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Há um mês, o Conselho Deliberativo do Corinthians aprovou a admissibilidade do processo de impeachment contra o presidente Augusto Melo, em uma reunião marcada por tumultos e agressões. Contudo, o encontro foi suspenso antes da votação final sobre o afastamento do dirigente, e desde então, o clube enfrenta um impasse sem previsão para a retomada da deliberação.
O presidente do Conselho, Romeu Tuma Jr., é responsável por agendar a nova reunião, mas tem adiado a convocação, alegando preocupações com a segurança dos conselheiros e do clube. Tuma afirmou que o encontro só será retomado quando houver garantias totais de segurança por parte das autoridades. Entre as alternativas consideradas estão a realização da reunião em um batalhão da Polícia Militar ou na Neo Química Arena, em vez do Parque São Jorge, para evitar novos incidentes.
Enquanto isso, Augusto Melo permanece no cargo e busca apoio político para impedir o impeachment. Paralelamente, ele tenta afastar Romeu Tuma Jr. da presidência do Conselho Deliberativo. O processo de destituição foi motivado por suspeitas de irregularidades no contrato de patrocínio com a empresa VaideBet, além de infrações à Lei Geral do Esporte e desrespeito ao estatuto do clube.
A Polícia Civil investiga tanto as supostas irregularidades que originaram o pedido de impeachment quanto as agressões e intimidações ocorridas na reunião de janeiro. Para que Augusto Melo seja afastado, é necessário que a maioria dos conselheiros vote a favor do impeachment, decisão que posteriormente deve ser referendada pelos sócios do clube em assembleia geral. Caso seja destituído, o primeiro vice-presidente, Osmar Stábile, assumirá a presidência até o fim do mandato, previsto para dezembro de 2026.
A indefinição sobre a continuidade ou não de Augusto Melo à frente do Corinthians gera instabilidade nos bastidores do clube, afetando tanto a gestão administrativa quanto o ambiente esportivo. A expectativa é que, com a garantia de condições seguras, a nova reunião do Conselho Deliberativo seja agendada em breve para resolver o impasse que paira sobre o Parque São Jorge.
Sendo a primeira mulher no DM do clube masculino da Série A encerra ciclo histórico após seis anos de serviços prestados para a equipe Alvinegra.
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A Dra. Ana Carolina Ramos e Côrte deixou o departamento médico do Corinthians, conforme anunciado pelo clube nesta segunda-feira. A médica, que atuava como chefe do setor desde fevereiro de 2024, encerrou sua trajetória no clube após seis anos de serviços prestados.
Ana Carolina ingressou no Corinthians em 2018, tornando-se a primeira mulher a integrar o departamento médico de um clube masculino da Série A do Campeonato Brasileiro. Sua formação inclui graduação em Medicina pela Universidade de Brasília (UnB), residência em Medicina do Exercício e do Esporte no Hospital das Clínicas da USP e doutorado em Ciências pela mesma instituição. Antes de sua passagem pelo Corinthians, atuou por cerca de dez anos no Comitê Olímpico do Brasil, participando da preparação médica para os Jogos Olímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020.
Durante sua gestão no clube, Ana Carolina coordenou áreas como fisioterapia, enfermagem, nutrição e psicologia, sendo responsável por implementar práticas modernas de prevenção e tratamento de lesões. Sua saída ocorre em meio a uma reestruturação no departamento médico do Corinthians, que recentemente anunciou a chegada de novos profissionais para compor a equipe.
A médica também é sócia da clínica Pulse – Medicina Esportiva Integrada, em São Paulo, e coordena a Pós-Graduação em Ciência do Esporte pela Faculdade Focus, com foco em prevenção de lesões e alto rendimento. Sua contribuição para o esporte brasileiro, especialmente no futebol, é reconhecida por sua dedicação à saúde e performance dos atletas.
O Corinthians ainda não anunciou quem assumirá a chefia do departamento médico. A saída de Ana Carolina marca o fim de um ciclo significativo no clube, que agora busca novos caminhos para a gestão da saúde de seus atletas.
Timão vive uma escalada assustadora nas dívidas sob o comando da presidência de Augusto Melo, que agora está em R$ 257,9 milhões
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O Internacional vai deixar de ser, entre os 20 clubes da Série A, o líder do ranking de dívidas sem acordo com o Governo Federal. Com isso, o Corinthians vai assumir o topo da lista, que não é nada agradável para os clubes brasileiros.
Segundo o Cadastro da Dívida Ativa da União, que não considera valores que tiveram acordos de parcelamento, o clube gaúcho tem hoje a bolada de R$ 378,4 milhões em dívidas vencidas com o Governo. Em débitos tributários, são 122 cobranças, que totalizam R$ 313,4 milhões. Outros R$ 64,3 milhões em dívidas previdenciárias. E mais R$ 605 mil em multa trabalhistas.
Nesta semana, o Inter fechou um acordo com a PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) para tirar seu nome do cadastro de devedores e ainda renegociar o valor devido. O acordo foi fechado dentro do programa Transação SOS-RS, lançado pela PGFN em 2024 como parte dos esforços do governo federal para apoiar a recuperação econômica do Rio Grande do Sul, após as enchentes que destruíram o Estado no ano passado.
Após as negociações, além de sair do cadastro da dívida, o clube diminuiu seus débitos com a União de R$ 378,4 milhões R$ 201 milhões. Os descontos concedidos incidem sobre multas, juros e encargos da dívida.
Assim que o Inter sair da lista de devedores, quem vai assumir a liderança é o Corinthians, que vive uma escalada assustadora sob o comando da presidência de Augusto Melo. Em janeiro do ano passado, logo no início da gestão Augusto, o Timão não figurava no cadastro da dívida ativa da União.
Em setembro de 2024, o clube apareceu na lista com R$ 181,2 milhões em débitos, o que na época era o maior valor entre os times da Série A. Agora, os débitos corinthianos cresceram para R$ 257,9 milhões.
Segundo o site do Governo Federal, "dívida ativa é o nome que se dá para a base de dados que contém todos os créditos públicos que são devidos por pessoas físicas e jurídicas e que não foram pagos". E pode ter consequências graves, de acordo com o órgão.
Quando uma empresa ou pessoa passa a ser devedor, "poderá sofrer restrição em seu crédito (protesto, inserção do Serasa, entre outros) e inclusive no seu próprio patrimônio (averbação pré-executória), podendo chegar a perder os seus bens (leilão judicial, adjudicação, por exemplo).
Em dezembro de 2022, na administração Duilio Monteiro Alves, o Corinthians divulgou que "pela primeira vez desde 2017" tinha obtido a Certidão Negativa de Débitos relativos aos Tributos Federais e à Dívida Ativa da União. A validade do documento iria até junho de 2023.
Alvinegro se juntou a 31 outros clubes do futebol brasileiro para alçar o líder da Federação Paulista ao cargo máximo da entidade nacional
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Na manhã deste sábado, 17, o Reinaldo Carneiro Barros, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), oficializou a candidatura à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O dirigente tem o apoio do Corinthians no pleito marcado para o dia 25 de maio.
O clube alvinegro se juntou a 31 outros clubes do futebol brasileiro para alçar o líder da Federação Paulista ao cargo máximo da entidade nacional. O comunicado, divulgado pelo Corinthians e pela Liga Forte União (LFU), grupo do qual o Timão integra para venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, critica também a data da eleição, que será no mesmo dia da décima rodada do torneio nacional.
"Por isso, nesse momento, os Clubes brasileiros, já unidos na missão da criação da sua Liga, reúnem-se em torno de um apoio público à eleição de Reinaldo Carneiro Bastos à presidência da CBF para o próximo ciclo. O futuro do futebol brasileiro é inegociável para nós. E estaremos todos juntos, no mesmo campo, apoiando e exigindo um processo transparente, digno e responsável" diz parte do manifesto.
A CBF está sem presidente desde a última quinta-feira, quando Ednaldo Rodrigues foi afastado da função pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), em decisão do desembargador Gabriel De Oliveira Zefiro. Fernando Sarney, vice-presidente e interventor nomeado pela Justiça, convocou novas eleições para o dia 25.
Vale lembrar que equipes das Séries A e B têm direito a voto, com peso dois para os primeiros e peso um para os segundos, enquanto as Federações possuem peso três. O pleito ainda pode ser transferido para o dia 26.