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Dinei, ex-jogador do Corinthians e ex-observador técnico da base, que se demitiu no último domingo e mandou recado para Augusto Melo, divulgou neste domingo (12) um vídeo com uma planilha salarial de atletas do Sub-20. A lista tem 64 nomes e mostra vencimentos entre R$ 1 mil e R$ 35 mil, além de contratos válidos entre 2024 e 2029. O documento não tem data confirmada.
Entre os atletas com os maiores salários estão Felipe Longo, Kauê Camargo e Kayke Ferrari, que integram o elenco profissional. Também aparecem no topo da lista nomes como André, Bahia, Franco Delgado, Gabriel Caipira e Thomas Augustín, ainda no Sub-20. O zagueiro Renato, emprestado ao Atlético-GO, também está incluído.
Alguns jogadores da planilha já deixaram o clube, como Beto, Caio Egídio e Gabriel Yuske. O volante Messias, que teve alto salário e não teve a compra realizada pelo Corinthians, também se despediu neste ano. A folha salarial dos 64 nomes listados ultrapassa os R$ 400 mil mensais.
A planilha também indica que 34 atletas da lista foram negociados com presença de intermediários. Os nomes desses agentes não foram identificados, e os valores atuais dos contratos podem ter sido alterados desde a criação do documento.
A base do Corinthians está no centro das atenções da atual gestão. Desde o início de 2024, o clube contratou 86 jogadores para o Sub-17 e Sub-20. Claudinei Alves foi afastado após denúncias e a Gaviões da Fiel cobrou explicações no CT Joaquim Grava, incluindo questões levantadas por Dinei.
A reviravolta nos uniformes do Timão em 2002 consolidou uma das alianças mais simbólicas do futebol brasileiro com a marca americana
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Em 2002, o Corinthians apresentou ao mercado sua primeira camisa sem a tradicional gola polo da Topper — e, segundo bastidores, chegou a testar modelos com a Adidas, o famoso “chapéu na Adidas”. Ainda assim, formalizadas as negociações com a Nike, o Timão firmou um contrato que se tornou um marco em sua história de patrocínios esportivos.
Naquele ano, a Nike assumiu o fornecimento e, desde então, permanece como parceira oficial do clube. A transição marcou o início de uma era vitoriosa: em 2003 o Corinthians já conquistou o Paulista, e em 2005 levantou o Brasileirão vestindo a marca americana.
Desde então, a Ternão firmou uma relação forte com a Nike: foram décadas com uniformes memoráveis, títulos nacionais e até mundiais em 2012. Isso colocou o Corinthians como um dos únicos clubes brasileiros a manter um vínculo duradouro com a gigante norte-americana, enquanto rivais históricos trocavam marcas regularmente.
Em 2025, surgiu um novo debate. Uma proposta bilionária da Adidas, superior ao contrato vigente com a Nike — estimado em cerca de R$ 1 bilhão por 10 anos — acendeu discussões internas. O CORI, conselho deliberativo do clube, chegou a convocar reuniões para avaliar os riscos jurídicos da possível mudança.
Até agora, a Nike segue como fornecedora — o contrato atual foi automaticamente renovado até 2029. Mas o acerto histórico — que começou com o “chapéu na Adidas” não concretizado e culminou na parceria com a Nike — ainda influencia decisões futuras do clube. E o debate sobre modernização dos acordos comerciais continua vivo entre dirigentes e a torcida alvinegra.
Discussão entre moradores por rivalidade entre torcidas termina em grave caso de violência com disparos de arma de fogo, prisões e repercussão nas redes sociais
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Uma disputa entre vizinhos torcedores de Corinthians e Palmeiras, ocorrida na última sexta-feira (27), terminou de forma violenta na zona norte de São Paulo. O confronto surgiu após discussões provocativas entre os moradores, culminando em uma briga que deixou dois torcedores corintianos feridos — um deles baleado na perna — e resultou na prisão de dois irmãos palmeirenses por tentativa de homicídio.
O caso teria sido motivado por provocações após o jogo do Palmeiras contra o Botafogo, válido pelo Mundial de Clubes. Os corintianos teriam passado em frente à casa dos palmeirenses gritando provocações, o que desencadeou o confronto com agressões físicas, pauladas e até golpes com pá, conforme mostram vídeos registrados por vizinhos.
Durante o tumulto, os dois palmeirenses utilizaram uma arma de fogo para atirar nos rivais. Um dos corintianos foi atingido na perna, enquanto outro foi brutalmente agredido com uma pá, mesmo já inconsciente no chão. O Samu foi acionado e prestou socorro às vítimas, encaminhando-as ao hospital.
A Polícia Militar prendeu os irmãos em flagrante. Eles foram indiciados por tentativa de homicídio e porte ilegal de arma, já que um revólver calibre 38 foi encontrado na residência. As ferramentas utilizadas na agressão, como a pá, não foram localizadas até o momento.
O episódio acende novamente o alerta sobre os perigos da violência entre torcedores, que extrapola os limites dos estádios e atinge o convívio social. Clubes como o Corinthians já se manifestaram anteriormente em campanhas de conscientização, reforçando que rivalidade não deve ultrapassar os valores do respeito e da civilidade.
Mesmo com faturamento bilionário em 2024, o Timão viu a dívida crescer e passou a integrar grupo da CBF sobre fair play financeiro
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O Corinthians aparece como o clube mais endividado do futebol brasileiro em 2024, com passivo próximo a R$ 2 bilhões, segundo levantamento da Sports Value. O montante reflete um cenário de gastos elevados, dívidas acumuladas e obrigações financeiras ligadas à Neo Química Arena. A situação levou o clube a integrar recentemente um grupo da CBF para discutir regras de fair play financeiro.
A receita do clube paulista no último ano foi de R$ 1,14 bilhão, mas ainda assim o valor não foi suficiente para equilibrar as finanças. O Corinthians investiu R$ 107 milhões no futebol, porém acumulou R$ 192 milhões em contas a pagar no ano e ainda reconheceu mais R$ 191 milhões em dívidas antigas, ampliando seu desequilíbrio orçamentário.
A construção da Neo Química Arena continua sendo um dos principais fatores que impactam o endividamento do Corinthians. Em 2024, o clube destinou mais de R$ 300 milhões apenas para pagamento de juros. Além disso, a gestão atual, iniciada por Augusto Melo, é responsável por cerca de R$ 400 milhões do aumento recente da dívida, segundo o relatório.
O futebol brasileiro como um todo registra crescimento nas dívidas, que já ultrapassam R$ 12 bilhões entre os 20 principais clubes. Outros grandes como Atlético-MG, Cruzeiro e São Paulo aparecem entre os mais endividados, enquanto Athletico-PR e Cuiabá se destacam por não apresentarem dívidas nos balanços. A disparidade reforça a discussão sobre modelos de gestão no esporte nacional.
A entrada do Corinthians no grupo da CBF voltado ao fair play financeiro indica um movimento da diretoria para buscar equilíbrio futuro. Entre as pautas discutidas estão controle de gastos com contratações e folha salarial, além de adoção de mecanismos que favoreçam a sustentabilidade a longo prazo, visando evitar penalidades esportivas e administrativas.