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Daqui a pouco começa a partida entre Corinthians e Mirassol, válida pelas quartas de final do Campeonato Paulista. O clube vive uma rotina intensa, com jogos de mata-mata tanto do Paulistão quanto da Libertadores. Nessa frequência, há a necessidade de pensar rodízios para que o elenco não se desgaste, o que possivelmente irá acontecer hoje.
Poupado
A grande dúvida para a partida de hoje será se o meia atacante Rodrigo Garro jogará contra o Mirassol. A especulação visa principalmente o jogo do meio de semana, contra o Barcelona de Guayaquil, pela Libertadores da América. Essa decisão seria puramente por questões de calendário, e não por questões físicas.
Não seria a primeira vez que o jogador ficaria no banco por conta do calendário. Em alguns outros jogos do Paulistão, o camisa 8 também não atuou, ou entrou apenas nos minutos finais, como no jogo contra o Guarani, por exemplo, quando Garro e outros jogadores, como Yuri e Memphis, entraram no segundo tempo.
É fácil de entender essa preocupação. O calendário do futebol brasileiro é o pior possível, e há essa necessidade de poupar jogadores em partidas mais “tranquilas”. É importante lembrar que o Botafogo foi o time que mais jogou em 2024, com 75 partidas. Dos 20 clubes que mais jogaram no ano passado, 17 eram brasileiros.
Garro não apresenta lesões, por mais que tenha retornado de uma recentemente. O jogador se recuperou muito bem, e vem atuando em boa forma nas suas partidas. O que a comissão quer é evitar um destarte maior para o jogador, e é preciso realmente pensar nisso.
Como alternativa, o Corinthians estuda utilizar Coronado ou Romero no lugar do jogador. Coronado cumpre melhor a função, apesar de ser mais ofensivo do que defensivo, e também mais lento. Romero é atacante, e talvez não supra a necessidade que a saída de Garro pode deixar no meio de campo.
O Timão fica lanterna para receber condecorações, enquanto rivais avançam graças a campanhas consistentes em torneios e busca reação no segundo semestre
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O Corinthians encerrou o primeiro semestre de 2025 com R$ 23,3 milhões em arrecadação com premiações, ocupando a modesta nona posição no ranking nacional, longe dos principais concorrentes da Série A.
Essa queda está diretamente ligada à eliminação precoce na Copa Sul‑Americana, onde o clube não somou pontos expressivos, ao contrário dos rivais que avançaram à fase de mata-mata e garantiram maiores prêmios. A ausência de fases decisivas prejudicou as receitas corinthianas para esse período.
Em comparação, clubes como Palmeiras, Flamengo e Athletico-PR garantiram posições no top‑5 do ranking — com ganhos substanciais — graças à campanha consistente em torneios internacionais e premiações domésticas. O Corinthians, por sua vez, ficou atrás no quesito performance financeira, refletindo comprometimento em campo.
A diferença fica ainda mais nítida quando se observa o planejamento esportivo e financeiro das equipes mais bem colocadas: avanço em fases de mata-mata, premiações por ranking da CBF e desempenho atrativo que proporciona mais visibilidade. No estado atual, o Corinthians evidencia a necessidade de resultados concretos para ampliar receitas sem comprometer o orçamento.
Com o segundo semestre chegando, é urgente uma reação: classificação em torneios, boas campanhas no Brasileirão e presença forte em campanhas internacionais são as únicas formas de reverter o cenário financeiro. A diretoria e comissão técnica precisam garantir rendimento esportivo para equilibrar o desempenho nas arrecadações.
Elenco se reapresenta no Centro de Treinamento Joaquim Grava com foco total na preparação para o retorno do Brasileirão após a pausa do calendário
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O Corinthians realizou nesta terça-feira (1º) mais uma intensa sessão de treinos no CT Dr. Joaquim Grava, dentro da intertemporada iniciada após duas semanas de folga. O objetivo permanece claro: preparar o elenco para a retomada do Brasileirão, contra o Red Bull Bragantino, no dia 13 de julho na Neo Química Arena.
A manhã começou com atividades físicas e regenerativas, seguidas por trabalho tático em campo reduzido focado em posse de bola e compactação entre setores. O técnico Dorival Júnior oferece atenção especial a jogadores ainda em transição, como Bahia (entorse no tornozelo), Yuri Alberto (recuperação de fratura lombar) e Gui Negão (lesão muscular), que trabalham de forma progressiva ao lado do grupo.
Além da exigência técnica, o clube reforça também o vínculo com sua história. Aproveitando que o Memorial do Parque São Jorge está aberto, a diretoria apoia passeios históricos ao estádio nesta terça, das 10h às 16h, com ingresso por R$ 10, oferecendo cultura e identidade à Fiel.
O dia traz ainda motivos para comemoração: o clube celebra os 16 anos do tricampeonato da Copa do Brasil de 2009, conquistado em 1º de julho após empate por 2 a 2 com o Internacional. A lembrança daquele título, com gols de Jorge Henrique e André Santos, reforça o espírito de união e tradição alvinegra.
Com foco total na preparação e na integração do elenco, o Corinthians aproveita a pausa do calendário para alinhar estratégias, recuperar atletas lesionados e manter acesa a chama da história antes de voltar ao gramado em julho.
Jogador estreou profissionalmente no Alvinegro com apenas 16 anos e passou duas temporadas no Parque São Jorge, marcando quatro gols em 85 jogos
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Ex-promessa da base do Corinthians, o meia-atacante Lulinha relembrou momentos marcantes da sua trajetória com a camisa alvinegra em entrevista concedida nesta segunda-feira, 30. Atualmente atuando no futebol da Indonésia, o jogador falou com carinho do clube que o revelou e emocionou ao lembrar do reencontro com o Timão anos após sua saída.
Lulinha estreou profissionalmente no Corinthians com apenas 16 anos e passou duas temporadas no Parque São Jorge. Foram 85 partidas disputadas, com 43 como titular, além de quatro gols marcados e três títulos conquistados: a Série B do Brasileirão em 2008, o Paulistão de 2009 e a Copa do Brasil no mesmo ano.
Lulinha contou que chorou ao reencontrar o Corinthians em 2015, quando defendia o Red Bull Brasil. Por questões contratuais, ele nunca havia enfrentado o Timão antes. O reencontro aconteceu na Neo Química Arena.
"Eu lembro que estava chegando no estádio, era o meu primeiro jogo contra o Corinthians. Eu nunca tinha jogado contra o Corinthians. Nos outros times que passei, Bahia, Ceará, eu estava emprestado e não podia jogar. Aí nesse jogo, quando fui chegando perto do estádio, confesso que comecei a chorar, porque vieram muitas memórias. Foram dez anos aqui na casa, né? Muitas coisas aconteceram".", contou em entrevista à Central do Timão.
Segundo ele, a volta ao estádio trouxe lembranças da infância, dos treinos nos campos do Parque São Jorge e da evolução da estrutura do clube. "Você chega e tudo mudou. Esse vestiário novinho, tudo bonito, tudo legal, o gramado perfeito...”.
Além da emoção, Lulinha aproveitou para elogiar o gramado da Neo Química Arena. Segundo o jogador, o campo corinthiano é um dos melhores do Brasil e faz diferença dentro das quatro linhas. "Você joga num gramado como o da Neo Química Arena e depois vai jogar, sei lá, num campo muito ruim. No Castelão, por exemplo, muitas vezes esta horrível. Isso atrapalha bastante, principalmente na base. Aí os campos são piores ainda", completou.
"Para mim, foi um dos melhores que joguei aqui no Brasil, sem dúvida nenhuma. Quando joguei na Neo Química Arena, lembro que comecei o primeiro tempo com chuteira de borracha e não parava em pé. Escorregava toda hora. No intervalo, tive que trocar para uma chuteira mista",", disse.