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O Corinthians iniciou a implementação de uma política ambiental na Neo Química Arena com o objetivo de atrair investimentos de multinacionais. A iniciativa segue os princípios do ESG (Environmental, Social and Governance), um modelo criado pela ONU e pelo Banco Mundial em 2004 para avaliar sustentabilidade e responsabilidade social em negócios globais.
A diretoria corintiana entende que o mercado internacional valoriza instituições que oferecem contrapartidas sociais e ambientais. Por isso, o presidente interino Osmar Stábile colocou a política ambiental como uma das prioridades durante seu mandato. Ele já havia planejado essa ação quando era vice-presidente, mas enfrentou obstáculos políticos com o presidente afastado Augusto Melo.
Inicialmente, a Neo Química Arena será o foco da implementação do ESG. A ideia é que o estádio sirva como referência para futuras expansões do projeto para o Centro de Treinamento Joaquim Grava e o Parque São Jorge. No entanto, essa ampliação só poderá ocorrer após a Assembleia Geral de Sócios em 9 de agosto, que decidirá sobre o impeachment de Augusto Melo.
Os primeiros passos do projeto incluem a criação e aprovação de uma política ambiental, além da definição de indicadores para adequação ao funcionamento do estádio. Na próxima semana, será apresentado um cronograma de implementação para colaboradores, fornecedores e também para parceiros. Embora o foco inicial seja a arena, algumas práticas bem-sucedidas poderão ser aplicadas em outras áreas do clube antes da expansão oficial do ESG.
A expectativa é que essa iniciativa torne o Corinthians mais atrativo para grandes empresas internacionais, aumentando o potencial de patrocínios e parcerias. Além dos benefícios financeiros, o clube busca se posicionar como uma instituição moderna e alinhada às exigências globais de sustentabilidade.
Com essa estratégia, o Corinthians não apenas fortalece sua imagem no cenário internacional, mas também abre caminho para um futuro mais sustentável e economicamente viável.
Cadastro é obrigatório para compra de entradas na Neo Química Arena; clube alvinegro mobiliza torcida para cumprir norma federal
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O Corinthians comemorou a marca de 80 mil biometrias faciais cadastradas no programa Fiel Torcedor, conforme anunciado nas redes sociais do clube. Esse número representa o dobro da parcial anterior, divulgada há uma semana, quando apenas 40 mil cadastros haviam sido realizados. O cadastramento da biometria facial é indispensável para a compra de ingressos para os jogos do Timão na Neo Química Arena.
A implementação da biometria facial no estádio é uma exigência da Lei Geral do Esporte, que obriga todos os estádios com capacidade superior a 20 mil lugares a adotarem essa tecnologia. O Corinthians era o único clube da Série A do Campeonato Brasileiro que ainda não havia aderido a essa exigência. A nova tecnologia foi implementada recentemente no estádio, a tempo de as autoridades aprovarem que o Corinthians seguisse utilizando a capacidade máxima de seu estádio em Itaquera.
Para realizar o cadastro, os torcedores devem acessar o site do Fiel Torcedor e atualizar seus dados pessoais. É necessário enviar uma foto centralizada do rosto e com boa iluminação para que o sistema identifique os dados contidos na imagem. O atacante Yuri Alberto serviu de modelo para a campanha criada pelo Alvinegro.
Vale lembrar que, desde o último dia 14, é obrigatório no Brasil que todo estádio com mais de 20 mil lugares de capacidade tenha biometria facial implementada. Caso o clube não consiga cumprir o prazo, estará sujeito a ser multado e ter o estádio interditado pelo poder público.
O próximo jogo do Corinthians como mandante será contra o Red Bull Bragantino, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, no dia 13 de julho, às 19h. Os ingressos para essa partida estarão disponíveis para compra apenas para os torcedores que tiverem a biometria facial cadastrada no programa Fiel Torcedor.
Com média de 191 dias para pagar a folha, Timão busca recuperar credibilidade e evitar novos atrasos com medidas emergenciais
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O Corinthians enfrenta pressão para regularizar os pagamentos em atraso e zerar suas pendências com jogadores, comissão técnica e colaboradores. O atraso se estende inclusive a salários, direitos de imagem e encargos, e tem sido motivado por bloqueios judiciais e fluxo de caixa apertado, que afetam o cronograma previsto pela diretoria.
Após conseguir desbloquear recursos da premiação do Brasileirão 2024 — cerca de R$ 33,7 milhões —, o clube espera usar esse montante para quitar os vencimentos de janeiro, interrompendo uma série de bloqueios judiciais que impediam o pagamento. A expectativa é que os pagamentos estejam totalmente em dia até o encerramento da semana atual.
Pesquisas apontam que o Corinthians é um dos slowpayers do futebol brasileiro: em 2024, o clube levou 191 dias para quitar sua folha salarial completa — um tempo considerado muito acima da média de 70 dias praticada pelos grandes clubes. Embora os atrasos tenham sido responsabilizados por entraves burocráticos e judiciários, o histórico prolongado acumula desconfiança interna e externa.
Os atletas e a comissão técnica demonstram compreensão, como evidenciou o atacante Ángel Romero, mas a situação é delicada para os funcionários do clube, que enfrentam inseguranças semelhantes. A corporação administrativa interna também aguarda a quitação de obrigações, em meio à estratégia de “organização financeira” anunciada pela gestão.
A diretoria de Osmar Stabile reforça que está mapeando novas receitas — via itens comerciais, antecipação de valores e bloco de pagamentos judiciais — para evitar que a situação se repita. A meta é recuperar credibilidade e estabilidade financeira, mas os desafios continuam, já que o clube ainda acumula débitos relativos a direitos de imagem, encargos e atrasos anteriores.
Arrecadação feita por meio de torcedores do Timão tem impressionado pelo ritmo e também pelo comprometimento de todos que estão participando
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A campanha “Doe Arena Corinthians”, iniciativa liderada pela torcida organizada Gaviões da Fiel, alcançou mais um marco significativo nesta semana com o pagamento do 131º boleto referente à dívida da Neo Química Arena. O valor quitado foi de R$ 5.609,64 , mantendo o ritmo constante de contribuições que vêm sendo realizadas desde o lançamento da vaquinha, em novembro de 2024.
A ação tem como objetivo arrecadar R$ 700 milhões para quitar o financiamento do estádio do Corinthians junto à Caixa Econômica Federal. Desde o início, a mobilização da torcida tem sido surpreendente. Em menos de um ano, mais de R$ 40 milhões já foram arrecadados, permitindo a amortização de dezenas de parcelas da dívida. O engajamento da Fiel tem sido impulsionado por campanhas criativas, certificados digitais colecionáveis e ações simbólicas em dias de jogos.
O pagamento do 131º boleto reforça o comprometimento dos torcedores com o clube e com a história da arena, considerada um dos maiores patrimônios do Corinthians. A cada nova quitação, a torcida se aproxima do sonho de ver o estádio totalmente livre de dívidas, algo que parecia distante há poucos anos.
Não existe um valor fixo para o pagamento de cada boleto, por isso, os valores são divergentes a cada anúncio feito pela Gaviões da Fiel. Um exemplo, é o 130º boleto cujo valor foi de R$ 16.187,83, realizado na última sexta (04). Além do impacto financeiro, a campanha também tem gerado grande repercussão nas redes sociais e na mídia esportiva. Ídolos do Corinthians, influenciadores e até jogadores em atividade têm incentivado a participação da torcida, que responde com entusiasmo e orgulho.
A plataforma oficial da campanha, que chegou a registrar mais de dois milhões de acessos em poucos minutos após o lançamento, segue ativa e recebendo doações de torcedores de todo o Brasil e do exterior. A expectativa é de que, com a continuidade do apoio popular, a meta seja atingida antes do prazo final estipulado. Com o pagamento do 131º boleto, a Fiel mostra mais uma vez sua força fora das arquibancadas, transformando paixão em ação concreta para garantir um futuro mais sustentável ao clube.