Diretor do Corinthians recusa "loucuras" por reforços no meio do ano

O Corinthians lida com uma situação financeira delicada em 2025. De acordo com o balanço financeiro de 2024, o clube acumula uma dívida bruta de R$ 2,568 bilhões. Em entrevista concedida ao portal Meu Timão, o diretor financeiro Pedro Silveira comentou sobre os impactos desse cenário na política de contratações e reforços para o elenco.

“Eu quero dizer o seguinte, as despesas realmente cresceram em 2024, é algo que a gente não gostaria que tivesse acontecido”, afirmou Silveira. Ele destacou que o orçamento para 2025 foi elaborado com mais rigor, com mudanças na forma de acompanhar os gastos e ações mais próximas dos diretores para controlar despesas. “A gente espera trazer ótimas novidades para 2025 em relação às despesas, isso é um dos nossos principais pontos.”

Com a necessidade de controlar os gastos, o clube tem evitado grandes investimentos em novos atletas. A contratação mais recente foi a do lateral Fabrizio Angileri, que chegou ao Parque São Jorge sem custos após deixar o Getafe. A estratégia atual tem sido priorizar jogadores livres no mercado, como explicou o dirigente.

Silveira também elogiou o trabalho do executivo de futebol Fabinho Soldado, responsável por identificar e negociar com atletas sem vínculo contratual. “O time precisa de reforços no meio do ano? É preciso, mas o Fabinho Soldado e o time de scouts tem feito um trabalho muito bom de buscar jogadores passe livres, tem que continuar.”

Na metade de 2024, o Timão passou por uma fase crítica no Brasileirão e se reforçou com nomes como Hugo Souza, André Ramalho, Alex Santana e Talles Magno. As contratações surtiram efeito e ajudaram na reação dentro da competição. Contudo, essa movimentação mais agressiva também contribuiu para o crescimento da dívida do clube, que saltou R$ 257 milhões em relação ao ano anterior.

Silveira reforçou que, apesar dos riscos assumidos na janela anterior, a prudência continuará sendo a tônica da atual gestão. “A responsabilidade vai estar presente e é muito importante”, concluiu o dirigente.