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Em entrevista recente, o ex-presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, reconheceu ter utilizado o cartão corporativo do clube para cobrir gastos pessoais que somaram cerca de R$ 9.416. Segundo ele, os valores foram destinados a despesas como hospedagem, passeios turísticos e restaurantes, e o uso ocorreu por engano, já que seu cartão pessoal era do mesmo banco. O ex-mandatário, que presidiu o Timão em dois mandatos, entre 2007 e 2011 e depois de 2018 a 2020, assegurou que fará o reembolso com correção monetária.
A justificativa, porém, causou indignação em setores do clube. O ex-atacante Dinei, revelado na base corintiana e tricampeão brasileiro pelo clube, usou as redes sociais para se manifestar contra Andrés. “Tem que ser expulso do Corinthians”, escreveu, referindo-se ao conselheiro vitalício e membro atual do CORI. Dinei é aliado da atual gestão de Augusto Melo, presidente afastado recentemente.
Andrés afirmou que a polêmica está sendo usada como arma política diante da turbulência que cerca o Corinthians. “Vasculharam todas as minhas administrações, até fatura de cartão de crédito. Eu usei R$ 9 mil”, disse ele ao portal LeoDias. Em nota anterior, o ex-presidente afirmou ter solicitado os cálculos com juros e correção para quitar a dívida de imediato.
A repercussão do caso ocorre justamente às vésperas da Assembleia Geral marcada para 9 de agosto, quando será definido o destino de Augusto Melo, que enfrenta processo de impeachment. O clima nos bastidores se acirra, e episódios como o de Andrés reforçam os embates entre diferentes alas do clube.
O episódio também reaviva a discussão sobre a necessidade de maior controle financeiro nas administrações esportivas. Em tempos de crise política e questionamentos sobre governança, casos de uso indevido de recursos públicos ou institucionais provocam desgaste e exigem maior fiscalização interna.
A diretoria corintiana já avalia novas contratações para repor o meio-campista Igor Coronado, que saiu recentemente do Timão para jogar no exterior
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O Corinthians iniciou o planejamento para encontrar um substituto ao meio-campista Igor Coronado, anunciado recentemente no Sharjah FC, clube dos Emirados Árabes Unidos. O jogador saiu do clube após um desempenho muito abaixo do que se esperava, e sua saída deixou uma lacuna no meio de campo
Agora, a diretoria do clube Alvinegro analisa nomes de reposição para a vaga deixada pelo meia ex-Corinthians. Nesse cenário, a busca foca em reforçar o setor com a estratégia que o clube tem adotado, um jogador bom, jovem e acessível financeiramente.
Apesar da urgência para repor o camisa 77, o Corinthians mantém uma postura cautelosa. A prioridade é garantir equilíbrio no meio-campo sem comprometer a folha salarial, buscando opções viáveis financeira e esportivamente.
A perda de Igor também reflete na abordagem da janela: o clube pretende agir apenas quando surgirem oportunidades reais, investindo com responsabilidade e dentro de sua análise técnica atual. A ida do jogador deu uma grande folga aos cofres do Timão.
Apesar de nomes ainda não terem sido muito ventilados, o Corinthians tem vários interesses para contratar. As dificuldades são uma grande barreira enfrentada, mas isto não desanima a administração, que mantém a esperança na contratação de bons jogadores.
Executivo do clube afirmou que as vendas de jogadores devem gerar receita para o Timão, mas sempre com equilíbrio visando a manutenção do elenco competitivo
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Fabinho Soldado, executivo de futebol do Corinthians, afirmou recentemente que o clube precisa gerar receitas com vendas de atletas, mas ressaltou que isso deve ser feito com equilíbrio. O dirigente destacou que as negociações devem contemplar o fluxo financeiro sem enfraquecer a equipe principal.
Entre os jogadores cotados para saída, estão Carlos Vinícius e Biel, como ações potenciais na janela atual. Soldado disse que todas as opções estão sendo analisadas para garantir que a venda de jogadores fortaleça o caixa sem prejudicar a competitividade do elenco.
A postura adotada segue a linha de reconstrução financeira iniciada após contratações mais expressivas, como a de Memphis Depay. O objetivo, segundo ele, é evitar preços exagerados por atletas em fim de contrato ou em final de ciclo.
A estratégia também inclui fortalecer o departamento de scout, com reforço na equipe responsável por identificar oportunidades de mercado, daquelas que combinam potencial esportivo dos atletas e o retorno financeiro equilibrado.
Fabinho concluiu afirmando que o Corinthians pretende seguir sólido nesta janela de transferências, buscando reduzir despesas e equilibrar investimentos sem comprometer a estrutura do elenco para a temporada atual, mantendo competitividade e competência.
Torcida alvinegra não está satisfeita com as últimas notícias que saíram sobre nome fortemente ligado ao Timão e por isso pedem a sua saída
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A principal torcida organizada do Corinthians, Gaviões da Fiel, publicou nesta sexta-feira (11) uma nota oficial contundente exigindo medidas imediatas contra o ex-presidente Andrés Sanchez. O comunicado veio após Sanchez admitir o uso do cartão corporativo do clube para despesas pessoais durante seu último mandato, em 2020. Os gastos, que somam cerca de R$ 9 mil, incluem hospedagem, passeios e refeições em Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte.
Segundo o ex-dirigente, houve uma confusão por utilizar o mesmo banco do clube, o que teria levado ao uso equivocado do cartão. Ele reembolsou o valor com juros e correção monetária que ficou no total de 15 mil reais, alegando que não foi alertado pelo setor financeiro sobre a necessidade de ressarcimento.
A Gaviões, no entanto, não aceitou a justificativa e pediu que o Conselho de Ética do Corinthians acolha as denúncias formais, investigue os fatos e, se confirmadas as irregularidades, promova a exclusão de Sanchez do quadro de associados. A torcida também solicitou que o Conselho Deliberativo abra todas as contas e movimentações financeiras dos últimos anos para análise detalhada, reforçando o compromisso com a transparência e a moralidade na gestão do clube.
O comunicado ressalta que a Fiel Torcida não compactua com corrupção, desvios de conduta ou qualquer prática que prejudique a imagem e o funcionamento do Corinthians. “Exigimos respeito! Chega de notícias negativas! O Corinthians é do povo e deve ser tratado com dignidade!”, diz trecho da nota publicada nas redes sociais da organizada.
A pressão sobre Andrés Sanchez ocorre em meio a outras turbulências políticas no clube, incluindo o processo de impeachment do presidente afastado Augusto Melo. A polarização entre os dois ex-mandatários tem influenciado os bastidores do Parque São Jorge, e o caso dos cartões corporativos pode ser decisivo para o futuro político do Timão. A Gaviões reafirma seu papel fiscalizador e promete seguir lutando por uma administração ética e honesta, à altura da história e da paixão da torcida corintiana.