Casagrande afirma que Corinthians não é favorito ao título do Brasileirão Betano

Após o empate diante do Botafogo, Dorival Júnior comentou sobre os impactos da crise política vivida pelo Corinthians em 2025. O treinador destacou que enfrentou obstáculos inéditos em sua carreira no comando do alvinegro paulista.

“Tivemos muitas dificuldades ao longo do campeonato, eu não minto. O torcedor sabe muito bem do que estou falando, tivemos uma sequência absurda com a falta de oito ou nove jogadores. Essas dificuldades foram avolumadas com tudo o que veio acontecer ao longo do ano, e vocês acompanharam isso. Nós procuramos fazer o nosso trabalho da maneira mais limpa possível. Vou ser bem sincero com vocês: as dificuldades que passamos aqui esse ano, eu não havia passado em clube algum,” falou o treinador do Timão.

Dorival Júnior relembrou que o alvinegro não ficou no Z4: “em momento algum, nos aproximamos da zona do rebaixamento...”

Dorival também ressaltou que, apesar dos problemas internos, o Corinthians não correu risco de rebaixamento. “Mesmo assim, em momento algum, nos aproximamos da zona do rebaixamento. Muito diferente do que aconteceu nas últimas três edições do campeonato. Nesse ano, ao contrário, não ficamos apertados em sentido algum. É uma equipe que tem suas necessidades, que precisa de peças que venham fortalecer. Nunca escondi isso, mas não aconteceu. Como não aconteceu, tivemos dificuldades maiores.”

Proibição de contratar atrapalhou os planos do treinador no Corinthians

O técnico reforçou que a falta de reforços foi um dos pontos mais críticos. “O nível de investimento de todas as equipes que compõem a Série A do Brasileirão foi muito alto, e o Corinthians não pôde participar em sentido algum disso. Em razão disso, posso afirmar que nosso trabalho foi muito satisfatório. Estamos no caminho, trabalhando muito e, quem sabe, podemos terminar o ano um pouco diferente daquilo que pensam sobre a nossa equipe.”

Esperança de um 2026 melhor

Dorival ainda destacou que o elenco conseguiu se manter competitivo mesmo diante das limitações. “Não tenho dúvidas: se o trabalho for mantido, podemos ter uma temporada diferente, desde que algumas situações sejam corrigidas. O torcedor pode ter certeza de que estamos fazendo o máximo possível dentro das condições que temos.”

Dorival Júnior falou da crise política

Por fim, o treinador deixou claro que a crise política influenciou diretamente o ambiente do clube. “As dificuldades que enfrentamos não foram apenas dentro de campo, mas também fora dele. Isso pesou muito no dia a dia, mas seguimos firmes. O Corinthians é grande e vai superar esse momento.”

O Corinthians inicia dezembro com quatro jogadores em situação indefinida. O atacante Ángel Romero, o lateral Fabrizio Angileri, o volante Maycon e o atacante Talles Magno possuem contrato válido até 31 de dezembro de 2025 e ainda não tiveram futuro definido pela diretoria.

Romero vive situação diferente comparada com a de Angileri

Romero, ídolo da Fiel e com mais de 370 partidas pelo clube, perdeu espaço ao longo da temporada e hoje é opção de banco. Apesar disso, o paraguaio segue aguardando conversa oficial para saber se continuará no elenco. Angileri, contratado no primeiro semestre, disputou 34 jogos e soma duas assistências. O argentino é o único do grupo com possibilidade concreta de renovação, já que a diretoria mantém contato com seus representantes.

Maycon é a negociação mais difícil da diretoria do Corinthians

Maycon, capitão em algumas partidas sob Dorival Júnior, vive situação mais delicada. O volante pertence ao Shakhtar Donetsk, que acionou a Fifa cobrando valores referentes ao empréstimo. Para mantê-lo, o Corinthians precisaria negociar diretamente com os ucranianos, mas até agora não houve avanço. O jogador recebeu sondagens de clubes nacionais e internacionais.

Talles deve retornar ao Estados Unidos

Talles Magno, emprestado pelo New York City, também tem vínculo até dezembro. O atacante perdeu espaço após a chegada de reforços e a ascensão de jovens da base, como Gui Negão e Kayke. A permanência dependeria de novo acordo com o clube da MLS, o que ainda não foi discutido.

Timão quer aliviar a folha salarial

Essas indefinições acontecem em meio ao planejamento para 2026. A diretoria busca reduzir custos e abrir espaço para contratações pontuais. A saída de Igor Coronado, que rescindiu contrato em julho, exemplifica a política de ajustes financeiros.

Com competições importantes no calendário, como o Campeonato Paulista, Brasileirão e a Copa do Brasil em 2026, o Corinthians precisa decidir rapidamente sobre o quarteto. O desfecho será conhecido nas próximas semanas, quando o clube oficializar quem permanece e quem deixará o Parque São Jorge.

O técnico português e ex-Corinthians, Vítor Pereira, de 57 anos, está novamente livre no mercado após deixar o comando do Wolverhampton. A saída ocorreu em novembro, depois de sequência negativa na Premier League, com oito derrotas e dois empates até a sua saída.

O clube inglês, que ainda ocupa a última colocação, optou pela mudança visando reverter a má fase. Pereira havia sido contratado em dezembro de 2024 e conseguiu evitar o rebaixamento, mas não repetiu o desempenho no novo ciclo.

Vítor Pereira voltaria a treinar algum time do Brasil?

Conhecido no Brasil por suas passagens por Corinthians e Flamengo, o treinador voltou a ser citado em especulações sobre possível retorno ao país. No entanto, segundo informações recentes, essa hipótese não está nos planos. Pereira já declarou que algumas situações vividas no futebol brasileiro o frustraram, embora também tenha reconhecido aprendizado durante sua experiência.

Em entrevista concedida à ESPN, o ex-treinador do alvinegro paulista destacou que enfrentou momentos de pressão e crescimento, além de períodos positivos e outros de dificuldades, considerando parte natural da carreira.

Passagens do ex-Corinthians antes de chegar à Premier League

Antes de assumir o Wolverhampton, o técnico trabalhou no Al-Shabab, da Arábia Saudita, onde permaneceu por dez meses. No clube do Oriente Médio, conquistou 16 vitórias em 30 jogos e levou a equipe ao sexto lugar da Saudi Pro League.

A boa campanha chamou atenção dos ingleses, que pagaram a multa rescisória para contratá-lo. No entanto, os resultados no futebol europeu do ex-Corinthians não corresponderam às expectativas, culminando na demissão.

Português ainda quer a Europa

Diante do cenário atual, o ex-Corinthians e sua comissão técnica devem priorizar oportunidades na Europa ou até mesmo considerar novo projeto no Oriente Médio. A possibilidade de retorno ao Brasileirão, incluindo ao Corinthians, não é cogitada pelo treinador. Assim, o clube paulista, que vive fase de reestruturação sob Dorival Júnior, não terá o ex-comandante como opção para o futuro próximo.