
Clube
|
Convidado do 'Flow Podcast' da última terça-feira (22) à noite, o presidente do Corinthians Augusto Melo, conversou sobre diversos assuntos durante a sua participação, como desistência de Tite, possível chegada de Dorival Júnior, entre outros. Além disso, o mandatário corintiano falou sobre as mudanças que faria na Neo Química Arena e mandou um recado sobre a quitação da casa do Timão.
Augusto Melo revela o que faria na Neo Química Arena e manda recado sobre a casa do Corinthians
"A hora que a gente quitar essa Arena, ninguém segura o Corinthians. É um calcanhar de Aquiles que a gente tem. A gente está trabalhando muito para isso. Nosso sonho é quitar essa Arena o mais rápido possível. Que não seja nessa gestão, que seja na próxima. É uma prioridade."
"Além de quitar, se você parar de pagar um juros de R$ 100 milhões por ano, você começa a ter uma receita maravilhosa dela e consegue investir mais no futebol e ter um time competitivo. Eu até me sinto envergonhado porque o Corinthians não precisava disso [campanha de arrecadação via PIX]. Mas por outro lado fico feliz, porque você tem uma torcida apaixonada que tem um time de futebol, que quer ajudar."
"A gente deu todo apoio para a Gaviões, falando até com o presidente Lula. Graças a Deus a gente teve uma arrecadação boa. Pode melhorar, o Corinthians talvez entre no engajamento para isso. Nossa Arena é linda, maravilhosa. Mas teria feito ela mais funcional, com mais capacidade e cobertura."
"O Corinthians, quando chega na fase que está, você vai lotar se tiver 100 mil lugares. Com o dinheiro que gastou, teria condição de fazer uma arena para 80 mil pessoas e totalmente fechada. O torcedor precisa desse conforto. Acho que precisaria ter uma capacidade maior, para poder por mais corintiano ali dentro."
Augusto Melo comentou sobre os débitos do clube, após o balanço financeiro de 2024 do time alvinegro, ter sido divulgado na última sexta-feira
|
Augusto Melo foi o convidado do 'Flow Podcast' da última terça-feira à noite (22) e dentre muitos assuntos discutidos durante o programa, o presidente do Corinthians comentou sobre o aumento da dívida do clube, após o balanço financeiro ter sido divulgado na última sexta-feira. Confira o que o mandatário disse.
Presidente do Corinthians explica aumento da dívida do Timão, após balanço financeiro de 2024
"Se você for analisar, quando assumi, o Corinthians tinha 40 meses de fundo de garantia atrasados, 11 meses de direito de imagem atrasados. Coloquei tudo em ordem. Paguei dívidas. Assumi o Corinthians com um juros de R$ 300 milhões ao ano. Ou seja: se a minha dívida já era R$ 2 bilhões quando peguei, ela automaticamente já vai para R$ 2,3 bilhões."
"E aí tem 191 milhões que ficaram da direção passada e ficou para nós. Isso está provado pelo nosso financeiro, por auditoria e com perito assinando. O balanço está aberto para quem quiser ver. Se você for analisar, eu cresci 20% a receita do Corinthians, com o time sem credibilidade, beirando a segunda divisão."
"Falam que eu aumentei 500 e poucos milhões (de dívida). Eu aumentei! Mas foram 200 milhões que não são nossos, 300 milhões de juros. E eu tive que gastar muito ano passado. Tive que pagar transfer ban, juros, fundo de garantia, direitos de imagem... Só que esse ano o Corinthians é o único time grande que não gastou um centavo em atletas. Ou seja: tiver que gastar quase 160 milhões para formar um time de futebol."
"Tivemos um gasto mal gerido no primeiro semestre, mas no segundo a gente acertou. Gastei 125 milhões no primeiro e 33 no segundo. E agora não gastei um real e estamos com um elenco competitivo. E todos esses contratos que fechei ano passado, começam a vigorar agora. É a partir desse ano que começa a entrar uma receita melhor. E aí você começa a não precisa gastar e entrar receita. E aí sim começar a já pagar dívidas."
"Por isso que teve esse gasto. A gente pegou uma estrutura realmente complicada e eu tive que fazer investimentos. Tive que pagar dívidas deles, tive que contratar atletas. É uma estrutura forte que estamos contruindo para que o Corinthians comece a entrar nos trilhos."
Dirigente que comanda o departamento de finanças do clube do Parque São Jorge, concedeu entrevista para à Rádio Bandeirantes
|
Ex-CEO Internacional da XP Investimentos e atual diretor financeiro do Corinthians, Pedro Silveira esteve presente na Rádio Bandeirantes na tarde da última segunda-feira (21), para uma entrevista exclusiva, e dentre os assuntos discutidos no programa, o dirigente explicou a atual situação econômica do clube de Parque São Jorge.
Diretor financeiro do Corinthians fala sobre dívida bilionária do Timão e fala: "Dívida resolvível"
Com dívida superando a casa dos R$ 2 bilhões, Pedro Silveira revela que não se assusta com o tamanho do valor e atualmente, o alvinegro paulista divulgou seu balanço financeiro do ano passado com um déficit contábil de R$ 182 milhões. Confira o que o dirigente falou sobre o assunto.
"Não estou apavorado, é uma dívida resolvível. Essa dívida não me assusta. [...] O que o Corinthians tem de muito grave é um problema de fluxo de caixa no curto prazo. São dívidas muito altas, vencendo o tempo inteiro. Temos organizado essas dívidas de uma maneira a procurar prazos."
Soluções para o Corinthians
"Existe uma medida que é muito normal, ainda mais em época de juros altos, que se chama desalavancagem. É, eventualmente, vender um pedaço do seu patrimônio, por um tempo, ninguém está falando de vender para sempre, para reduzir a dívida e não pagar juros tão altos."
"Hoje o Corinthians paga para usar o estádio. Pago um juros de quase R$ 100 milhões. O lucro do estádio não é de R$ 100 milhões por ano. Ou seja, estou pagando para usar o estádio. Conseguiria através de um fundo imobiliário, levantar um valor alto, quitar essa dívida com a Caixa e reduzir drasticamente essa quantidade de juros que pagaria por ano. É uma solução de curto prazo excelente para o Corinthians."
"Se for fazer só austeridade, só o básico, no mínimo em quatro ou cinco anos. Se fizer um fundo imobiliário, que vem inclusive da gestão passada, levaria muito menos tempo. Em dois ou três anos conseguiríamos equalizar as contas."
O inquérito, que apura irregularidades no acordo encerrado em junho de 2023, deve ser finalizado nas próximas duas semanas
|
A investigação da Polícia Civil de São Paulo sobre possíveis crimes ligados à intermediação do contrato entre Corinthians e a empresa VaideBet está perto de ser concluída. O inquérito, que apura irregularidades no acordo encerrado em junho de 2023, deve ser finalizado nas próximas duas semanas, segundo apuração do ge.globo.
Na última quarta-feira, o presidente do Corinthians, Augusto Melo, prestou depoimento à polícia. Com sua oitiva, os investigadores encerram, em tese, a etapa de escuta dos envolvidos. A partir de agora, o delegado Tiago Fernando Correia, responsável pelo caso, reunirá todas as informações colhidas ao longo dos últimos 11 meses para concluir o relatório e encaminhar ao Ministério Público.
Augusto Melo foi ouvido na condição de investigado, assim como outros dois ex-membros da diretoria alvinegra: Marcelo Mariano, ex-diretor administrativo, e Sérgio Moura, ex-superintendente do clube. Além deles, também prestou depoimento Alex Cassundé, proprietário da empresa Rede Social Media Design, envolvida na intermediação do contrato com a casa de apostas.
A empresa de Cassundé apareceu como intermediadora na quarta versão contratual, recebendo um valor de R$ 25 milhões pela intermediação, dentro de um acordo total estimado em R$ 360 milhões. “Augusto e os outros três envolvidos entraram sob condição de investigados pelo fato de a Polícia Civil enxergar possíveis irregularidades na condução do acordo entre clube e a casa de apostas.”
Durante o período de apuração, a polícia trabalhou com a hipótese de dois crimes: associação criminosa e lavagem de dinheiro, com foco no uso de empresas de fachada, como a Neoway, que teria servido para movimentar recursos repassados à conta empresarial de Cassundé.
O Ministério Público, representado pelo promotor Juliano Atoji, tem acompanhado as oitivas e será o responsável por decidir se os investigados serão formalmente denunciados, tornando-se réus no processo judicial.