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13 Mar 2025 | 14:29 |
Kauê Souza, ex-jogador da base do Corinthians, entrou com uma ação na Justiça contra o clube paulista, reivindicando R$ 3,4 milhões por acidente de trabalho, indenização, dano moral e pensão vitalícia. O meio-campista, que passou pela formação corintiana entre 2019 e 2024, alega que as lesões sofridas durante seu período no clube afetaram de forma irreversível sua carreira.
O atleta, que se destacou nas categorias de base do São Paulo e São Bernardo antes de chegar ao Timão, passou por seis renovações de contrato, sendo cinco delas devido a lesões, especialmente uma grave contusão no tendão patelar do joelho direito, em maio de 2021. Apesar do diagnóstico, Kauê não passou por cirurgia inicialmente, realizando apenas tratamento fisioterápico. Após um empréstimo sem sucesso ao Marcílio Dias, ele retornou ao Corinthians, onde passou por novos exames e foi orientado a realizar uma cirurgia de urgência em março de 2022.
Mesmo após a cirurgia, o atleta seguiu sentindo dores e precisou de um segundo procedimento para corrigir a primeira cirurgia, o que nunca foi realizado, apesar das recomendações médicas. No final de 2022, Kauê ainda fez infiltrações para amenizar a dor, mas não conseguiu retornar aos campos. Em abril de 2024, o Corinthians não renovou seu contrato, deixando-o fora do clube após um longo período de inatividade.
Filipe Rino, advogado de Kauê, destacou que o jogador era uma grande promessa, mas as lesões comprometeram sua carreira, gerando sequelas que impactaram sua capacidade laboral. "Os impactos da grave lesão e dificuldades na reabilitação diminuíram a capacidade laborativa do atleta, que hoje convive com as sequelas do acidente e impactam negativamente na continuidade de sua carreira", afirmou.
A lesão de Kauê é semelhante à de Rodrigo Garro, meia do Corinthians, que também sofre de tendinopatia patelar no joelho direito, problema que o impede de atuar regularmente e o faz jogar no sacrifício.
Após deixar o Corinthians, Kauê, agora com 24 anos, acertou contrato com o Inhumas-GO. Neste início de temporada, ele participou de um jogo, contra a Aparecidense, e em 2023 teve passagens pelo Itaberaí, onde fez cinco jogos e marcou um gol. No entanto, a sequência de lesões ainda é um desafio em sua carreira.
Jogador alegava em sua defesa que teve a sua carreira comprometida e abreviada devido à negligência do Timão; clube não se pronunciou
23 Out 2025 | 08:35 |
O Corinthians foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar indenização a Kauê Moreira de Souza ex-jogador das categorias de base, com parcelas mensais até 2035. A decisão foi proferida pela 89ª Vara do Trabalho de São Paulo, após o clube não ter comparecido à audiência e tampouco apresentado defesa. O valor total da indenização é de r$ 2,5 milhões com o clube tendo que pagar mensalmente R$ 12 mil até o ex-Filho do Terrão completar 35 anos.
O ex-Coirnthians, que atuou no clube entre 2019 e 2024, alegou ter sofrido grave lesão no joelho durante o período em que esteve vinculado ao alvinegro, o que comprometeu sua carreira profissional. Segundo o processo, ele passou por cirurgias e tratamentos médicos, mas não recebeu o suporte necessário para sua recuperação plena. O jogador também afirmou que foi dispensado sem justificativa adequada, mesmo estando em processo de reabilitação.
A Justiça reconheceu que houve negligência por parte do clube em relação à saúde do atleta, considerando que ele não teve acompanhamento médico adequado e foi afastado das atividades sem respaldo técnico. A sentença determinou que o Corinthians arque com os custos referentes à reparação por danos morais e materiais, além de garantir o pagamento das parcelas mensais.
O clube ainda pode recorrer da decisão, mas até o momento não se manifestou oficialmente sobre o caso. A condenação chama atenção por envolver um longo período de pagamento e por tratar de questões relacionadas à responsabilidade dos clubes com a integridade física e emocional de jovens atletas em formação.
Clube do Parque São Jorge recebeu na tarde desta segunda-feira (20), as informações sobre a situação financeira do alvinegro paulista
20 Out 2025 | 23:50 |
Na tarde desta segunda-feira (20), o Corinthians recebeu o relatório da empresa de consultoria Ernst & Young (EY), contratada pela gestão do ex-presidente Augusto Melo ainda no início do ano passado. O principal objetivo do antigo mandatário do clube do Parque São Jorge era de fazer uma análise minuciosa a respeito dos contratos assinados por Andrés Sanchez e Duílio Monteiro Alves.
Corinthians divulga nota oficial a respeito do relatório da consultoria Ernst & Young
Em nota oficial, o Corinthians confirmou o recebimento do relatório da Ernst & Young: "O Sport Club Corinthians Paulista informa que recebeu na tarde desta segunda-feira (20) executivos da EY para apresentação do relatório de resultado da consultoria contratada pela gestão anterior no início de 2024.
Tal relatório corrobora a situação financeira do clube sem apresentar fatos novos que a atual diretoria já não esteja tomando providências. O Corinthians salienta que os contratos analisados são protegidos por cláusula de sigilo e confidencialidade, bem como o próprio contrato de consultoria da EY."
O relatório com os resultados teria sido entregue à diretoria em maio do ano passado, mas, na gestão Augusto Melo, o clube decidiu não tornar o conteúdo público nem compartilhá-lo com os órgãos internos do Parque São Jorge - veja abaixo os contratos revisados.
A atual gestão comandada pelo presidente Osmar Stabile revelou não haver fatos novos e decidiu não tornar público o conteúdo referente a análise feita pela Ernst & Young.
Falta de pagamento ocasionou mais um transfer ban, mas dessa vez, pelo CNRD órgão vinculado à CBF; clube espera que punição seja revogada
20 Out 2025 | 19:34 |
O Corinthians realizou o pagamento de uma parcela atrasada junto à Câmara Nacional de Resolução de Disputas (CNRD), vinculada à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com o objetivo de encerrar o bloqueio de registros de novos atletas, conhecido como transfer ban. A dívida está relacionada à contratação do volante Raniele, feita junto ao Cuiabá, um dos principais credores do clube paulista.
O valor quitado foi de R$ 788 mil, referente à segunda parcela do acordo firmado com o clube mato-grossense. O débito total gira em torno de R$ 17,7 milhões. O prazo para pagamento venceu na sexta-feira anterior, mas o depósito foi efetuado apenas na segunda-feira, 20 de outubro de 2025. A diretoria corintiana agora aguarda a revogação da sanção por parte da CBF, após apresentar os comprovantes à CNRD.
Apesar da quitação, o Corinthians permanece impedido de registrar novos jogadores devido a outro transfer ban, ativo desde agosto, relacionado a uma dívida de R$ 40 milhões com o Santos Laguna, do México, pela aquisição do zagueiro Félix Torres. Além disso, o clube foi condenado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) por quebra de contrato com o meia paraguaio Matías Rojas, sendo obrigado a pagar R$ 41,3 milhões até a primeira quinzena de novembro para evitar nova punição.
O Corinthians possui um plano de pagamento coletivo homologado em abril, com valor total de R$ 76 milhões, destinado a clubes, atletas e empresários. As parcelas são trimestrais e distribuídas ao longo de seis anos. De cada valor pago, 80% são destinados ao credor principal e 20% aos honorários advocatícios.
A diretoria alvinegra segue empenhada em regularizar pendências financeiras para recuperar a capacidade de realizar contratações. Por conta disso, está impossibilitado de registrar atletas o que pode afetar diretamente a próxima temporada.