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Presidente interino do Corinthians se encontra com mandatário da CBF e autoridades do Governo
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Na noite de sexta-feira (4), o Corinthians publicou uma nota oficial para esclarecer notícias recentes que apontavam um aumento de R$ 700 milhões na dívida bruta do clube. Surpresa com a repercussão, a diretoria se manifestou e antecipou alguns pontos do balanço financeiro que será apresentado em breve.
Segundo o comunicado, a elevação do endividamento se divide em dois grandes blocos. Do total, R$ 400 milhões correspondem a obrigações geradas já sob a administração atual, liderada por Augusto Melo. Os outros R$ 300 milhões, de acordo com o clube, são referentes a encargos financeiros acumulados ao longo de gestões anteriores, com destaque para juros que estavam sendo postergados.
A direção ainda destacou que passivos de administrações passadas também serão oficialmente registrados no novo relatório contábil, reforçando o compromisso com a transparência e a reestruturação das finanças do clube do Parque São Jorge.
Além disso, o Corinthians projetou indicadores positivos no próximo balanço. A nota afirma que a previsão é de um faturamento histórico, com receitas recordes e um EBITDA sem precedentes na trajetória do clube. Outro dado mencionado é o resultado operacional gerencial, que estaria próximo da neutralidade.
O posicionamento também abordou os acontecimentos da última quinta-feira (3), durante uma reunião do Conselho de Orientação (CORI). De acordo com o clube, nenhum dirigente da atual gestão foi convidado formalmente para participar do encontro. Apenas os funcionários Lúcio Blanco e Vinicius Manfredi receberam convites para comparecer. Ainda segundo o texto, o diretor financeiro Pedro Silveira e sua equipe permaneceram por mais de três horas e meia no clube social, demonstrando disposição ao diálogo, mas não foram chamados a participar da reunião.
A expectativa agora gira em torno da divulgação completa do novo balanço financeiro, que deve detalhar o atual cenário econômico do Timão e os próximos passos para sua recuperação.
Leia a nota oficial completa clicando aqui
Romeu Tuma Júnior acusou aliados de Augusto Melo de tentar desestabilizar a atual gestão ao promover a reversão do afastamento do ex-presidente
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Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, afirmou que a tentativa de recolocar Augusto Melo na presidência do clube é um "golpe institucional". A declaração foi dada após a conselheira Maria Angela de Souza Ocampos se anunciar como nova presidente do Conselho e afirmar que Augusto Melo seria reconduzido ao cargo.
Maria Angela, aliada de Augusto Melo e primeira secretária do Conselho Deliberativo, assumiu o cargo após decisão da Comissão de Ética que formalizou a retirada de Tuma da presidência na última sexta-feira. Roberson de Medeiros, presidente do órgão e que poderia suceder Tuma, está afastado por licença médica.
Em nota oficial, Romeu Tuma Júnior classificou a ação como uma tentativa de golpe e disse que não reconhece seu afastamento. "Primeiro: não fui notificado. Segundo: não reconheço meu afastamento", declarou Tuma, contestando a validade da decisão.
A decisão de afastar Tuma teve três votos favoráveis na Comissão de Ética: Mário Mello, relator do caso, Paulo Juricic e Ronaldo Fernandez Tomé. Rodrigo Vicente Bittar votou contra. O afastamento de Augusto Melo foi definido em votação do Conselho Deliberativo, e a decisão definitiva será tomada em assembleia no dia 9 de agosto.
Confira a nota enviada por Romeu Tuma Júnior à imprensa:
"É inadmissível a patética tentativa de golpe que está em curso no Corinthians. Nossa história não merece isso, e aviso aos baderneiros de que não passarão. Mais inaceitável ainda é a molecagem de quatro Conselheiros que, embora eleitos para preservar o Estatuto, se acham superiores aos 300 que validaram os atos da Mesa Diretora do Conselho Deliberativo e deram posse ao Presidente Osmar.
Não há, repito, qualquer fundamento para que estes mesmos Conselheiros se coloquem como maiores do que a Justiça, decidindo contrariamente às várias tentativas de me depor negadas todas pelo Judiciário paulista. Não reconheço qualquer deliberação golpista, inválida, juridicamente nula, adotada por alguns arruaceiros, buscando tumultuar este momento tão importante de reconstrução do Corinthians.
Não resta dúvida de que este movimento trata-se, de maneira clara, de uma tentativa de golpe institucional, perpetrado por um ex-Presidente afastado por um processo legítimo, que tramitou dentro das regras estatutárias e convalidado pela Justiça. Isso é absolutamente ilegal, além da demonstração de desrespeito com a Instituição e seus associados. São baderneiros, insubordinados às regras do Corinthians e, pior, às decisões judiciais.
Lamento profundamente que o ex-presidente, desprovido de postura adequada, após ter sido indiciado pela Polícia por diversos crimes, dentre os quais ter furtado o Corinthians, tenha petulância e consiga, com o auxílio de seguidores aloprados, continuar a manchar a história centenária e democrática do Sport Club Corinthians Paulista. Golpistas não passarão!!!
Espero que o Presidente Osmar Stabile adote todas as medidas para manutenção da ordem no clube. Da mesma forma, buscarei todas as medidas necessárias para punir esses lunáticos, nas instâncias administrativas, cíveis e penais.
Romeu Tuma Jr.
Presidente do Conselho Deliberativo"
O Timão anunciou a escolha do Dr. André Jorge como novo chefe do departamento médico, após a saída da dra. Ana Carolina Côrte
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O Corinthians oficializou neste sábado a nomeação do Dr. André Jorge como novo chefe do departamento médico do clube. Ele assume a função que estava vaga desde o desligamento da Dra. Ana Carolina Ramos e Côrte, que deixou o cargo no dia 19 de abril.
O Dr. André Jorge já fazia parte do departamento médico do Corinthians desde janeiro de 2024. O profissional possui 24 anos de experiência, com atuação nas áreas de ortopedia, traumatologia e medicina regenerativa.
Com a mudança, os doutores Eures Facci e João Marcelo seguem compondo a equipe do departamento médico do clube. A alteração na chefia ocorre em meio a uma fase de reestruturação interna do Corinthians.
A nomeação acontece dias após Osmar Stabile assumir interinamente a presidência do Corinthians. Ele ocupa o cargo desde o afastamento de Augusto Melo, que teve o processo de impeachment aprovado pelo Conselho Deliberativo.
A saída de Ana Carolina encerrou um ciclo iniciado em 2018, quando ela ingressou no departamento médico do Corinthians. A mudança faz parte das recentes alterações administrativas promovidas pela atual gestão do clube.
A crise política no Corinthians ganhou um novo capítulo com Augusto Melo declarando retorno à presidência após decisão de aliados no Conselho Deliberativo
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Augusto Melo declarou neste sábado ter reassumido a presidência do Corinthians, menos de uma semana após ter sido afastado em votação de impeachment no dia 26. A volta foi articulada por aliados, após mudança na presidência do Conselho Deliberativo, que passou a ser comandado por Maria Angela de Souza Ocampos.
Maria Angela fundamentou sua posse em decisão do Conselho de Ética que determinou, desde abril, o afastamento de Romeu Tuma Júnior. Com isso, anulou todos os atos de Tuma desde então, incluindo a votação que afastou Augusto Melo, e determinou sua imediata recondução ao cargo.
Romeu Tuma Júnior contestou o afastamento e disse não ter sido notificado oficialmente. Segundo ele: “A decisão tem que ser do colegiado, não do relator”. Tuma também afirmou que documentos do processo contra ele não estão disponíveis: “Os processos contra mim não estão no clube! Sumiram!”.
A Comissão de Ética afastou Tuma sob a acusação de condução parcial do Conselho e prejuízo à imagem do Corinthians. A defesa do dirigente alegou que não há previsão estatutária para o afastamento e que a decisão deveria ter sido tomada pelo plenário do Conselho.
Na votação de impeachment realizada na segunda-feira, 176 conselheiros votaram pelo afastamento de Augusto Melo, enquanto 57 foram contra. A crise política no Corinthians ganhou um novo capítulo com Augusto Melo declarando retorno à presidência após decisão de aliados no Conselho Deliberativo