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19 Nov 2025 | 17:08 |
O vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça, contestou nesta quarta-feira (19) o relatório de auditoria interna que o implicou em supostas irregularidades envolvendo materiais fornecidos pela Nike. Em coletiva, ele apresentou documentos e criticou o trabalho conduzido pelo diretor de Tecnologia do clube, afirmando que o texto contém inconsistências e carece de rastreabilidade adequada.
Armando Mendonça sobre polêmica: Se comprovar, renuncio.”
Mendonça declarou que não cometeu desvio e que está disposto a abrir mão do cargo caso haja comprovação contra si. “Eu nunca desviei um material do Corinthians. Se comprovar, renuncio”, disse o dirigente, ao sustentar que as movimentações atribuídas foram regulares e registradas conforme os procedimentos internos.
O relatório cita a retirada de 131 itens vinculados ao vice-presidente entre 6 de junho e 30 de outubro de 2025. Segundo Mendonça, o número está incorreto e mistura lançamentos, reservas e movimentos não executados por ele. “Das 131 camisas, 84 não foram retiradas por mim; dessas, 62 sequer saíram”, afirmou, ao exibir e-mails e comprovantes que, segundo sua defesa, demonstram conformidade com as normas do clube.
Na manifestação, o dirigente negou responsabilidade operacional sobre os almoxarifados do CT Joaquim Grava e do Parque São Jorge, dizendo que sua atuação não envolve gestão de estoque. Ele reiterou que as saídas ocorreram para eventos oficiais, ações institucionais e demandas de departamentos, com registros eletrônicos e controles formais. “Toda retirada foi legal e sem benefício pessoal”, declarou.
A auditoria, solicitada pelo presidente Osmar Stábile, apontou aumento no volume de peças recebidas, notas fiscais não lançadas e venda irregular dentro das dependências do clube. O documento foi encaminhado à presidência e ao Conselho Deliberativo, que analisam recomendações de melhoria de governança e compliance nos fluxos de materiais.
Mendonça que precisou dar esclarecimentos à Polícia Civil, disse ter notificado funcionários ligados ao sistema, contestando tecnicamente o relatório e pedindo correções. “Há impropriedades metodológicas e jurídicas; faltam evidências mínimas e base documental idônea”, afirmou, ao comunicar colaboração com as instâncias internas e autoridades para esclarecimento dos fatos.
Time do povo tem passado por diversos problemas extracampo além de estar com as suas contas no vermelho devido à dívidas que pairam no clube
19 Nov 2025 | 10:57 |
O vice-presidente do Corinthians, Armando Mendonça, prestou depoimento sobre supostos desvios de materiais esportivos ligados à fornecedora Nike. O caso segue em investigação e envolve auditoria interna realizada no clube. O promotor Cássio Roberto Conserino pediu ao MP que fosse analisado a possibilidade de uma intervenção judicial devido aos inúmeros casos de irregularidades apontados no clube.
O dirigente foi ouvido pela Polícia Civil de São Paulo na última terça (18), dentro do inquérito que apura irregularidades na gestão de produtos fornecidos pela multinacional. A auditoria interna apontou falhas no controle de estoque e recomendou ajustes administrativos, mas não indicou Mendonça como responsável direto pelos desvios. Apesar disso, seu nome foi citado no relatório, o que motivou questionamentos e a convocação para esclarecimentos.
Durante o depoimento, Mendonça negou qualquer envolvimento em práticas ilícitas e declarou não ter atribuições relacionadas à administração dos materiais esportivos. Ele afirmou que sua função na diretoria não inclui a supervisão de uniformes ou equipamentos, reforçando que não possui responsabilidade sobre o setor investigado. O Conselho Deliberativo do clube acompanha o caso e avalia medidas adicionais para garantir transparência na apuração.
Paralelamente, o vice-presidente notificou extrajudicialmente funcionários ligados à área de tecnologia da informação, contestando a validade da auditoria. Entre os notificados estão Marcelo Munhoes, diretor de TI, e Reginaldo Nascimento, coordenador de sistemas. Mendonça alegou que o relatório apresenta impropriedades técnicas e jurídicas, além de insinuações sem provas documentais consistentes. A notificação foi anexada ao inquérito e integra o conjunto de documentos analisados pelas autoridades.
O episódio ocorre em meio a um período de intensa fiscalização sobre contratos e fornecimentos relacionados ao Corinthians. A parceria com a Nike, uma das mais relevantes do clube, está sob inspeção devido às suspeitas de má gestão de materiais. O Ministério Público acompanha os desdobramentos e pode adotar providências conforme o avanço das investigações.
Clube do Parque São Jorge acumula irregularidades que chegaram até a justiça e que pode interferir na rotina do Timão que já passa por dificuldades
18 Nov 2025 | 20:40 |
O Ministério Público de São Paulo recebeu uma representação do promotor Cássio Roberto Conserino sugerindo que seja avaliada a possibilidade de intervenção judicial no Corinthians. O documento, elaborado em novembro de 2025, reúne 25 fundamentos que apontam indícios de irregularidades administrativas e financeiras dentro do clube.
A solicitação foi encaminhada à Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social, responsável por analisar se há elementos suficientes para instaurar um inquérito civil ou até mesmo uma ação pública.
Entre os pontos destacados estão o chamado “Caso VaideBet”, que envolve suspeitas sobre contrato de patrocínio e movimentações financeiras, além do uso de cartões corporativos em diferentes gestões, incluindo as presididas por Augusto Melo, Duilio Monteiro Alves e Andrés Sanchez. O documento também cita desvios de materiais esportivos fornecidos pela Nike e possíveis vínculos de pessoas ligadas ao clube com organizações criminosas.
O promotor, que atua na área criminal, não tem competência para instaurar diretamente a intervenção, mas encaminhou o pedido à esfera cível para que seja avaliada a pertinência da medida. A intervenção judicial, caso aprovada, permitiria ao Judiciário acompanhar de perto a administração do Corinthians, impondo regras para maior transparência e controle das contas.
A situação financeira do clube é delicada, com dívidas elevadas e processos em andamento. A diretoria atual, liderada por Osmar Stabile, enfrenta forte pressão para reorganizar o fluxo de caixa e garantir estabilidade institucional. Além das questões jurídicas, o Corinthians disputa a reta final do Campeonato Brasileiro e busca manter o foco esportivo em meio às dificuldades administrativas.
O desfecho dependerá da análise do Ministério Público e de decisões futuras da Justiça. Caso a intervenção seja determinada, o impacto poderá ser significativo, alterando a condução do clube nos próximos meses e influenciando tanto a gestão interna quanto o ambiente competitivo.
O Conselho de Orientação do clube do Parque São Jorge pediu que a votação fosse cancelada, em virtude de diversas ilegalidades identificadas
18 Nov 2025 | 20:00 |
Na tarde desta terça-feira (18), o presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Romeu Tuma Júnior, divulgou uma nota oficial no site oficial do clube alvinegro, repudiando a manifestação do Conselho de Orientação (CORI), sobre a votação da reforma estatutária, na qual o órgão pediu que fosse cancelada. O mandatário revelou que se trata de busca por impedir os avanços estatutários.
Nota oficial de Romeu Tuma Júnior sobre a manifestação do CORI:
"Em relação à nota publicada pelo Conselho de Orientação no site oficial do Corinthians, lamento profundamente que a participação do órgão se resuma a tentar impedir os necessários avanços estatutários de que o clube tanto necessita e que foram estabelecidos como metas deste Conselho Deliberativo desde o início da atual gestão, em fevereiro de 2024, quando, em decisão unânime do plenário do colegiado, deliberou-se pela necessidade da Reforma do Estatuto Social.
Causa estranhamento que o órgão - que em nenhum momento encaminhou propostas ou sugestões para integrar a reforma - tenha decidido se manifestar agora em favor de freios repentinos, dificultando o andamento de um processo que convidou e ouviu todos os corinthianos interessados em participar deste momento histórico. Poderia igualmente ter contribuído com soluções construtivas para eventuais pontos que considerasse equivocados. No entanto, nada foi produzido além de uma crítica vaga e, a meu ver, injustificada.
Por respeito ao Conselho de Orientação e a toda a coletividade corinthiana, especialmente àqueles que se dedicaram ao propor caminhos para o fortalecimento de nossa Instituição, todos os esclarecimentos serão apresentados muito em breve.
Ressalto, por fim, que pontos como o Voto do Fiel Torcedor, a responsabilização de dirigentes, a vedação de cargos remunerados do clube para parentes de conselheiros, a reformulação do modelo eleitoral e a definição de critérios objetivos de governança e procedimentos internos, para citar alguns dos pontos da reforma, jamais poderão causar mal ao Corinthians, sejam quais forem as definições tomadas. A inércia, a omissão e a vaidade, certamente, poderão."
Romeu Tuma Júnior publicou uma nota oficial, em resposta a manifestação do Conselho de Orientação do Corinthians (CORI) na tarde desta terça-feira (18), sobre o debate em torno do anteprojeto de reforma estatutária do clube, que tem votação prevista para o próximo dia 24 pelo Conselho Deliberativo.