de campo. A falta de transparência e as recentes polêmicas, como o sumiço de documentos importantes, têm gerado desconfiança entre torcedores e membros do clube.
No aspecto esportivo, a equipe comandada por Dorival Júnior enfrenta dificuldades em obter resultados positivos. A sequência de jogos no Campeonato Brasileiro se apresenta desafiadora, e a pressão por uma reação imediata é crescente. A comissão técnica busca alternativas para reverter o cenário atual, mas a falta de recursos e a instabilidade interna complicam os planos.
A torcida, tradicionalmente apaixonada e engajada, também demonstra preocupação. A recente convocação de protestos, como o organizado pela Gaviões da Fiel, evidencia o descontentamento da massa alvinegra com a atual administração. A cobrança por respostas claras e ações concretas é uma constante nas manifestações.
Além disso, a situação financeira do clube, agravada por dívidas e contratos controversos, limita as opções para reforçar o elenco e investir em melhorias estruturais. A necessidade de uma reestruturação administrativa e esportiva é urgente para que o Corinthians possa retomar seu caminho de sucesso.
Em meio a esse cenário desafiador, o Corinthians precisa encontrar soluções rápidas e eficazes para superar a crise. A união entre diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida será fundamental para que o clube volte a trilhar o caminho das vitórias e reconquiste a confiança de sua apaixonada torcida.
Manifestação acontecerá em frente ao Parque São Jorge na próxima quinta-feira, convocando torcedores para pressionar por respostas claras
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A principal torcida organizada do Corinthians, a Gaviões da Fiel, convocou seus membros e torcedores em geral para um protesto nesta quinta-feira (24), às 19h10, em frente ao Parque São Jorge, sede social do clube. O ato visa cobrar explicações sobre o desaparecimento de documentos oficiais relacionados à gestão do presidente Duilio Monteiro Alves.
Segundo a Gaviões da Fiel, a falta de transparência e a ausência de respostas por parte da diretoria motivaram a manifestação. A torcida exige esclarecimentos sobre os gastos realizados durante a gestão atual e questiona a destinação de recursos do clube.
A convocação foi feita por meio das redes sociais da organizada, que destacou a importância da participação de todos os torcedores que compartilham da mesma preocupação. A manifestação será pacífica e busca chamar a atenção para a necessidade de maior responsabilidade na administração do Corinthians.
A Gaviões da Fiel tem histórico de mobilizações em defesa do clube e já realizou protestos semelhantes em outras ocasiões. A torcida espera que a atual gestão atenda às demandas e promova as mudanças necessárias para o bem do Corinthians.
O protesto está aberto a todos os torcedores, organizados ou não, e visa reforçar a importância da participação ativa da torcida na vida do clube.