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Osmar Stabile, presidente interino do Corinthians, revelou que tem mantido conversas com Dorival Júnior sobre possíveis reforços para o clube. A declaração ocorreu durante uma manifestação de associados pela reforma do estatuto, um tema que tem gerado intensos debates dentro do Parque São Jorge.
Ele afirmou que a situação do alvinegro é delicada e que haverá uma nova reunião com o treinador para que possam ser alinhadas as alternativas de resgatar jogadores no mercado da bola. Em sua fala, Osmar assume que o clube não tem condições financeiras para fazer novas contratações no momento, e que não tomará decisões que o setor financeiro reprove. Ele enfatizou que o clube não fará empréstimos para contratações, pois isso poderia agravar a situação financeira.
Stabile sabe da importância do clube de fazer contratações, no entanto, ele acredita que serão de forma pontual para agregar ao elenco. Mas antes disso, precisa definir quais atletas o Corinthians irá tentar contratar para se juntar a equipe de Dorival ainda nesta temporada.
A janela extra que ocorre entre 2 e 10 de junho não teve a chegada de novos jogadores para o Timão, mas sim de saídas. Alex Santana foi emprestado para o Grêmio e Giovane teve seu contrato rescindido. Ainda há a possibilidade das saídas de Igor Coronado e atletas mais jovens como Breno Bidon para tentar ajudar a diminuir as dívidas do clube.
Ainda na entrevista, Osmar Stabile comentou que até agora nenhuma proposta chegou para algum jogador do Corinthians e que se tivesse, a imprensa saberia em primeira mão, pois ele precisa mostrar para a torcida e interessados pelo clube.
A manifestação dos associados pela reforma do estatuto teve apoio do presidente interino e reflete a insatisfação de parte da torcida e dos membros do clube com a atual estrutura administrativa. Stabile reconheceu a importância do debate e afirmou que está disposto a ouvir as demandas dos associados para buscar soluções que fortaleçam a governança do Corinthians.
Clube busca reforços pontuais nas posições carentes, focando em soluções econômicas e versáteis para o elenco do técnico Dorival Júnior
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O Corinthians estabeleceu como foco principal da próxima janela de transferências a contratação de reforços para três posições específicas: zagueiro, lateral-esquerdo e ponta. A definição, divulgada após o fim da temporada, é resultado de uma análise criteriosa da comissão técnica, que identificou essas posições como carentes no elenco atual.
O setor defensivo, em particular, recebeu atenção especial. A carência de um zagueiro canhoto foi apontada por especialistas e torcedores em enquetes anteriores, e a diretoria está atenta a nomes que aumentem a solidez defensiva e ofereçam versatilidade tática.
Na lateral-esquerda, o Corinthians conta com Matheus Bidu, Hugo e o retornado Diego Palacios. Ainda assim, o clube busca um jogador que acrescente confiança e consistência ao setor. Nomes como Wendell, do Porto, chegaram a ser sondados, mas a prioridade agora é encontrar um reforço que atenda ao perfil sem altos custos.
O ataque segue em busca de profundidade. A condição imposta à patrocinadora esportiva para viabilizar contratações também incluiu a chegada de um ponta, tanto veloz quanto polivalente. A ideia é oferecer alternativas táticas para Dorival Júnior e evitar que o time fique dependente de uma única formação.
A estratégia adotada, focada em reforços pontuais e no equilíbrio financeiro, reflete a cautela da diretoria do Corinthians, que prefere atores livres ou empréstimos sem taxas de transferência. Além disso, existe a possibilidade de ampliar o número de contratações conforme a classificação para a Libertadores garantir mais recursos.
Essa época foi considerada pelo jogador como difícil devido às necessidades que ele e a sua família tinham quando era criança
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Hugo Souza, atual goleiro do Corinthians, iniciou sua trajetória no futebol ainda criança, passando por diversas peneiras até ingressar no Vasco da Gama. Aos cinco anos, começou no futsal do clube, recebendo uma ajuda de custo de R$ 600, essencial para sua família na época. No entanto, essa assistência foi cortada, e ele foi transferido para o futebol de campo, onde não havia suporte financeiro. Sem condições de arcar com os custos, Hugo deixou o Vasco com apenas oito anos.
Após uma breve passagem pelo Fluminense, onde jogou futsal por seis meses, Hugo retornou ao Vasco. No entanto, novamente teve sua ajuda de custo cortada, o que o levou a sair do clube mais uma vez. Em 2009, aos dez anos, ingressou no Flamengo, onde se destacou no futsal antes de fazer a transição para o futebol de campo. Durante esse período, enfrentou dificuldades logísticas, viajando quatro horas diariamente de Duque de Caxias até o centro de treinamento do Flamengo.
Aos 15 anos, Hugo conseguiu se mudar para mais perto do clube e passou a morar no CT. No Flamengo, conquistou diversos títulos na base, incluindo a Copa São Paulo de Futebol Júnior e campeonatos estaduais. Em 2020, foi promovido ao time profissional e estreou em meio a um surto de COVID-19 no elenco, sendo eleito o melhor jogador da partida contra o Palmeiras. O goleiro do Corinthians passou por uma turbulência no clube carioca e foi transferido para Portugal.
Hugo Souza teve uma passagem difícil pelo Chaves, de Portugal, onde chegou por empréstimo do Flamengo em julho de 2023. Apesar de atuar como titular e acumular boas atuações, ele não conseguiu evitar o rebaixamento da equipe para a segunda divisão. Ao longo da temporada, disputou 26 jogos, realizou 89 defesas e sofreu 53 gols, com uma média de 2,0 gols sofridos por partida.
Hugo Souza chegou ao Corinthians em julho de 2024 por empréstimo do Flamengo, com opção de compra. Ele rapidamente se destacou e foi decisivo na conquista do Campeonato Paulista de 2025, defendendo um pênalti na final contra o Palmeiras. Com atuações seguras, o clube optou por adquiri-lo em definitivo. Além de sua habilidade técnica, Hugo demonstrou liderança no vestiário e ambição de vestir a camisa da Seleção Brasileira, o que se concretizou com sua convocação por Carlo Ancelotti.
O Goleiro fala sobre pressão da torcida, impacto na família e revela sonho realizado ao assinar pré-contrato com Nottingham Forest
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O goleiro Carlos Miguel, atualmente no Nottingham Forest, fez um desabafo sincero sobre sua saída do Corinthians durante participação no programa “Resenha” da ESPN, exibido na última sexta-feira (13). O atleta de 26 anos revelou que, apesar de sua decisão, a relação com a torcida corintiana sempre foi tranquila, mas reconhece que sua escolha não agradou a todos. “Minha relação com a torcida é tranquila, ótima, mas às vezes a gente sabe que a sua decisão não vai agradar 30 milhões de pessoas”, afirmou. Ele destacou que a decisão foi pessoal e necessária para sua carreira profissional.
Carlos Miguel também compartilhou o impacto emocional que sua saída causou em sua família. “Fiquei muito triste, por isso não vou muito em programas, porque muitas vezes as pessoas declaram uma guerra. Não foi para mim, mas para minha família, minhas tias, minha namorada, meus amigos, meu irmão”, revelou. Ele enfatizou que, apesar das críticas, manteve a tranquilidade e não guarda rancor.
O goleiro também comentou sobre a pressão da torcida e da imprensa. “Não preciso ficar fazendo muitas coisas, baixo a minha cabeça, escuto, deixo as pessoas falarem, acharem que estão corretas em fazer o que fazem, ou alguns jornalistas que falam… muitas coisas”, disse. Ele destacou que sempre procurou agir com respeito e serenidade, evitando conflitos.
Carlos Miguel revelou que recebeu uma proposta de renovação contratual do Corinthians, mas já havia decidido seguir para a Inglaterra, assinando um pré-contrato com o Nottingham Forest. Ele explicou que a oportunidade de atuar na Premier League foi decisiva para sua escolha, visando o crescimento profissional e a realização de seu sonho de se tornar um dos melhores goleiros do mundo.
Apesar da saída conturbada, Carlos Miguel afirmou que continua sendo torcedor do Corinthians e mantém respeito pela instituição. “Eu mesmo hoje sou corintiano”, concluiu, deixando claro que sua decisão foi tomada com base em suas ambições profissionais e não por desrespeito ao clube ou à torcida.